tag:blogger.com,1999:blog-55093407301846695412024-03-13T00:32:42.319-07:00 - Princípios Comportamentais em Nosso Cotidiano - - - - - - - - - - - - - Venha para o Lado Negro da Força! Anarquistas do Comportamento, uni-vos! - - - - - - - - - - - -Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.comBlogger59125tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-58313354362031280712019-01-03T14:00:00.000-08:002019-01-03T14:00:53.633-08:00O que estamos fazendo e o que poderíamos fazer: Behaviorismo Radical e uma cutucadinha na Política<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF7udBLjRwqWLqHAdLjUGcWdBHvmmfxjjcS4x66f7uVx-ArDHKq0BaRXI7XCj6nE8BRHhteiM64RybE0SrveLZgxPAY2d1WfVMsfRFfph4ruRCZxEVmu8H1xQ8hHXsijUPZatZjeKjS0Y/s1600/CXgi9rLUwAAwNGU.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="346" data-original-width="599" height="184" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF7udBLjRwqWLqHAdLjUGcWdBHvmmfxjjcS4x66f7uVx-ArDHKq0BaRXI7XCj6nE8BRHhteiM64RybE0SrveLZgxPAY2d1WfVMsfRFfph4ruRCZxEVmu8H1xQ8hHXsijUPZatZjeKjS0Y/s320/CXgi9rLUwAAwNGU.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há várias formas de contar uma história. A história que vou
contar, contarei com a voz dos espíritos behavioristas radicais que habitam em
mim!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há muito tempo eles me contaram que a determinação do
comportamento não depende das emoções por si, as emoções fazem parte do fluxo
comportamental, são comportamento. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">As
determinações do comportamento estão no mundo!</b> Eu não choro porque estou
triste, chorar é a própria tristeza. Algo no mundo ocorreu e me desagradou a
ponto de chorar. No entanto, cessar o choro não é o suficiente para acabar com
a tristeza. Lágrima descendo pelo meu rosto são apenas uma forma do sentir-se
triste. A fonte da tristeza está no mundo e é o mundo que eu devo mudar! Se
fico triste porque pisaram no meu pé de propósito e não é a primeira vez, eu
reclamo com a mãe do garoto e faço com que isso pare. Se eu fico triste porque
meu sorvete caiu no chão devido o vento, eu aceito, pois há coisas que são
pontuais e imutáveis (a não ser que eu tenha mais dinheiros).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifKaLqUcY8j8FsDXfECWLN6KzofhOX4otDStLSbmvAvdRSiQ5a7QithksEpD8OkK1NmX935Z_Ck5RwFK5G0lAk2sXxngth6euLhDnlVFtzCadopWy0z2_sAinPessr7jEmCN_J3tsJM-k/s1600/maxresdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifKaLqUcY8j8FsDXfECWLN6KzofhOX4otDStLSbmvAvdRSiQ5a7QithksEpD8OkK1NmX935Z_Ck5RwFK5G0lAk2sXxngth6euLhDnlVFtzCadopWy0z2_sAinPessr7jEmCN_J3tsJM-k/s320/maxresdefault.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-spacerun: yes;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas este aprendizado não
se aplica apenas aos sentimentos cotidianos e de pouca substância política.
Eles princípios também se aplicam ao grande mundo da Política. E agora as
coisas ficam um pouco mais complexas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um grande número de pessoas tem feito uso das redes sociais
como meio para diminuir e cessar sensações desagradáveis em relação à política,
porém esta estratégia é ineficaz para mudar a fonte dos problemas políticos. Se
a mudança na postura política de alguém tivesse relação proporcional à produção
de memes, não estaríamos tão angustiados... Mas estamos!</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEga8T0OaCqUGVZvnaLLxEDp8zbsN8NTZsWDODMc1cQF1kcxdm15WY_QcGRxh3ygwwtDD5vm9zi8h2n0H0Rn-CPqRww4SQvP8q4eQi_nVCNAJoJmD2HS8LfqpnPtXkLfNf0McTgolJ-9rlw/s1600/MILIT%25C3%2582NCIA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="630" data-original-width="1200" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEga8T0OaCqUGVZvnaLLxEDp8zbsN8NTZsWDODMc1cQF1kcxdm15WY_QcGRxh3ygwwtDD5vm9zi8h2n0H0Rn-CPqRww4SQvP8q4eQi_nVCNAJoJmD2HS8LfqpnPtXkLfNf0McTgolJ-9rlw/s400/MILIT%25C3%2582NCIA.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Gastamos tempo chafurdando notícias ruins e,
consequentemente, respondendo com memes que, momentaneamente, dão sensação de
vingança (controle da situação) e até umas migalhas de apoio social (“nossa,
lacrou!”) <span style="font-size: x-small;">(ou seja acesso a <i>reforçadores negativos</i> e <i>positivos</i> respectivamente)</span>. Mudanças políticas, não! Às vezes, opinião pública tem peso nas
decisões políticas, mas raramente e é muito raramente mesmo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Ações políticas
eficazes causam respostas aversivas proporcionais de nossos opositores! </b>Quando
professores fazem greve e vão à câmara dos deputados, esta é uma medida eficaz.
Como sei? Pela medida inversamente proporcional de gás lacrimogêneo e porrada
que os docentes recebem da cavalaria policial <span style="font-size: x-small;">(como nas Jornadas de Junho, como no Estado do Ceará...)</span>. Nunca vi ninguém recebendo gás
lacrimogêneo na cara por postar um meme, nunca vi a cavalaria chegar e tacar
porrada devido à postagem de um meme! E não venham me falar de censura e
ditadura, postar nas redes sociais, repito, dá falsa sensação de controle e
liberdade. Liberdade é sentimento e sentimento é só fluxo comportamental <span style="font-size: x-small;">(neste caso, <i>efeito colateral</i> de certas condições)</span>. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Só somos de fato livres se mudarmos o
mundo! </b><span style="font-size: x-small;">(Neste caso, reduzir ou mesmo cessar aversivos e maximizar reforçadores, em se tratando de política compartilhando equitativamente acesso aos reforçadores)</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEOpIg0TrOp52EzHsTIGjNjKFCVatHb_z5dMd5Ot7f8N_oX3Y7fx2tEEkWsCMIObS-Kgc81O9byHVnIVG3GDdHw8fhWCoUlKjSPbppg9AVrmaS61W2Fal2WBj_yCt2VF010Hiy4Uz2a_0/s1600/RATO-NO-LABIRINTO.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="216" data-original-width="648" height="132" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEOpIg0TrOp52EzHsTIGjNjKFCVatHb_z5dMd5Ot7f8N_oX3Y7fx2tEEkWsCMIObS-Kgc81O9byHVnIVG3GDdHw8fhWCoUlKjSPbppg9AVrmaS61W2Fal2WBj_yCt2VF010Hiy4Uz2a_0/s400/RATO-NO-LABIRINTO.png" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Querem saber o que causa medo a políticos frouxos (e nisso
eles até se anteciparam com a Lei Anti-Terrorismo)? Mobilização social nas ruas
e nos prédios públicos. Nada de abaixo assinado virtual, nada de postagem
lacrante, nada de evento marcando mil pessoas, NADA disso. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Controle face a face em reuniões de coletivos e com deliberações vocais
verbais.</b> Quem participou, saberá o que fazer e quando. As redes sociais são
uma armadinha e nós temos armado nossa própria arapuca! Se opositores sabem o
que ocorrerá, eles tem como se antecipar seja por meio de opressão física (e
pra eles é indesejável) seja por ataque público com apelo a moral (alô
mamadeira de piroca)...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quer fazer algo? Quando se organizarem em coletivos e
deliberarem ações organizadas e coerentes com teorias políticas, podem me
chamar, sou a primeiro a ajudar. Enquanto continuarem tentando derrubar caju com
um palito de macarrão, podem me deixar dormindo na minha <i>rede</i> no quintal!</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1mT7W8jDyikjax0lOBieW0uVC16GIcA46pjO7MtCwWjh65bjEcJ3hw6-0VHGEHr13oJiKOsCbqz783yx6L46-8D-hWYRIRU7ISPkN8hs8sogV2rhrNWo76xZjZPvQgD3llwsGntDe-DY/s1600/47190240_1954230697957981_4011211373174882908_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="480" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1mT7W8jDyikjax0lOBieW0uVC16GIcA46pjO7MtCwWjh65bjEcJ3hw6-0VHGEHr13oJiKOsCbqz783yx6L46-8D-hWYRIRU7ISPkN8hs8sogV2rhrNWo76xZjZPvQgD3llwsGntDe-DY/s320/47190240_1954230697957981_4011211373174882908_n.jpg" width="320" /></a></div>
Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-51142607578220060322018-12-21T13:23:00.000-08:002018-12-21T13:23:42.819-08:00Estudando e Planejando Intervenções na Atenção Primária em Saúde: reduzindo maus comportamentos de crianças a partir da modelagem de novas interações Cuidador-Criança<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_FkR1c_fh6w-YZ_5HlEo01DPp0JWDWfMufUvLbLiv4TTjIPVeQ4EVK7ErzXDyRN2dlJUT2S9q7ktZpgBuxdfeJwoK_OndmPQ1BpTkIJMXO1tsscIaAfm1HUh3hyphenhyphenIyCRMMOhtIdfh0i7g/s1600/shutterstock_149856014.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="640" height="187" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_FkR1c_fh6w-YZ_5HlEo01DPp0JWDWfMufUvLbLiv4TTjIPVeQ4EVK7ErzXDyRN2dlJUT2S9q7ktZpgBuxdfeJwoK_OndmPQ1BpTkIJMXO1tsscIaAfm1HUh3hyphenhyphenIyCRMMOhtIdfh0i7g/s400/shutterstock_149856014.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esta postagem tem como objetivo dar modelo de como verificar demandas em saúde, apropriarmos-nos dos conhecimentos estabelecidos e propor serviços baseados em Análise do Comportamento. Desta maneira, não espero apresentar um modelo técnico-científico baseado largamente na literatura aplicada, mas que, mesmo assim, podemos <b>ousar</b> e fazer coisas incríveis com os conhecimentos básicos que temos em mãos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em minha breve experiência em Atenção Primária em Saúde –
APS, via Núcleo de Atenção à Saúde da Família – NASF, como psicólogo foi a
recorrente queixa de problemas relacionados ao comportamento inquieto e
birrento de crianças. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em um primeiro momento, esta queixa pode soar deselegante
para um profissional recém-formado que credita que a responsabilidade pelo bom
comportamento infantil é tarefa dos cuidadores e não tem relação direta com
atenção à saúde pública. No entanto, a manutenção de padrões de comportamentos
de birra e impulsividade de crianças ao longo dos anos produz contextos
aversivos aos cuidadores, como desgaste das relações parentais em função dos
maus comportamentos. Além disso, a manutenção de padrões de comportamentos de
birra e impulsividade é incompatível com as condições naturais de modelagem de
autocontrole e resiliência. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNWVWlLXFu9p6VxFCU_XmRt78Almt8Q_MWhpQi2Xorq0GmSoOfX6uF0JDxqxGrzdCdhfJ8Nb6l4YyxCx10cdpLSnXY_X9NZYeZZ9V3NMLDyjdP7wiMQvtUwheyPe6QoC7OAjFjxHuIgaQ/s1600/BN-KF827_VIDEOG_8H_20150910113415.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="328" data-original-width="633" height="206" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNWVWlLXFu9p6VxFCU_XmRt78Almt8Q_MWhpQi2Xorq0GmSoOfX6uF0JDxqxGrzdCdhfJ8Nb6l4YyxCx10cdpLSnXY_X9NZYeZZ9V3NMLDyjdP7wiMQvtUwheyPe6QoC7OAjFjxHuIgaQ/s400/BN-KF827_VIDEOG_8H_20150910113415.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Desta maneira, apontamos a necessidade de intervenção
profissional para suplementar ou produzir novos modelos de interação parental
de modo a estabelecer ambiente familiar saudável (reduzindo contextos e
interações sociais aversivas) e, a longo prazo, promover repertórios
comportamentais básicos para manutenção de saúde mental na adolescência e vida
adulta.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A atuação do psicólogo no NASF funciona de diversas formas,
a depender da organização do Centro de Saúde da Família – CSF, mas apresenta
algumas atribuições já definidas e esperadas: (1) apoio matricial, que pode ser
definido como estratégia de gerenciamento e acompanhamento dos casos com ações
como tirar dúvidas e dar suporte as intervenções de modo direto e/ou indireto;
(2) atendimentos compartilhados [com outros profissionais de saúde
não-psicólogos]; (3) intervenções profissionais diretas baseadas nos seus
núcleos de saber.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Deste modo, diante da relevância epidemiológica no
território assistido, o profissional psicólogo poderá propor intervenções de
grupo para um dado problema focal. Assim, sustentamos a possibilidade de gerir
e manter um grupo voltado para modelagem de repertórios de boas práticas
parentais entre crianças e cuidadores. Indico também que esta estratégia pode
ser inserida como uma das opções de serviços vinculados à puericultura (cuidados
em saúde no desenvolvimento).</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK4wERQhuJ19E95cFPewKiE-N6os2zZFn_h8pvout24-RQ4OnTklAGi-wz49ebscAcXVrvrpoFow92EPFEV8gqgidKeZOvBpFRGqgDNv-a558idjo-BwcmUAs6oB8urYyXw6ZcOkWW1vU/s1600/licenciatura-en-puericultura-en-villahermosa-tabasco.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="394" data-original-width="700" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK4wERQhuJ19E95cFPewKiE-N6os2zZFn_h8pvout24-RQ4OnTklAGi-wz49ebscAcXVrvrpoFow92EPFEV8gqgidKeZOvBpFRGqgDNv-a558idjo-BwcmUAs6oB8urYyXw6ZcOkWW1vU/s400/licenciatura-en-puericultura-en-villahermosa-tabasco.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Antes de iniciarmos a apresentação de uma proposta de
intervenção, apresentarei duas pontuações: (1) que as intervenções sejam
baseadas em <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Análises Funcionais – AF</b>;
e, (2) que é comum encontrar literatura relacionando maus comportamentos à
violência parental, porém é necessário diferenciar violência de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Controle Aversivo</b>. Quando se fala em controle
ou condições aversivas, fala-se de uma série de mudanças ambientais que produzem
respondentes emocionais (como raiva e ansiedade), podem evocar respostas de
fuga/esquiva (chorar antes mesmo de reclamarem por algo que fez de errado ou
colocar a culpa em outros), pode evocar respostas que produzem estimulação
incompatível com aversiva (comportamentos repetitivos) ou mesmo condições que
suprimiram vários comportamentos e não apenas o esperado (no caso de pais muito
controladores e críticos que reduzem variabilidade comportamental do sujeito e
produzem padrões de insegurança, normalmente relacionados à timidez).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Obviamente, há outras condições que produzem manutenção dos
comportamentos de birra e impulsividade como inconsistência entre regras e consequências
delas e pobreza de estimulações sociais reforçadoras. No primeiro caso, quando
um dos cuidadores aplica uma regra, mas é impedido pelo outro cuidador de
aplicar suas consequências fazendo com que a criança aprenda que não precisa
seguir regras. No segundo caso, quando há redução da densidade de reforçadores
disponíveis, como a mudança de escola para outra ocorrer redução brusca de
acesso a pares sociais ou mesmo quando ocorre mudança no padrão educacional
entre educação infantil e básica.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWTMRf1fkMxCvtjPz6_L1nitLG58Q0kDoBuEgl9GZr0zDlmP2ND5HaF7a-70gTazLvsLCMvaejefkwNF3n3ZrORyG0hP8uQRifMptuba8qRJr4Vxd7T1yPgSWrmbH6twnJKfTqejnyaL0/s1600/2018-01-19-1-min.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="630" data-original-width="1200" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWTMRf1fkMxCvtjPz6_L1nitLG58Q0kDoBuEgl9GZr0zDlmP2ND5HaF7a-70gTazLvsLCMvaejefkwNF3n3ZrORyG0hP8uQRifMptuba8qRJr4Vxd7T1yPgSWrmbH6twnJKfTqejnyaL0/s400/2018-01-19-1-min.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como proposta de intervenção, indico que a apropriação dos
dados de alguns estudos e sua devida aplicação em grupos nos CSF produzam
resultados similares e, quem sabe, de melhor efetividade na melhoria de
comportamento das crianças e interação com cuidadores. Um dos estudos que
indica que o uso de instrução e modelação são efetivos para melhorar interação entre
mães e filhos nas tarefas escolares (<a href="http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452006000100006" target="_blank">Sudo e colaboradores, 2006</a>); enquanto
outro estudo aponta que filmar a interação social entre mães e filhos e dar feedbacks
e modelos de comportamento aumentam a qualidade das interações social (<a href="http://www.usp.br/rbtcc/index.php/RBTCC/article/view/149" target="_blank">Moura ecolaboradores, 2007</a>); um terceiro estudo aponta que o automonitoramento dos
cuidadores é essencial para mudança no comportamento das crianças devido ao
fato de que há comportamentos das crianças que ocorrem em função das ações dos
cuidadores (<a href="http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452013000300002" target="_blank">Vendramine e Benvenuti, 2013</a>).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Deste modo, indico que o ideal seriam intervenções que: (1) envolvem-se
ambos cuidadores, para evitar interferência na manutenção das regras feitas
pelo parceiro à criança; (2) houvesse observação das interações da criança e
cuidador, ocorrendo registro topográfico e funcional dos comportamentos de
ambos; (3) se possível, que as interações fossem gravadas; (4) com base nas
interações sociais, ensino de análise funcional aos cuidadores; (5) controle
instrucional e modelagem em contexto de CSF, quando adequado generalizar treino
em ambiente natural, e, (6) reavaliação das intervenções meses depois para
verificar efetividade da intervenção apesar do passar do tempo. A literatura da
Análise do Comportamento apresenta como uma intervenção nestes contextos o uso
de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Reforçamento Diferencial de Comportamento
Alternatico (DRA)</b>. Ao usar o DRA, os cuidadores colocarão o comportamento
problema em extinção ao passo que consequenciarão comportamentos adequados
funcionalmente. Por exemplo, se a criança para ter atenção dos pais briga com o
irmão mais novo, quando a criança solicitar atenção com uma topografia
diferente (como mostrar desenho) deverá receber atenção diferenciada de modo a
diminuir a força do comportamento indesejado e estabelecer este novo elo.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjue6vUL53IAXod65lf8KBmi64Gyeo5TuvF7UOH1-chZcaxqtkYsT5vRUWa8Lw8sR5oa2_LFQCvCDQNsQRh0WEkoi0D_GqZMr0qr-7ZJgoyq03ae53-0MCtfueJcTbmQiJukxHE3Imq_ZY/s1600/aid1531117-v4-728px-Teach-Kids-How-to-Draw-Step-4-Version-3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="546" data-original-width="728" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjue6vUL53IAXod65lf8KBmi64Gyeo5TuvF7UOH1-chZcaxqtkYsT5vRUWa8Lw8sR5oa2_LFQCvCDQNsQRh0WEkoi0D_GqZMr0qr-7ZJgoyq03ae53-0MCtfueJcTbmQiJukxHE3Imq_ZY/s320/aid1531117-v4-728px-Teach-Kids-How-to-Draw-Step-4-Version-3.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Acredito que grupos pequenos de 5 a 6 cuidadores seja ideal.
Importante dividir encontros que envolveriam apenas cuidadores e aqueles em que
seria essencial presença das crianças. Indico que encontro semanas seja
adequado. A depender do perfil da população do território, intervenção com
número total de encontros seja funcional (inicio e fim estabelecidos). </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Outro ponto importante é estabelecer claramente fluxo de
encaminhamento para o grupo, pois é comum que equipe de saúde encaminhe constantemente
sem fazer análise dos casos. Analisar os casos com antecedência de
encaminhamento para o grupo previne que haja encaminhamentos inadequados, como
perfil de usuário que seria melhor atendido individualmente, gerar expectativas
na população de desenvolvimento atípico quando o serviço deste grupo é focado
em desenvolvimento típico, entre outros inconvenientes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Finalizo indicando que esta é uma aposta de que os
conhecimentos produzidos em ambiente controlado possam fundamentar intervenções
em APS, no entanto saliento que toda e qualquer adaptação entre conhecimento
produzido e serviços vivos requererá cuidados e sucessivas melhorias.</div>
Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-61610596570332060532018-07-10T18:41:00.000-07:002018-07-10T18:41:28.980-07:00Pressupostos Teóricos e Filosóficos da Análise do Comportamento<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1Fb_c57e0vDOgUXSdwDd0nYj9zJs6XGMC4EqUL6u-c3LJotnURCWYC6nbMA55Zi77SjCajBgQWhEwUfhAu8-KQhBho-02GM9qW_1HnJZdIIlUO57N3haiP3BF25RPwzc5oUdxtsuWgbc/s1600/School-of-Rock-2003-Richard-Linklater-recensione-932x460.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="461" data-original-width="932" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1Fb_c57e0vDOgUXSdwDd0nYj9zJs6XGMC4EqUL6u-c3LJotnURCWYC6nbMA55Zi77SjCajBgQWhEwUfhAu8-KQhBho-02GM9qW_1HnJZdIIlUO57N3haiP3BF25RPwzc5oUdxtsuWgbc/s400/School-of-Rock-2003-Richard-Linklater-recensione-932x460.jpg" width="400" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Devido a vida adulta, ando com dificuldades para escrever. Porém, segue textinho introdutório das bases filosóficas do Behaviorismo Radical pra matar aquela saudades.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A Análise do Comportamento é uma abordagem psicológica que
nasce a partir da influência de estudos de fisiologia animal feitos pelo russo
Ivan Pavlov e o refinamento conceitual e experimentos do psicólogo John Watson.
Pavlov verificou o fenômeno do condicionamento respondente, no qual um estímulo
antes neutro passa a eliciar respostas de salivação em cães famintos. Enquanto
Watson propôs adequação da Psicologia ao modelo de produção de conhecimento das
ciências naturais (verificação empírica e replicação) e sugeriu que o
comportamento fosse o objeto de estudo devido sua verificação direta por pares
(e adequação aos critérios da filosofia positivistas). Tal proposta era
contraditória ao modelo hegemônico de psicologia da época, a saber,
introspectiva, cujo rigor científico não era objetivo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7eYNeNfKVMMiwbmd6IPBtmPqGTBMlA3E5Y8lDD7np80hw6MT9ijHSk9Ld3ZUWQci8eZJaA7P6meAhqAFewTPM6lC3T7FeYMrV3bd8TF2t2nV0uIUuklssojwjod9Q1iNmQw5QkqBUoW8/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="201" data-original-width="251" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7eYNeNfKVMMiwbmd6IPBtmPqGTBMlA3E5Y8lDD7np80hw6MT9ijHSk9Ld3ZUWQci8eZJaA7P6meAhqAFewTPM6lC3T7FeYMrV3bd8TF2t2nV0uIUuklssojwjod9Q1iNmQw5QkqBUoW8/s1600/images.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ivan Pavlov</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Seguindo a linha de pesquisa aberta por Watson, Skinner se
introduz no campo estudando comportamento de animais não humanos em laboratório
a partir dos departamentos de psicologia e de fisiologia. A partir da
influência de James, Skinner adiciona o critério pragmático do conhecimento e,
por consequência, fenômenos psicológicos. A partir da influência do francês
Bernard e medicina experimental, Skinner apropriou-se do modelo de sujeito
único, tratando o sujeito como medida para si mesmo, não necessitando recorrer
a dados estatísticos para explicar as modificações do comportamento dos
organismos. Em especial, a aproximação com os critérios pragmáticos de
filosofia possibilitaram com que Skinner não abandonasse comportamentos
não-observáveis diretamente, como pensamentos e emoções, mas os organizasse a
partir de sua função. Em específico, o termo função é uma influência dos
trabalhos de Ernst Mach, no qual abandona o modelo mecânico de explicação para
os fenômenos e adota um modelo multifatorial, funcional. Este modelo pressupõe
que, apesar da existência de um evento crítico para ocorrência de um dado
fenômeno, ele não é o responsável pela ocorrência, sendo necessário uma série
de fatores que saliente tal condição de ocorrência do evento.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKI5mZXH7_w7fZEzZDavorxywoaqnMgdQiQeOo0lfo2tsawajQu_Av6hmn_S51_2XITLZ1sooZtF8c_dPJFtOIRcF_oirhn5Cvbka4NuNHdZnT2JkR4eItLwYhevAydYNAy3qNSBT8Hvg/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="267" data-original-width="189" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKI5mZXH7_w7fZEzZDavorxywoaqnMgdQiQeOo0lfo2tsawajQu_Av6hmn_S51_2XITLZ1sooZtF8c_dPJFtOIRcF_oirhn5Cvbka4NuNHdZnT2JkR4eItLwYhevAydYNAy3qNSBT8Hvg/s200/download.jpg" width="141" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">J. B. Watson</td></tr>
</tbody></table>
</o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um dos pontos polêmicos da proposta de psicologia adequada
ao modelo das ciências humanas é o fato de Skinner adotar o comportamento de
animais não-humanos como modelos análogos para compreensão dos comportamentos
humanos. Mesmo na época contemporânea, há uma série de opositores do uso de
animais não-humanos para explicar processos básicos de comportamento humano. No
entanto, Skinner apoia-se na proposta darwiniana de seleção das espécies para
explicar que há semelhanças evolutivas entre o comportamento humano e demais
animais, salientando, no entanto, que há limitações, mas que estas podem ser
minimizadas a partir de estudos translacionais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em especial, a influência da lei do efeito, proposta por
Thordike, possibilitou a formulação do comportamento operante, no qual a
relação entre eventos consequentes possibilitavam a manutenção ou extinção de
um comportamento-alvo. Deste modo, Skinner avança na compreensão do
comportamento, não se limitando apenas na compreensão de respondentes (eventos
que se adequam ao modelo mecânico), mas alinha-se a proposta funcionalista
(eventos em relações de co-dependência).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNRshUdNbMAAnZ9f3q6LorJiNMUgasul00Vp1ltpiQr-uBKYrdyUgD0HuT-FIwJpEI4sUK7N1x3220-G6PWX4ZNw8wb6tVq38rUBydlLV9hwsWO4v_O0eukGw55dnaXddssnibZtELufE/s1600/images+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="277" data-original-width="182" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNRshUdNbMAAnZ9f3q6LorJiNMUgasul00Vp1ltpiQr-uBKYrdyUgD0HuT-FIwJpEI4sUK7N1x3220-G6PWX4ZNw8wb6tVq38rUBydlLV9hwsWO4v_O0eukGw55dnaXddssnibZtELufE/s200/images+%25281%2529.jpg" width="131" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3eJDeyvl2lRXtq-mNVL9_8g0e8Gn2KjvoDwFNWV849ysf_McxxmQLxMCVsMoIYSaWXDfylKnwK3E_5gw2Wvt1R2DAi1v2K5FddaTUckcjL27C9hYdQ9hYnxm-Q8Q0IFD1TK1CUToY9Gs/s1600/ernst-mach-austria-circa-stamp-printed-austria-shows-circa-85424272.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="713" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3eJDeyvl2lRXtq-mNVL9_8g0e8Gn2KjvoDwFNWV849ysf_McxxmQLxMCVsMoIYSaWXDfylKnwK3E_5gw2Wvt1R2DAi1v2K5FddaTUckcjL27C9hYdQ9hYnxm-Q8Q0IFD1TK1CUToY9Gs/s200/ernst-mach-austria-circa-stamp-printed-austria-shows-circa-85424272.jpg" width="158" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRDXA6f_ER2AyFBV3gGOC3eC1ZKUO4VqoJtJ01SLXhITlkEPBHEh3srrfC6-GoZEa74WSw3O15nQ74QdMMNh_eCfJ-Kuz-M0zWsRPZwuJ___8EEHOteOBgrJIiP-Gx9ZklcWWFjN7s9JU/s1600/polonia-1959-charles-darwin-cientista-evoluco-das-especies-D_NQ_NP_628324-MLB27307637197_052018-F.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="806" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRDXA6f_ER2AyFBV3gGOC3eC1ZKUO4VqoJtJ01SLXhITlkEPBHEh3srrfC6-GoZEa74WSw3O15nQ74QdMMNh_eCfJ-Kuz-M0zWsRPZwuJ___8EEHOteOBgrJIiP-Gx9ZklcWWFjN7s9JU/s200/polonia-1959-charles-darwin-cientista-evoluco-das-especies-D_NQ_NP_628324-MLB27307637197_052018-F.jpg" width="133" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Outra influência importante, porém sutil, é os pressupostos
filosóficos do materialismo histórico-dialético de Marx e Engels. Tal
influência é clara a partir da frase o organismo se comporta e produz uma
consequência que por sua vez retroage sobre o comportamento aumentando a sua
probabilidade de emissão no futuro. Sendo assim, temos a relação entre dois que
dialeticamente mantem uma relação de dependência no passar do tempo. Frase
similar a de Skinner é verificada na obra Ideologia Alemã dos autores
supracitados anteriormente.</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimznI-fvzzWEpgeEcdvpgW0L6OE20HC-AlNTtT9rerUS4Xw28yKcFJpLf4ZxW4aFGcT8_ivXjGbvrJdxizpDP3uJ2k3tfcGCLX5o_djua8DYLvtx26EY1_GJ3Ko4ath-Rc4FyNc8QrQ1U/s1600/05skinner.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="635" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimznI-fvzzWEpgeEcdvpgW0L6OE20HC-AlNTtT9rerUS4Xw28yKcFJpLf4ZxW4aFGcT8_ivXjGbvrJdxizpDP3uJ2k3tfcGCLX5o_djua8DYLvtx26EY1_GJ3Ko4ath-Rc4FyNc8QrQ1U/s200/05skinner.jpg" width="140" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">B. F. Skinner</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Retomando a questão dos eventos não-observáveis diretamente,
como Skinner adequa todos os comportamentos ao modelo de verificação
experimental e não recorre a eventos metafísicos, em vez disso recorre a
eventos ambientais proximais e distais (materialismo), ele torna-se avido
opositor a propostas internalistas de psicologia. A prática de recorrer a eventos
metafísicos para explicar as causas do comportamento, Skinner chamou de
mentalismo. Segundo ele, o mentalismo atrapalharia o avanço dos cientistas em
buscar novas explicações para o comportamento devido ao recurso cômodo
metafísico. Na medida em que a ciência do comportamento avançaria, para
Skinner, menos seria a necessidade de recorrer a explicações desta natureza.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em resumo, poderíamos dizer que as bases filosóficas e
conceituais da Análise do Comportamento derivam do modelo de produção de
ciências naturais e linguagem experimental, apoiam-se no materialismo marxiano,
no funcionalismo machiano, no pragmatismo jameniano, no selecionismo
darwiniano, do modelo de caso único bernardiano e se apoia em dados
experimentais produzidos por pesquisadores que o antecederam, como Pavlol,
Watson e Thordike.</div>
Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-75421179129513560872018-03-19T08:53:00.000-07:002018-03-19T08:53:32.659-07:00O Poder, Os Privilégios, Os Grupos e a Luta!<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEht20Yc_2p1PQI08eAeOdY2rMUOmnJvhCDRl0Tz8Q-iwU_BigWgHgQENTyF65hC-4OdRjD1KLVvv_cQPKgIOOpPyczjJHERoQ-Xq5nrDc6KXWePk0HhWZYovC1YskEcKRphiT3A98Z2YDw/s1600/76_esquina2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="610" data-original-width="1200" height="202" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEht20Yc_2p1PQI08eAeOdY2rMUOmnJvhCDRl0Tz8Q-iwU_BigWgHgQENTyF65hC-4OdRjD1KLVvv_cQPKgIOOpPyczjJHERoQ-Xq5nrDc6KXWePk0HhWZYovC1YskEcKRphiT3A98Z2YDw/s400/76_esquina2.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O texto a seguir é emocional. Diz respeito ao silêncio de
uns diante das frases abomináveis de outros. Diz respeito também dos gritos,
que tantos tentam silenciar. Trata-se de um tema complexo e frágil. Trata-se de
como discursos (que podem ser mal ou bem intencionados) violentam minorias.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4cm; text-align: justify;">
“<i>Como beber dessa bebida amarga/
Tragar a dor, engolir a labuta/ Mesmo calada a boca, resta o peito/ Silêncio na
cidade não se escuta/ De que me vale ser filho da santa/ Melhor seria ser filho
da outra/ Outra realidade menos morta/ Tanta mentira, tanta força bruta</i>”
(Cálice, Chico Buarque, 1978)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
[O texto é voltado para um determinado público, nós que de
algum modo temos privilégios e por vezes estamos insensíveis a determinadas
contingências]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dizem os ditos populares que é a morte que iguala os homens
e mulheres, dizem. No entanto, é perceptível como um evento que deveria
sensibilizar e unir grupos acaba por gerar contextos de disputa. Trato assim da
infeliz morte da vereadora Marielle Franco cujas classes sociais que
representavam eram: mulher, negra, lésbica, feminista, militante, de esquerda e
mãe-solo.<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLqxZ0WAhzWLExtFewxWdCV7P-JeUvYbGaEYoFpNp5Bd-1_5jrekmHGwG5x9cy2_ClaJ1BkXMxMM6B7JQWv65dONTZsAGxdctIkKu5ilCLq7apWji9i5pZSXhBHS2N7A4iYPLudX8vD2I/s1600/quem-era-marielle.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="449" data-original-width="810" height="221" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLqxZ0WAhzWLExtFewxWdCV7P-JeUvYbGaEYoFpNp5Bd-1_5jrekmHGwG5x9cy2_ClaJ1BkXMxMM6B7JQWv65dONTZsAGxdctIkKu5ilCLq7apWji9i5pZSXhBHS2N7A4iYPLudX8vD2I/s400/quem-era-marielle.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não vou entrar na discussão profunda sobre estes lugares, os
quais não pertenço. Mas cabe a nós, psicólogos e psicólogas em formação ou não,
atentarmos para o fato de que há uma engenharia social voltada para o
silenciamento das vozes que ganharam destaque ao longo dos últimos anos. São
vozes a muito marginalizadas pela história brasileira, são vozes que apresentam
risco para o estado hegemônico. São vozes contrassensuais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vamos às condições:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]-->Determinados grupos entristeceram e se
solidarizaram com a morte da vereadora;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]-->Determinados grupos atacam os grupos e pessoas
que se solidarizam com a morte da vereadora; e<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]-->Determinados grupos tratam o evento como neutro,
sem significância, o naturalizam.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOfVqM6MKIjmef9ED4rB53HFimSIw44kqYhyphenhyphen7Mkxxb6whwEJz6GLYSBDypVgIOn728TLnhhOYV9A00uBf7HexnrreXr5cR0U1AGDmk-3Szyo4LZp5DJo0Y7rP1EYt1IoiaDmb6PtTk0JU/s1600/latuff-600x486.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="486" data-original-width="600" height="258" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOfVqM6MKIjmef9ED4rB53HFimSIw44kqYhyphenhyphen7Mkxxb6whwEJz6GLYSBDypVgIOn728TLnhhOYV9A00uBf7HexnrreXr5cR0U1AGDmk-3Szyo4LZp5DJo0Y7rP1EYt1IoiaDmb6PtTk0JU/s320/latuff-600x486.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se pararmos para avaliar e verificar que grupos e pessoas se
solidarizaram com a morte da vereadora, perceberemos que terão práticas sociais
em comum, participam da mesma comunidade verbal e agem em função de instruções
que são classificadas como “de esquerda”. Imaginemos que somos estudantes
secundaristas e há duas situações: (1) um estudante da nossa escola sofre morte
violenta próximo à escola e (2) um estudante que nunca vimos, de um bairro
muito distante do nosso, sofre morte violenta perto da sua escola. Agora, a
qual das duas situações te parecerá de maior urgência para sua segurança? Sigamos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O segundo grupo, que não partilha das mesmas contingências
sociais, talvez nunca tenham vivido contextos similares a depender da
estratificação social e geográfica que veio. Este grupo não se identifica com
os “de esquerda” e inclusive nutrem sentimentos negativos quanto a estes.
Suponhamos que frases a seguir sejam comuns para este grupo, como: “Bolsa
Família só sustenta preguiçoso”, “Ele poderia ter escolhido outro caminho”,
“Isso ocorreu porque andava sozinha(o) na rua nesta hora”, etc. Para aqueles
que não partilham das condições sociais dos beneficiários, parece preguiça
quando temos um crescente número de desempregados. Para aqueles que a família
possibilitou o privilégio de escolha aos filhos, devido o acesso a melhores
escolas, comida, etc., parece fácil acreditar que todos têm mesmas condições de
formação social. Para aqueles que culpam a vítima, talvez nunca tenham sido
assaltados e tenham o privilégio de trabalhar em horários convencionais. Isso
tudo não justifica a insensibilidade à condição de sofrimento do outro, mas
explica.</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiExq4W-GNlISO1NhLk3fdWi6rloccyDhIPJv4W8dnPMGXfwD2hnj0ECEJghoCKjSfMwmm5sFilO07LgdjaS0yfugY9_OYYFe68GFU6g5FYBtWTgXEe7D171N8uJpkI7WwwPavo0Lep5jM/s1600/mariellechargeonline.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="401" data-original-width="580" height="276" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiExq4W-GNlISO1NhLk3fdWi6rloccyDhIPJv4W8dnPMGXfwD2hnj0ECEJghoCKjSfMwmm5sFilO07LgdjaS0yfugY9_OYYFe68GFU6g5FYBtWTgXEe7D171N8uJpkI7WwwPavo0Lep5jM/s400/mariellechargeonline.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É comum que aqueles do primeiro grupo “de esquerda” sofram
devido às condições sociais mantidas pelos que detêm o poder (como políticos
eleitos, agrônomos, figuras religiosas, etc./ aqueles que têm condições de os
reforçadores e aplicar punições). Enquanto isso, os do segundo grupo sofram com
o avanço das políticas de minorias e perca privilégios (reforçadores) como ter
uma empregada doméstica <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">sem direitos
trabalhistas</b>, diminuir as chances de seu filho entrar em uma universidade
pública devido às cotas ou torne mais fácil de sofrer punições caso assedie
alguém (seja sexualmente ou moralmente).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já o terceiro grupo, pode não compartilhar das contingências
que modelaram o comportamento de militância do primeiro grupo e foram
socializados de modo a concordarem com comunidade verbal daqueles que detêm o
poder (instruções verbais familiares, escola, trabalho, etc.). Por exemplo: por
não sermos homens, não compreendermos o medo das mulheres andarem sós na rua
(apesar de dizermos temer assalto, mas não tememos por violarem nossos corpos);
por não sermos negros, não compreendermos o olhar de seguranças nos corredores
dos shoppings (apesar de que talvez já tenha ocorrido, não é comum); por sermos
heterossexuais, não tivemos que apresentar conjugues como “amigos”; etc. Há uma
série de situações que apenas aqueles que às vivenciam tem condições de
compreender e não podemos ser cínicos de dizer que há relações sociais
simétricas. O perigo maior reside na concordância com instruções sociais que
dificultam o acesso de determinados grupos aos reforçadores com o discurso como
o de que nascemos iguais, então todos tem iguais condições. Estas regras não
são neutras, como gostam de crer. São regras que emergem das relações sociais,
são modeladas e mantidas por grupos sociais privilegiados. É fácil dizer que tem
que ensinar a pescar, quando não se é beneficiário <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">desta</b> política social, mas talvez receba aposentadoria do tio-avô
ex-militar. Ou seja, é um grupo concordante com a manutenção dos privilégios
que temem perder, pois o primeiro grupo passa a se beneficiar de determinadas
políticas.<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM0dHANbRZDpAS5TgLXLSuuy-LcRK47elba_zGYetg_Ub8rrcVaPFoEl54PoNYFLacplY1Jf2-svLUbPlLBg521m4hwDwFDhthgGj1Ako31HIKgCzrafaMFOfB1IOCrmaA3v4xAMH9v6g/s1600/29250180_1858253224206111_9084299634305662976_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="454" data-original-width="413" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM0dHANbRZDpAS5TgLXLSuuy-LcRK47elba_zGYetg_Ub8rrcVaPFoEl54PoNYFLacplY1Jf2-svLUbPlLBg521m4hwDwFDhthgGj1Ako31HIKgCzrafaMFOfB1IOCrmaA3v4xAMH9v6g/s320/29250180_1858253224206111_9084299634305662976_n.jpg" width="291" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em resumo: todos os três grupos são passíveis de perca de
reforçadores, mas há apenas uma camada social que não sofre nada e, ainda, se
beneficia das disputas entre os grupos. Sendo que é importante frisar que há
grupos menos privilegiados que outros e não há simetria na disputa política
formal e informal, pois há regras e instruções bem estabelecidas que
naturalizam determinados fenômenos sociais ou os ridiculariza.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Voltando, o perigo maior é o comportamento verbal. Há pessoas
que dizem que se trata apenas de debater ideias, ou ideias diferentes e que é
preciso de pluralidade ideológica. Percebam que debater ideias, ouvir ideias
diferentes (inclusive ofensivas) e dar mais espaço a quem já tem (usa dos
mesmos discursos já estabelecidos pela comunidade verbal dominante) não muda em
nada nas condições físicas que os grupos dominados vivem. Discutir ideias não
melhora saúde, segurança e educação. Discutir ideias apenas fornece contexto
para receber elogios de pares em grupos acadêmicos e por vezes destaque social
nas redes sociais. Talvez, o que diferencia as ideias “de esquerda” para as
demais é que a primeira apresenta risco de mudança das condições físicas que
mantêm o controle de grande parte do comportamento da população enquanto as
demais ideias apenas apresentam formas brandas de manter o poder dos dominantes
agradando pequenas parcelas dos dominados (ou seja, não terá impacto nas
condições físicas que mantêm desigualdade).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6TPoEgDHSBrPvBk54-Vnxk3DorX-nZ07GJh_l94C470yoQGCJxCEgx2InptSj-kjOJz4SIboe7OreiFo4IGmudHvTqKmG2HR0o1Idh3EeG-MNO2N6omr1s4GDwU75VI5QHRPhWmi7nCA/s1600/timthumb.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="800" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6TPoEgDHSBrPvBk54-Vnxk3DorX-nZ07GJh_l94C470yoQGCJxCEgx2InptSj-kjOJz4SIboe7OreiFo4IGmudHvTqKmG2HR0o1Idh3EeG-MNO2N6omr1s4GDwU75VI5QHRPhWmi7nCA/s400/timthumb.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sendo assim, finalizo dizendo que aqueles que tentam
silenciar estas vozes, aqueles que são concordantes com o silêncio, aqueles que
não se importam, são aqueles que se beneficiam das condições sociais de
desigualdade. Uma mulher negra, lésbica, militante, de esquerda e mãe-solto não
morreu porque apenas discursava, morreu porque trazia consigo possibilidades
reais de perigo a quem está no poder. Não era apenas um discurso, é Luta!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXr7wtUcnbN2ZA1_8h-DyHVfV7b_e1VlY07G4scSOlWC2F-qRr8TPOx3JnMt8Fc2rah-6v4Rm9fyJ0H3CGX5mPHZR8T2V8ISKGTJTIwdIvwGXTl8vGNzxcrrLiPvHMUYFLBTS2DdyEMbg/s1600/MarielleAlissonAffonso.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="260" data-original-width="320" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXr7wtUcnbN2ZA1_8h-DyHVfV7b_e1VlY07G4scSOlWC2F-qRr8TPOx3JnMt8Fc2rah-6v4Rm9fyJ0H3CGX5mPHZR8T2V8ISKGTJTIwdIvwGXTl8vGNzxcrrLiPvHMUYFLBTS2DdyEMbg/s320/MarielleAlissonAffonso.jpg" width="320" /></a></div>
Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-31772490997074837112017-12-24T14:21:00.000-08:002017-12-24T14:26:29.974-08:00Análise Aplicada do Comportamento: entre o entusiasmo e frustração<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigxC4OsBSGo2rmyw7ll1M_Kwpu-N74aGNdQbEn77EUtcEsXOpyjGLhNgTNfeg6-1L_Flonbad3aZ8KPmWjsdf21BKZNWgaC0FkR6Wu4woBCIE-yAUc8mnShdY5I7nuqhZx4oJnkYAYXDA/s1600/5702015594950_D.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="532" data-original-width="910" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigxC4OsBSGo2rmyw7ll1M_Kwpu-N74aGNdQbEn77EUtcEsXOpyjGLhNgTNfeg6-1L_Flonbad3aZ8KPmWjsdf21BKZNWgaC0FkR6Wu4woBCIE-yAUc8mnShdY5I7nuqhZx4oJnkYAYXDA/s400/5702015594950_D.jpeg" width="400" /></a></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Existe uma aposta entusiasmada entre os analistas do comportamento que é: </span><span style="font-size: 12pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">podemos produzir mudanças no mundo</span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">. Que mudanças são estas e que limites impostos pelo mundo, não sabemos. Convido os leitores a nos questionarmos um pouco sobre nossa cumplicidade frente a afirmação acima.</span></div>
<b style="font-weight: normal;"></b><br />
<a name='more'></a><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Quando somos jovens estudiosos e interessados no que diz respeito às psicologias, tendemos a diminuir os questionamentos e aceitar de modo fácil algumas afirmações em torno de que nos for dito. Uma possível análise funcional simplista para esta fase de enamoramento é que a maioria dos comportamentos relacionados ao curso de psicologia são </span><span style="font-size: 12pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">reforçadores</span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> e </span><span style="font-size: 12pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">eliciam respondentes emocionais de prazer</span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">. Sendo assim, relatos de felicidade e concordância se tornam mais frequentes de que relatos de desaprovação ou questionamentos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Deste modo, quando criamos maiores afinidades com determinada vertente política ou abordagem de psicologia, tendemos a ser mais concordantes com comportamentos verbais similares a nossa comunidade verbal do que de outras comunidade, principalmente se a comunidade outra destoar nos fundamentos epistemológicos. Então, passamos a nos comportar de acordo com os </span><span style="font-size: 12pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">critérios de reforçamento da comunidade</span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> que temos afinidade do que de outras e passamos a </span><span style="font-size: 12pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">consequenciar o comportamento de terceiros</span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> de acordo com este critérios.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9wVxo-l8KYms3eXKqfuQFTXT7cmAv6RdoIJSLaAa8jkMsMr7UYDlwLymlg9pxT4vTHYJn3MflZJ6AqHDF3NDmF2rv_SzrHvW22AoTgerj6mYjkqORaDBJ5x5pcjl3wuE4BXxUI-VuGn0/s1600/food-drink-toast-glass-raise_your_glasses-scientists-science_conventions-dpan1784_low.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="546" data-original-width="400" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9wVxo-l8KYms3eXKqfuQFTXT7cmAv6RdoIJSLaAa8jkMsMr7UYDlwLymlg9pxT4vTHYJn3MflZJ6AqHDF3NDmF2rv_SzrHvW22AoTgerj6mYjkqORaDBJ5x5pcjl3wuE4BXxUI-VuGn0/s320/food-drink-toast-glass-raise_your_glasses-scientists-science_conventions-dpan1784_low.jpg" width="234" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Voltando ao ponto inicial: somos muito entusiasmado com afirmativas de que “</span><span style="font-size: 12pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">onde houver um organismo se comportando, há condições de intervir como analista do comportamento</span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">” ou “</span><span style="font-size: 12pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">identificando as condições mantenedoras de comportamento, é possível modificá-lo</span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">”. Nossos comportamentos de repetir e concordar com estas frases foram reforçados de modo que dificilmente nos questionamos sobre. Estas frases não são de todo erradas, mas são imprecisas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Não é porque podemos intervir no comportamento de inúmeros organismos que haverá fontes de financiamento do nosso trabalho. Não é porque compreendemos as condições mantenedoras que temos ferramentas suficientes para modificar as condições históricas e físicas que controlam o comportamento. Foquemos na segunda assertiva, já que a primeira fica claro que há questões políticas amplas que tornam intervenções comportamentais mais ou menos desejáveis para gestores do que outras.</span></div>
<div>
<span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnJPCgAFgQ3bdEKiZCrykUEBP2Yor2mo8YgK8ZKKGEbJAbK10lAL4C3Too_enFkU6_QsKWF-ohrt6v6u-3lo9M9KTxGwDi18A7J3cLaVtmix5MPtolTreayfHDNZRrdNqnG2zjobTLT2g/s1600/Lego-Justices-800-x-400.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="800" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnJPCgAFgQ3bdEKiZCrykUEBP2Yor2mo8YgK8ZKKGEbJAbK10lAL4C3Too_enFkU6_QsKWF-ohrt6v6u-3lo9M9KTxGwDi18A7J3cLaVtmix5MPtolTreayfHDNZRrdNqnG2zjobTLT2g/s400/Lego-Justices-800-x-400.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Um jovem de bairro periférico, nascido e crescido em um ambiente em que não há relato de </span><span style="font-size: 12pt; white-space: pre-wrap;">alguém que tenha se formado em um curso superior ou assuma cargo de prestígio social. Não há capilaridade das políticas sociais de cultura e lazer. Não há uma comunidade que modela, reforçar e mantêm comportamentos pró-sociais, no qual as figuras de poder e respeito são envolvidos com a criminalidade. É pouco provável que nossas intervenções sejam tão eficientes quanto desejamos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Há regras quanto aos locais que este sujeito possa alcançar, tornando-se </span><span style="font-size: 12pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">operações abolidoras</span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> para comportamento de se engajar em mudanças. Mesmo que o sujeito se engaje em mudanças, há um custo de resposta alto e atrasado em demasia. Tratando-se de uma comunidade que não modela comportamentos pró-sociais, é possível que este sujeito não tenha desenvolvido comportamentos tidos como auto-controle. Sendo a criminalidade uma alternativa viável para a comunidade verbal, cujos ganhos são de baixo custo, normalmente imediatos e de alta magnitude, há condições limitadíssimas para que um analista do comportamento intervenha de modo efetivo (segundo os critérios socialmente desejáveis).</span></div>
<div>
<span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGh25uSPVxKKICRnlMkdIcpZl1cuYbG4kM7PUNWObabsuLUnvUSbkIOrhp7V4HCSjQM9W-shongm5FnocPkRxGxx5aSI_Wkqnw4ZzuCmnsdCkdF4gLaZ81CrAeFKBLP3ADH3Fjqy3Z9zE/s1600/Marvels-Luke-Cage-pop.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="801" data-original-width="1200" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGh25uSPVxKKICRnlMkdIcpZl1cuYbG4kM7PUNWObabsuLUnvUSbkIOrhp7V4HCSjQM9W-shongm5FnocPkRxGxx5aSI_Wkqnw4ZzuCmnsdCkdF4gLaZ81CrAeFKBLP3ADH3Fjqy3Z9zE/s400/Marvels-Luke-Cage-pop.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Isso não quer dizer que não tenhamos condições de modificar alguns comportamentos. Isso não quer dizer que não tenhamos algumas iniciativas maravilhosas e interessantes de intervenção social, inclusive quanto a criminalidade e violência. Mas, significa que temos que reconhecer os limites da intervenção comportamental. Por exemplo, ninguém lembra de informar aos recém-formados que nossas intervenções são um recorte muito pequeno na história de reforço de determinado comportamento. Que um comportamento foi reforçado durante anos e que, em determinado momento, tornou-se um problema. Que levará tempos até que a magnitude dos reforços que mantinham o comportamento se esvaneçam ou que consigamos criar novos reforçadores naturais (dificilmente há esta opção).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Outro ponto que deve ser assinalado é que tratar comportamentos de criminalidade como alvo de intervenção são desejáveis, mas, por vezes, se trabalharmos em dispositivos de saúde e sociais, haverá sujeitos que não tem interesse em mudar estas condições de vida. Isso não quer dizer que não haja outros comportamentos a serem tratados. No entanto, ao chegarmos em diversos destes dispositivos, há uma pressão social de que corrijamos determinados comportamentos e, por vezes, estas não serão as demandas da comunidade assistida. A disparidade entre o que as </span><span style="font-size: 12pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">agências de controle</span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> (universidade e gestores) sinalizam como problema a ser resolvido e as dificuldades impostas pelo campo (recursos institucionais escassos, precarização das instituições públicas, comunidade que demanda outras intervenções ou sujeitos que não se engajam para este objetivos externos) podem eliciar respostas classificadas como frustração. Tal contexto pode estar relacionado com extinção de comportamentos que classificarei como profissionalmente engajado.</span></div>
<div>
<span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeOLJ8l28gI6zaem7PUX78mY-7hadAdXkpvEisNlavJ8BuZDNgS93YKHmjBQBYj4e0qgp3Zs5WvYU0EY8V98GKWcQ4mcfWqbuxL2bmeLQK6O7rROaI-nW2eOnD34MAXcD9aAC6uIkKP5w/s1600/lead_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="379" data-original-width="615" height="246" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeOLJ8l28gI6zaem7PUX78mY-7hadAdXkpvEisNlavJ8BuZDNgS93YKHmjBQBYj4e0qgp3Zs5WvYU0EY8V98GKWcQ4mcfWqbuxL2bmeLQK6O7rROaI-nW2eOnD34MAXcD9aAC6uIkKP5w/s400/lead_large.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Sendo assim, calma. Não podemos mudar todos os comportamentos. Há condições históricas e físicas que limitam nossa intervenção. Somos uma variável nova na vida de muitas pessoas e que dispõe de reforçadores limitados e de baixa magnitude para modelar os comportamentos. Há pressões políticas e institucionais para que foquemos em determinados comportamentos e não para outros, mas nem sempre estes critérios são adequados para se intervir com comunidades. Nem todas mudanças são imediatas ou o comportamento final será o desejado (aquele que nossa comunidade nos reforçou a esperar). Temos muito o que explorar e intervir antes de dizer que possamos mudar o mundo. Temos que ter caltela.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Enquanto não podermos afirmar com seguranças que podemos mudar o mundo, continuemos tentando e agregando pares que nutrem o mesmo objetivo político!</span></div>
Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-12805352019174374722017-02-12T20:23:00.001-08:002017-02-12T20:25:01.610-08:00Senso Comum Acadêmico e suas Implicações para Análise do Comportamento<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgR07vlJXTjo3mJziVQWbA20BsPQpC4o1-Ast9-Bi0nT0Q3H4hjpQJ5_zhJ1yCowzAcrLSLMm8XfCas7pZyX76kHPb_5Z_huTLkTWdhGZfMGF_0BOQDNf2jKCrvCkBHoFdVO0-VakBV6Es/s1600/science-03.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="141" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgR07vlJXTjo3mJziVQWbA20BsPQpC4o1-Ast9-Bi0nT0Q3H4hjpQJ5_zhJ1yCowzAcrLSLMm8XfCas7pZyX76kHPb_5Z_huTLkTWdhGZfMGF_0BOQDNf2jKCrvCkBHoFdVO0-VakBV6Es/s400/science-03.png" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma das dificuldades para que Análise do Comportamento não
alcance fácil adesão dentro e fora da Psicologia é devido uma fonte de controle
sutil: <i>senso comum</i>. No entanto, eu
vou discutir senso comum num sentido pouco usual...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É de conhecimento das pessoas que iniciaram seus estudos em
Análise do Comportamento, que esta comunidade tenta aplicar o modelo de
produção de conhecimento das ciências naturais ao objeto de estudo da
psicologia comportamental. Uma das nossas principais influências históricas é
adoção do modelo de estudo do fisiologista Pavlov. A partir deste evento,
herdamos sua linguagem experimental, como controle, estímulo e resposta. Cada
uma destas palavras já vem carregada de significados já estabelecidos pela
longa história das ciências e, quando aplicadas a Análise do Comportamento,
ganharam novo uso. Porém, o descompasso entre senso comum acadêmico e forma
como é empregada pela AC por si só causa estranhamos...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Outra dificuldade que enfrentamos é o fato de que as
premissas da AC destoam do conhecimento comum estabelecidos pelos avanços
anteriores da ciência. Por exemplo, termos como <i>força</i> e <i>energia</i> dizem
respeito a modelos de ciência que remetem a Newton e a descoberta da eletricidade.
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQcvrsUxFBmwrD2i1RSBWrlyen_lavTyxiNm6n_kLJTyIwLGFMNWyvWiHwc28v99eLF4LnYmFekdS_oeS-C-4MO5E2g9TnICCJesAZvumowOu5I3sQ_pbALNeFhHixungqi8jFVcO9VaU/s1600/Mac%25C3%25A3+de+Newton.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQcvrsUxFBmwrD2i1RSBWrlyen_lavTyxiNm6n_kLJTyIwLGFMNWyvWiHwc28v99eLF4LnYmFekdS_oeS-C-4MO5E2g9TnICCJesAZvumowOu5I3sQ_pbALNeFhHixungqi8jFVcO9VaU/s1600/Mac%25C3%25A3+de+Newton.png" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A partir de Newton temos uma relação entre fenômenos de modo
a-histórico. Uma força X do nada é aplicada sob um corpo Y que possibilita
deslocamento Z. No entanto, é de compreensão contemporânea que o universo mantêm
complexas relações entre eventos. Ou seja, um corpo não se move apenas porque
uma força X foi aplicada por alguém, mas porque não houve resistência entre o
atrito do objeto e anteparo, não havia magnetismo agindo ou gravidade. Há uma
simplificação do fenômeno para fins didáticos, mas que geram o vício de crer que
sempre há uma relação unilateral entre eventos e que há uma suposta força
iniciadora. Em si tratando de psicologia, o senso comum acadêmico busca
justificar a existência de uma força que ocorre espontaneamente e age sobre o
organismo e que é preciso um eu iniciador que deseja mover este organismo no
mundo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjoJpXJVqPnRo81jv5-jLNZVuDVs5-8ou6pcxxT2vtjBQFkS8P7tDfLFKSc10pgZjSupeHm8bJj2KqO1lq1MiYOs1pzqce0lDlQszPyYBBQ7bd3vkFW19XDXZuWunNDZYRCdrua-ngs_c/s1600/frank.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjoJpXJVqPnRo81jv5-jLNZVuDVs5-8ou6pcxxT2vtjBQFkS8P7tDfLFKSc10pgZjSupeHm8bJj2KqO1lq1MiYOs1pzqce0lDlQszPyYBBQ7bd3vkFW19XDXZuWunNDZYRCdrua-ngs_c/s200/frank.jpg" width="183" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A partir do modelo da eletricidade, houve a compreensão que
era possível acumular energia em um objeto chamado baterias. Que era possível
redistribuir esta energia e ela possibilitava o funcionamento de instrumentos
tidos elétricos. Algo parecido ocorreu com a descoberta do uso hidráulico para
mover estatuas. Explicava-se o movimento de corpos orgânicos devido à
existência de fluidos vitais. Enfim, para algumas pessoas o modelo da
eletricidade se aplica a psicologia e que existiriam problemas que é devido a
excesso de energias, ou desgaste do aparelho devido intenso fluxo de energia. É
muito comum dizer que o excesso de raiva faz com que adoecemos. Esta é uma
frase comum da apropriação das explicações do modelo elétrico.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para piorar, o atual modelo de ciência é o computacional. Este
modelo preconiza que há uma separação entre organismo físico que processam
dados e que há um organismo imaterial que codifica e transmite informações. Este
modelo é tão bem sucedido em conquistar o senso comum que até a biologia
adota-o por meio da transmissão de informações via genes... Para AC, esta
separação entre <i>hardware </i>e <i>software</i> é um apego ao mentalismo mais
arcaico que temos, uma separação total entre material orgânica e psiquismo. Não
tratam o ser humano em sua totalidade, descarta-se a possibilidade de compreensão
do homem de maneira materialista.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUx0-w6w0ED5Twg5OqawYtgwnF4_WJ394Fb1LhFHE4QLkB74_WDvhhATmp0xwsuFXca7RPR5KFI-bRt05GnO5X2oTHbMFbqFMp7y-kEK3oczOx1EeyC_cQmJjE6HM4aWLwUVYm8PGPsvc/s1600/1CM.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUx0-w6w0ED5Twg5OqawYtgwnF4_WJ394Fb1LhFHE4QLkB74_WDvhhATmp0xwsuFXca7RPR5KFI-bRt05GnO5X2oTHbMFbqFMp7y-kEK3oczOx1EeyC_cQmJjE6HM4aWLwUVYm8PGPsvc/s1600/1CM.png" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Bom, o que estes exemplos nos ensinam é que costumamos
adotar vícios acadêmicos de conhecimentos datados, porém largamente difundidos
no senso comum, para embasar nossas decisões teóricas. Sendo a AC destoante do
senso comum acadêmico pré-estabelecido, sofremos baixa adesão, além de que não
somos bons publicitários... Estas apropriações conceituais do senso comum não são
absurdas pelo fato de que após adotarmos o modelo de conhecimento de AC, por
vezes, temos dificuldade de abandonar uma noção a qual estamos acostumados por
uma mais coerente. Quando estamos apegados ao modelo explicativo o qual fomos
introduzidos, há resistência para mudarmos. Por exemplo, a psicologia
skinneriana é a psicologia do comportamento operante, porém produções
pós-skinnerianas já nos atentam para outros fenômenos de igual importância,
como comportamentos adjuntivos e o retorno a importância dos respondentes para
compreensão dos problemas humanos e cultura.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZgOT2BZBaudQmB_kVBvl7ecMQtxXAVZ1IcU5zn-eAwJd9L-KZrDm3jL27tnfkCT55NmfkGBxmtPNKB7yXbm4zk5KuKS99HBVWFtY5I6pzG0ujwSCYq-M1UAbbgUi4QAfWk4xK26oj79Y/s1600/_917455d0ec1cf10b589dd210b285472cc85531b6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZgOT2BZBaudQmB_kVBvl7ecMQtxXAVZ1IcU5zn-eAwJd9L-KZrDm3jL27tnfkCT55NmfkGBxmtPNKB7yXbm4zk5KuKS99HBVWFtY5I6pzG0ujwSCYq-M1UAbbgUi4QAfWk4xK26oj79Y/s1600/_917455d0ec1cf10b589dd210b285472cc85531b6.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A literatura que inspirou a escrita deste textinho é da
autora Mecca Chiesa, cujo livro se chama <i>Behaviorismo
Radical: a filosofia e a ciência</i>. Apesar de ser um livro de pouca
acessibilidade para aquisição, é possível encontrá-lo em bibliotecas mais
antigas de Psicologia. Espero que o texto tenha alcançado seu objetivo de nos
alertar para os <b>sensos comuns acadêmicos</b>
a que somos reforçados socialmente a adotar. Que aprendamos a fazer auto-críticas
e, assim, possamos avançar na compreensão do comportamento humano e não-humano.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como diria Skinner: <i>Não considere nenhuma prática como imutável. Mude e esteja pronto a mudar novamente. Não aceite verdade eterna. Experimente</i>.</div>
Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-21683166513579008202017-01-02T08:27:00.000-08:002017-01-02T08:28:49.277-08:00Eu Desejo Um Feliz Mundo Novo! - uma proposta mais que comportamental<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTRYMT-CPC86QmRujPS1JXHUCPGfB_iw-wRElj1k3t_3o28Vw6-xGh5tXBJ_pJzzDBYndkFTygaeZa2w2abFkVDGL0P9lMSt-43WL8uxfHIzj1KzJydV7qEpL7ZstQ62udGbS8kasbifY/s1600/new-year-03.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTRYMT-CPC86QmRujPS1JXHUCPGfB_iw-wRElj1k3t_3o28Vw6-xGh5tXBJ_pJzzDBYndkFTygaeZa2w2abFkVDGL0P9lMSt-43WL8uxfHIzj1KzJydV7qEpL7ZstQ62udGbS8kasbifY/s320/new-year-03.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Primeiramente Diretas Já e Feliz Ano Novo! Bom, está será a
primeira postagem deste ano e gostaria de começar falando de um tema simples,
mas que por vezes escorregamos numa casca de banana conceitual... Os votos de
início de ano. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Acho importante dizer que não há nada de errado em utilizar
linguagem cotidiana para parabenizar ou desejar conseqüências vantajosas a alguém,
muito pelo contrário, é elegante e pró-social! Porém, esperar que comportamento
verbal misticamente traga estas conseqüências é erro conceitual. Ou seja, o
simples fato de eu desejar boa sorte a alguém não trará boa sorte à mesma. Desejar
boa sorte é de boa etiqueta social em diversas comunidades, mas não há relação
funcional entre meu comportamento verbal e as futuras conseqüências do
colega...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma solução comum encontrada pelos behavioristas radicais a
esta questão é desejar “boas contingências” ou dizer que não devemos esperar
que coisas boas aconteçam no novo ano, mas que hajamos sobre o mundo e o
transformemos. De certo, é mais coerente agir sobre o mundo e usufruir das suas
conseqüências do que esperar que estes eventos ocorram de modo aleatório e
acidental. No entanto, a premissa de que o que nos falta é agir sobre o mundo é
simplista e não dá conta da complexidade dos problemas vividos pelo homem
moderno. Sendo assim, proponho nos atentarmos para um novo nível de Desejos
para o Novo Ano.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se estivermos interessados em modificar nossa realidade de
modo mais amplo e que envolva mudanças no mundo social, é preciso abandonar a
crença que a unidade operante será a solução esperada (ou a única solução). Tão
pouco defendo que a proposição de unidade chamada metacontingência seja
adequada para trazer mudanças sociais. Há muito a ser refinado conceitualmente
e verificado experimentalmente para apostarmos nossas fichas neste conceito tão
jovem!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhrg4H7hyphenhyphenFEawMHdTFCTxwW_1nD4froXeeh2SC1s-Ib7m2FAJASty_Dp_MtHFDB2aidY2wyrMGpzjThd3u7zHhieJIaciTr5uCV5pOPwQOROQsEgI1gUKUm-IZGAyctQrwzHJ_iDSfxDw/s1600/unidos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhrg4H7hyphenhyphenFEawMHdTFCTxwW_1nD4froXeeh2SC1s-Ib7m2FAJASty_Dp_MtHFDB2aidY2wyrMGpzjThd3u7zHhieJIaciTr5uCV5pOPwQOROQsEgI1gUKUm-IZGAyctQrwzHJ_iDSfxDw/s320/unidos.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Infelizmente, há
contingências a que não temos acesso, logo não temos como modificá-las. Apesar
de que haja uma relação funcional entre determinado grupo de pessoas agindo
sobre o mundo e suas conseqüências agirem sobre outros grupos de pessoas, estas relações não são bidirecionais. Sofremos as conseqüências
de decisões de determinados grupos privilegiados, mas não temos o poder de agir
sobre estes grupos de maneira eficiente e imediata (não de maneiras legalmente e socialmente pré-estabelecidas). </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Li muitas mensagens de Ano Novo dizendo que 2016 foi ruim
porque não agimos. Porém, nós agimos! Nós lutamos e choramos, nós perdemos... Porém,
muitos de nós lutamos solitariamente para melhorar nossas vidas solitárias.
Tentamos nos encaixar nos modelos de sociedade adoecido que tanto criticamos.
Faltou-nos engajarmos coletivamente para mudanças em larga escala e criarmos
novos meios de contrabalancear as desigualdades sociais e privilégios (leia-se <b>tecnologias de contracontrole</b>). E se me
perguntarem que proposição eu tenho pra solucionar isso, eu respondo: não
tenho nenhuma! 2017 tem que ser um ano em que decisões e propostas de mudanças sociais
ocorram em roda, em grupos, em comunidades e coletivos! </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sendo assim, eu desejo que cada um de nós encontre coletivos
singulares, afetivos, dos quais possam emergir propostas de mundos alternativos. Decisões coletivas, ações coletivas, consequências coletivas... Já dizia o ditado popular, <b>uma andorinha só não faz verão!</b> E, apesar de 2016
não ter ocorrido como se queria, foi o ano que o grupo de sonhadores a que me
vinculei esteve mais unido, mais forte e sonhamos possibilidades... E pretendemos
executar estas possibilidades nos próximos anos!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEju7tAFxHuHbDldj5Y-0MjHTZZuDZTkDrJWUUkddcsXkxk5yzd82yj57yvv_Qcx1NwmzxD-0lAPHyHbtFaGA1opop5Zu87_Dpq0eAfM8ipUUMzV3BFa_6ttcTJKsRaPGiqjRpWS0dcC6gE/s1600/64b5fbcbc3e6d577b3da393a848f74b9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEju7tAFxHuHbDldj5Y-0MjHTZZuDZTkDrJWUUkddcsXkxk5yzd82yj57yvv_Qcx1NwmzxD-0lAPHyHbtFaGA1opop5Zu87_Dpq0eAfM8ipUUMzV3BFa_6ttcTJKsRaPGiqjRpWS0dcC6gE/s400/64b5fbcbc3e6d577b3da393a848f74b9.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Às vezes, o que nos falta para construir um mundo melhor é estarmos inserido em um coletivo revolucionário. Parafraseando Raul Seixas: S<i>onho que se sonha só, é só um sonho. Sonho que se sonha junto é realidade! </i>Assim como a subjetividade não é uma construção individual e solitária, um mundo formado por homens e suas subjetividades, também não é um projeto escrito a duas mãos. é preciso construirmos coletivos disruptivos, é preciso estarmos unidos. Se não podemos mudar de imediato este mundo dado, que construamos nossos projetos de NOVOS mundos!</div>
Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-6733184805814045542016-12-07T13:02:00.000-08:002016-12-07T13:04:04.999-08:00Como não iremos salvar o mundo! (Falando com franqueza sobre Análise do Comportamento e Sociedade)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLATHrhmQpXu2lVKXOjAZwLbFhjhyrWalCvcg2iN66MOQMvDtChNKlmuH60u0yz8vsT-BsovuAgAPbfbU0sS0hIrLSlQgAkqmsvPhM0KQGpY_FaIODZjVpWpUiNzexyBf6Wmdh5AGNZKU/s1600/the-money-game-scottmooreart.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLATHrhmQpXu2lVKXOjAZwLbFhjhyrWalCvcg2iN66MOQMvDtChNKlmuH60u0yz8vsT-BsovuAgAPbfbU0sS0hIrLSlQgAkqmsvPhM0KQGpY_FaIODZjVpWpUiNzexyBf6Wmdh5AGNZKU/s320/the-money-game-scottmooreart.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p> </o:p>Faz bastante tempo que não escrevo para este blog, mas com
justificativas boas e outras não tão boas. A boa justificativa era a dedicação,
quase que, exclusiva as atividades do mestrado que faço. A justificativa não
tão boa é o fato de que me dedicar de modo muito sério a Análise do Comportamento
me fez evitar escrever de modo mais leve e popular durante quase todo ano.
Agora, um lembrete, estes escritos são para um blog de divulgação da Análise do
Comportamento, no entanto, é mais aconselhável ler artigos em revistas
acadêmicas para tirar dúvidas e defender idéias. Neste blog eu jogo algumas idéias
e perspectivas pessoais que, por muitas vezes, não refletem a perspectiva da
comunidade. Bom, dada esta advertência, sigamos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Faz alguns meses que retornei a cidade em que me graduei,
reencontrei velhos amigos e discuti alguns temas político-sociais que a
pós-graduação não me dava tamanha abertura. Pois bem, isso me empurrou para ler
sobre sociologia diretamente da fonte e não a partir de interpretações
analítico-comportamentais sobre os fenômenos sociais.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Particularmente, eu tenho uma posição extremamente crítica e
controversa: eu acredito que a Análise do Comportamento tem excelentes
ferramentas para resolver problemas humanos individuais, mas ainda não temos
uma ciência madura o suficiente para tratarmos de fenômenos sociais e políticos
em sua devida amplitude. Por exemplo, a ética skinneriana fala que o único
valor defensável é <b>sobrevivência da
cultura</b>. No entanto, em nenhum momento, esta ética se questiona que
culturas devem sobreviver. Temos exemplos de <b>práticas culturais </b>que não são defensáveis, como escravidão e fascismo.
Mas temos exemplos históricos de como escravidão e fascismo estavam
correlacionados com crescimento e manutenção de nações inteiras, assim como
prosperidade econômica. Então, é defensável a sobrevivência destas culturas? </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1Z7YMxkwX6AWbcu1SxlFhsjMPv_NQ-GxhjAmFbQKPD6LNYh6VpSM8vJAkvSYPJukaE3lrW2MeAD_ygO0bajvNN-hC7wmxmKVcsLpfRW9rE3ks0jfQsKdM9EHZL72aFrV9laWDd9IUjIE/s1600/the_wall_street_ny-1524129.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1Z7YMxkwX6AWbcu1SxlFhsjMPv_NQ-GxhjAmFbQKPD6LNYh6VpSM8vJAkvSYPJukaE3lrW2MeAD_ygO0bajvNN-hC7wmxmKVcsLpfRW9rE3ks0jfQsKdM9EHZL72aFrV9laWDd9IUjIE/s320/the_wall_street_ny-1524129.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Acontece que, esta postura de defender a <b>sobrevivência da cultura </b>é muito vaga e
pouco precisa. Ou seja, não é parcimoniosa, como nossa comunidade costuma
desejar. Trata-se de um conceito/valor muito abrangente e não explica nada, não
descreve nada, apenas utiliza-se de um termo cômodo. Inclusive, é implícito a
crença em uma cultura superior, pois não há sinal de pluralidade: sobrevivência
da<b><i>S</i></b>
cultura<b><i>S</i></b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Adicionalmente, Skinner foi um cientista que desejou muito
que a ciência trouxesse benefícios à humanidade, mas bem sabemos que a ciência
quase nunca está a serviço da humanidade por si. Há uma rede imensa de relações
econômicas e sociais. Inclusive, Skinner era homem de seu tempo e em seu <i>ethos</i> a ciência era cotada como neutra,
pura e benéfica. Porém, <b>a falência da
neutralidade, pureza e beneficência da ciência</b> é escancarada a partir das
denuncias das pesquisas nazistas. Mas em defesa de Skinner, nem sempre
conseguimos acompanhar os avanços tecnológicos e sociais de nossa época. Nem
sempre nosso trabalho emana valores ideológicos claros. Por vezes somos limitados
pelo nosso tempo. É preciso mantermo-nos críticos diante dos conhecimentos que
produzimos e é este o ponto de intersecção que quero chegar, mas é preciso
despir a Análise do Comportamento de sua inocência em crer que salvará o mundo!
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhEePpb4JoUSwKGaDx_ydvG1qdbS5eLvXNbYYHklF2CHEX_E6M8Z4yu3ymtaPpiUd3wE1J9i2ZN4TYzZKvbjlgdopoOWzRNUkliM4FoxO9833pBJT9K4SEpV2HSSY_alOPa6tC2nGDOek/s1600/Jay-Z-occupy-Wall-Street-t-shirts-e1321583249243.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhEePpb4JoUSwKGaDx_ydvG1qdbS5eLvXNbYYHklF2CHEX_E6M8Z4yu3ymtaPpiUd3wE1J9i2ZN4TYzZKvbjlgdopoOWzRNUkliM4FoxO9833pBJT9K4SEpV2HSSY_alOPa6tC2nGDOek/s200/Jay-Z-occupy-Wall-Street-t-shirts-e1321583249243.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nestes últimos dias reli textos de Pierre Bourdier que trata
de algumas teses interessantes, sendo uma delas a <b>economia das trocas simbólicas</b>. Apesar do nome um pouco obscuro,
ele é extremamente pragmático. Em behaviorês poderíamos traduzir como <b>reforçadores sociais condicionados</b>. Ou
seja, há conseqüências mediadas socialmente para determinados comportamento; estas
conseqüências não são puramente físicas, como água para saciar a sede, mas
envolve <b>controle social</b>, como reconhecimento
social, <i>status</i>, etc.. Inclusive, é
desnecessário por vezes fazer tais traduções para o behaviorês, é preciso ler
sociologia, história, filosofia, antropologia, etc., diretamente dos autores e
compreendê-los. O mundo não precisa ser um amontoado de termos analítico-comportamentais
para poder entendê-lo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7jAosJ6cTTBlzYodQtNq9M3IWWEhPyMh5Pxzr7-gNifw6rA80Gfvsop8c1Lyf7TNcKjdaPLudgMTDHP_gNJ7gaqy410rkUgow-igR5I1ch9ewJXfGw7fIxVhEoF5uSK2aVj1gRBkpH6o/s1600/mask.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="211" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7jAosJ6cTTBlzYodQtNq9M3IWWEhPyMh5Pxzr7-gNifw6rA80Gfvsop8c1Lyf7TNcKjdaPLudgMTDHP_gNJ7gaqy410rkUgow-igR5I1ch9ewJXfGw7fIxVhEoF5uSK2aVj1gRBkpH6o/s400/mask.png" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sendo assim, o cientista como qualquer outro ser humano é
sensível a diversas fontes de reforçamento. O cientista também é limitado pelo
seu <i>ethos</i>, pela sua comunidade. A
validação e aceitação de uma proposta mais divergente dependerão de outras
relações que não só do produto final de suas pesquisas (produto físico).
Afinal, passamos por avaliações dos pares e isso é simplesmente <b>controle social</b>, vide revistas científicas
e seus corpos editoriais. É tão obvio que não será a ciência pela ciência que
salvará o mundo que temos exemplos de como as relações de <b>trocas simbólicas</b> existem em AC e proporcionarão cisões e condições
desumanas. A revista <i>Journal of Applied
Behavior Analysis – JABA</i> nasceu em resposta ao veto das pesquisas aplicadas
no <i>Journal of Experimental Analysis of
Behavior – JEAB</i>. Uma forma de dano a comunidade não científica é que,
durante algumas décadas, as <b>técnicas de
modificação do comportamento</b> serviam de base para manutenção do preconceito
e tratamento de homoafetividade como doença ou desvio de personalidade. Somos
homens e mulheres de nosso tempo, nossa ciência não salvará o mundo se não
soubermos a quem servimos e a que valores defendemos! A ciência por si só não
emana valores, ciência não é uma coisa, inclusive. Ciência é <b>prática cultural</b>, fazer ciência é <b>comportamento</b>! Todo comportamento é <b>multideterminado</b>...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5bjW8X-0WvOQNyRIVuRI1F-pUP9QWN23ITJ9LvkK9Ey-CP8ZNOaYMkVIhu5CNuEPkY7tKuMB4Zk8SozzrTRHBGZl1WPoZnUhI_bV6H9gZGoI8c9YHBjJhh3c4WplqlM5Rd-P6TuJPGsI/s1600/Occupy-Wall-St-ALAN-test.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5bjW8X-0WvOQNyRIVuRI1F-pUP9QWN23ITJ9LvkK9Ey-CP8ZNOaYMkVIhu5CNuEPkY7tKuMB4Zk8SozzrTRHBGZl1WPoZnUhI_bV6H9gZGoI8c9YHBjJhh3c4WplqlM5Rd-P6TuJPGsI/s320/Occupy-Wall-St-ALAN-test.jpg" width="208" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O caminho que tenho encontrado para balancear a falta de
orientações éticas mais precisas advindas do Behaviorismo Radical é ler outras
áreas, compreender o que as minorias sociais falam sobre si e demandam. Não
podemos nos furtar a oportunidade de aprender com aqueles que por décadas se
dedicam especificamente a compreender o <b>controle
social</b>, mesmo que sob outra perspectiva. Para quem não sabe, Skinner tinha
dois orientadores, um psicólogo e um fisiologista. No entanto, a proposta de
delineamento de sujeito único não é nossa, advêm da leitura de medicina. A ficção
científica <i>Walden II</i> é fruto da
leitura de Thoreau, que escreve o livro <i>Walden</i>.
O Behaviorismo Radical parece se aproximar do materialismo histórico, porque
Skinner leu Marx. Skinner consumia <b>outras
literaturas </b>e <b>outras ciências</b>.
Se continuarmos evitando diálogo com outras áreas, poderemos perder oportunidades
riquíssimas de avançar enquanto modelo científico mais amplo e impactante.
Corremos o risco de nos tornarmos anacrônicos!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_kB4lC6N5MRqQ211v9RZdedxFI5VR6zVQ1_ejE2ADofPxGLPDofHX7YCG6MPbXUG2hVzs_OLK0UhJ9gyhbMNGRI1Er8EbQbbruQTNhsQ4fKnaYydkLTC8dnniHSwLU4vlVZP9ckGZ2r4/s1600/Rami-Malek-in-Mr.-Robot-season-1-premiere.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_kB4lC6N5MRqQ211v9RZdedxFI5VR6zVQ1_ejE2ADofPxGLPDofHX7YCG6MPbXUG2hVzs_OLK0UhJ9gyhbMNGRI1Er8EbQbbruQTNhsQ4fKnaYydkLTC8dnniHSwLU4vlVZP9ckGZ2r4/s400/Rami-Malek-in-Mr.-Robot-season-1-premiere.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vou finalizar este escrito de modo sintético:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1. São posicionamentos pessoais que refletem leituras
singulares e diz respeito as minhas contingências idiossincráticas;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2. No entanto, isso não significa que só vá fazer sentido
para mim. Todos podemos ler e verificar que a Análise do Comportamento sozinha
não consegue promover valores éticos precisos;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
3. Mas não podemos perder a cabeça, há literaturas <b>outras</b>
sobre os fenômenos sociais que podem e vão nos ajudar a como nos posicionar;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
4. Não há aprendizado social sem viés político, sem viés
ideológico. Não caiam na falácia do cientista no alto da torre de marfim,
distante de tudo e de todos maquinando uma formula salvacionista tecnocrata;</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
5. E, finalizo com um <b>não
há neutralidade</b>. Somos homens e mulheres de nosso tempo, fadados ao
fracasso, mas podemos mudar e mudar novamente, sempre que preciso for. </div>
Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-1738233345798261732016-05-17T10:07:00.001-07:002016-05-18T05:40:52.167-07:00"Amar e Mudar as Coisas": uma visão behaviorista radical de homem e mundo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgomJ9NxWG2S7U6mSTpouL8Zzqgz-fN4OSVCZD0NORGVA1z0nuA7SPt77uYnqGyDma4epr6KYdNvzyqt0sZ7ID4ddt4J3xbCu2SyPa1mbrZ903PII4UUZiTNnv-m7Ac6J1oc6FCRboUnt0/s1600/SAM_0927.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgomJ9NxWG2S7U6mSTpouL8Zzqgz-fN4OSVCZD0NORGVA1z0nuA7SPt77uYnqGyDma4epr6KYdNvzyqt0sZ7ID4ddt4J3xbCu2SyPa1mbrZ903PII4UUZiTNnv-m7Ac6J1oc6FCRboUnt0/s400/SAM_0927.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Hoje é dia de escrever texto poético sobre Behaviorismo
Radical. É dia de me permitir falar sobre os motivos que me fazem apaixonado
pela Análise do Comportamento. Vamos falar da sua visão de homem e mundo! </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Talvez, por conta do seu viés estritamente experimental,
seja difícil reconhecer que há todo um refinamento filosófico e, que chega a
ser, poético por trás da Análise do Comportamento. O uso preciso de termos
pouco convencionais para explicação da subjetividade humana (e de outros
animais) pode tornar a leitura de textos behavioristas radicais, no mínimo,
estranha aos leigos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No entanto, quando vamos discutir sobre a visão de homem e
mundo do Behaviorismo Radical, nos deparamos com uma poética filosófica das
mais lindas, ricas e pragmáticas. Este texto pode ser resumido em: subjetividade
é relação, mais precisamente, relação entre homem e seu mundo! Não há como
compreender os fenômenos humanos se os desvincularmos de seu mundo. Não há como
compreender o mundo desvinculado-o das relações humanas. Há uma relação íntima e
singular entre o que fazemos/somos e o que nos leva a fazer/ser no mundo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh00HA05BrA6HBMZKM_FP8oXPgX7_K1BX8jUbpAsX2xiE1x_CEXqLNOBUSKt54VVUM4UiszOV-Q3jnb5sfqWveycNTOe-9iL9ztyhwrWPnBIDoqAl7Tt06F4w6wzVA-rKUF6A45YVUSK-c/s1600/Apresenta%25C3%25A7%25C3%25A3o3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh00HA05BrA6HBMZKM_FP8oXPgX7_K1BX8jUbpAsX2xiE1x_CEXqLNOBUSKt54VVUM4UiszOV-Q3jnb5sfqWveycNTOe-9iL9ztyhwrWPnBIDoqAl7Tt06F4w6wzVA-rKUF6A45YVUSK-c/s320/Apresenta%25C3%25A7%25C3%25A3o3.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por exemplo, quando nomeamos determinada coisa com um
adjetivo não estamos descrevendo uma natureza intrínseca ao fenômeno. Apenas
estamos nomeando tal fenômeno a partir de relações anteriores, com fenômenos
similares, que nos foram ensinados a chamar assim. Sendo mais específico: <i>saudade</i> é um sentimento propriamente
brasileiro, porque há relações comportamentais muito íntimas ensinadas desde a
mais terna infância que nos fazem perceber determinados estados corporais em
detrimento de outros e nomeá-los de saudade. Não há como explicar o que é
saudades sem que recorramos a contar uma história (comportamental). Por
exemplo, se eu disser que sinto saudades de uma coisa "x" que não
faça parte da cultura de um amigo, possivelmente ele perguntará porque eu sinto
saudades de "x". Diferentemente, se eu disser que sinto saudades da
minha família, será menos provável que alguém estranhe, pois a explicação para
tal comportamento é socialmente acessível.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikBcZjSh3StHfO6Ad6cEx_gOWRYi18nBPIiu3JGjsR6MYjr0Fy0hN7PwqamOi2yBh4Yc0ca__awZCSIADFtsZ5EnZSNfk4ipirTFmDWPVtipxoFdZHsso5B0DVVNN4GESbGC7mh8fv_28/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikBcZjSh3StHfO6Ad6cEx_gOWRYi18nBPIiu3JGjsR6MYjr0Fy0hN7PwqamOi2yBh4Yc0ca__awZCSIADFtsZ5EnZSNfk4ipirTFmDWPVtipxoFdZHsso5B0DVVNN4GESbGC7mh8fv_28/s320/download.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As explicações behavioristas para homem e mundo são um
contraste filosófico, um contracenso, para o que se está acostumado a entender
em outras filosofias. Assim, por mais que algo seja simples e comum para uma
comunidade verbal, ela ainda assim terá que ser explicada a partir das relações
singulares entre um homem e seu mundo. Behaviorismo Radical é um convite a não
acomodação a qualquer tipo de explicação já posta e é também um convite à
verificar toda e qualquer relação singular que leve o sujeito a se comportar de
tal modo sobre seu mundo (o que incluí compreender porque ele entende o mundo
de uma forma e não de outra).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Behaviorismo Radical leva ao extremo a compreensão
materialista de que o homem modifica seu meio e é modificado por ele, que há um
contínuo histórico entre organismo biológico, relações pessoais e relações socioculturais.
É levado ao extremo a compreensão de que somos homens e mulheres de nosso mundo
com as abrangências e limitações de nosso tempo. É levado ao extremo a compreensão
de que não há verdade absoluta, que estamos em constante mudança, mesmo que
sejam as mais sutis. É levado ao extremo o posicionamento político de que não
devemos nos conformar com determinadas condições pessoais e sociais (bem como
suas possíveis explicações), pois não há nada de imutável quando se trata de
comportamento. É possível mudar nosso mundo, e mudar nosso mundo significa
agirmos diferente sobre ele. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitxra3Tr5Am_nd0WaXLup0lG66sCdUixnlhIijCo-eIXw9rafrkuX4tW6BDjjpWO_JK2zzkGBwgjdnaDUvHGgZCy1G6EAlDnyIaNKuKr9k-rN5Epn3mvItb60p6Tzy4T_eCJ3z86wmb_I/s1600/step-by-step-banner.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="126" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitxra3Tr5Am_nd0WaXLup0lG66sCdUixnlhIijCo-eIXw9rafrkuX4tW6BDjjpWO_JK2zzkGBwgjdnaDUvHGgZCy1G6EAlDnyIaNKuKr9k-rN5Epn3mvItb60p6Tzy4T_eCJ3z86wmb_I/s400/step-by-step-banner.png" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como já foi dito, é difícil de enxergar esta nuance tão
delicada e poética do Behaviorismo Radical quando estamos imersos nos conceitos
básicos de laboratório. Mas são tais conceitos que dão suporte a possibilidade
de mudar nosso mundo, de mudar nossas formas de nos relacionarmos com o mundo,
de maneira mais profunda e eficaz. Não são nossos conceitos que tornarão nossa
filosofia mais ou menos profunda, será o quão pudermos compreender as nossas
relações comportamentais e modificá-las que nos dará tal condição. E eu
pergunto: de que adianta uma linguagem filosófica extremamente poética e
rebuscada sem que, com ela, venham mudanças no mundo? A maioria dos analistas
do comportamento estão interessados em melhorar nosso mundo. A poética do
behaviorista radical está em "amar e mudar as coisas", como diz a
música de Belchior. A nossa poética está em compreender o que impede que um
sorriso brote e, assim, fazer com que tal sorriso possa ocorrer!<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJOGD_dFQe6rWHRlxWaEDDjmOTMcjbjLToRNVonV7NKYUAfmHVf4uMaJ1aLTyVjTsLmnx-9o31UZPy3jxeQZ_UM-DHnoHgfxRaSG2QTSXHi9QKvNhKlSTodMbDGJ9AEeO_by8VXEN5mRU/s1600/the-best-cities-in-the-world-to-live-1403637933.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJOGD_dFQe6rWHRlxWaEDDjmOTMcjbjLToRNVonV7NKYUAfmHVf4uMaJ1aLTyVjTsLmnx-9o31UZPy3jxeQZ_UM-DHnoHgfxRaSG2QTSXHi9QKvNhKlSTodMbDGJ9AEeO_by8VXEN5mRU/s320/the-best-cities-in-the-world-to-live-1403637933.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não é difícil amar o Behaviorismo Radical quando se tem este
horizonte transformador. Behaviorismo Radical não é uma filosofia paralisante,
passiva diante dos desafios. Há determinadas correntes filosóficas que defendem
que há algo de místico e impossível de ser compreendido nos fenômenos do mundo.
Tais correntes nos afastam e abandonam a possibilidade de mudar nossas relações
com o mundo, em detrimento de um rebuscamento obscuro... Behaviorismo Radical é
uma filosofia do convite às mudanças, de que tudo é possível de ser explicado e
modificado, de que não há condição de sofrimento humano que não possa ser
diminuída. Quando está claro que sofrimento é uma relação entre homem e mundo,
sabemos pra onde olhar, sabemos que há coisas ao nosso alcance, que podemos
ajudar as pessoas a serem felizes!<br />
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHEHRU2hmiFfc5PvWa1mq_0Ai50aLFmQ2ef0EOM6_3JYeA9Ca2tNLGYUU3EXmnY_J2bT1cg75OgP_Q0YrpWyl6UsLsWtlau_hN27JBTTjRn_CecBBrCiNgqe0S6X8l3p_8Gik__voCM_E/s1600/world.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHEHRU2hmiFfc5PvWa1mq_0Ai50aLFmQ2ef0EOM6_3JYeA9Ca2tNLGYUU3EXmnY_J2bT1cg75OgP_Q0YrpWyl6UsLsWtlau_hN27JBTTjRn_CecBBrCiNgqe0S6X8l3p_8Gik__voCM_E/s320/world.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sendo assim, reforço meu convite: deixe-se encantar pelo
Behaviorismo Radical, pela Análise do Comportamento. Sinta-se acolhido por uma
filosofia combativa das posturas paralisantes e acomodadas. Sinta-se acolhido
por uma filosofia transformadora e que não descarta os contrastes histórico-culturais.
Sinta-se parte de uma comunidade interessada em amar e mudar as coisas!<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGPwy4nCcY9tcQqExGAtNy0bGS4-OL5I4c_E6xqbQHBUncfCxJggB8e7tmKHuAqhQlOUVQtDI_Oeah-FoHEZktoNhma0z2_rfLxoUNlO823oEZiR7Efd0W10iqvTHyzE0TGAWySrB9zD4/s1600/Belchior_web.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGPwy4nCcY9tcQqExGAtNy0bGS4-OL5I4c_E6xqbQHBUncfCxJggB8e7tmKHuAqhQlOUVQtDI_Oeah-FoHEZktoNhma0z2_rfLxoUNlO823oEZiR7Efd0W10iqvTHyzE0TGAWySrB9zD4/s320/Belchior_web.jpg" width="225" /></a></div>
</div>
Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-90607339866811121742016-05-03T17:38:00.002-07:002016-05-04T04:56:11.605-07:00Comportamento Sexual e Análise do Comportamento: breve introdução<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpAxANR2-iJN9nBPzXJse0Ss-nT8sFqfLVZGlgWTkRc572b5XK3t83yPLMDYHqieeSet_M6bCIiIRNHy2Z2gLA8F5wEqeG3vA9bM9qIWhq1BvdXW2IyCBCiHshH2gC1GOsQswyVt0UF1I/s1600/candles.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="209" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpAxANR2-iJN9nBPzXJse0Ss-nT8sFqfLVZGlgWTkRc572b5XK3t83yPLMDYHqieeSet_M6bCIiIRNHy2Z2gLA8F5wEqeG3vA9bM9qIWhq1BvdXW2IyCBCiHshH2gC1GOsQswyVt0UF1I/s320/candles.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vamos falar um pouquinho sobre este tema que, infelizmente,
ainda é tratado como tabu e muita polêmica numa visão analítico-comportamental: <b>Sexo</b>! </div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É comum imaginar que o comportamento sexual é determinado
apenas ou principalmente pelo nível biológico, posto que se trata de um
comportamento estritamente relacionado com a reprodução (logo transmissão
genética e sobrevivência de espécies). No entanto, assim como diversos outros
comportamentos, sexo envolve todos os três níveis de seleção: filogênico,
ontogênico e sociogênico.</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKyxTrsYOv4bQkTMAWI7S0so0UAZOfhniBTZKFIywp-EntUFKu7Kp3ivyI7czal7MnT39cwqv0qyasPD-PiO8hv9sf7C_IIwMtNvxXz34FMGO-o6yLhoU2IBfJKeXi2Zqq8TxSAgCvqck/s1600/f43a4f9639e9a71264c0a1c88efb8be8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKyxTrsYOv4bQkTMAWI7S0so0UAZOfhniBTZKFIywp-EntUFKu7Kp3ivyI7czal7MnT39cwqv0qyasPD-PiO8hv9sf7C_IIwMtNvxXz34FMGO-o6yLhoU2IBfJKeXi2Zqq8TxSAgCvqck/s320/f43a4f9639e9a71264c0a1c88efb8be8.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O <b>nível filogenético</b>
pode ser reduzido, de modo didático, a determinação genética dos órgãos
envolvidos, não restritos as genitálias, afinal é o organismo como um todo que
está envolvido no comportamento sexual, como sistema respiratório e
circulatório, não apenas reprodutor. Agora, de modo mais específico, há uma
série de <b>respostas inatas </b>envolvidas
no processo, como ereção peniana e critoriana, aumento da circulação sanguínea
na região genital, lubrificação vaginal, respiração ofegante etc. Deste modo,
estímulos incondicionados como contato tátil nas regiões erógenas <b>eliciam</b> tais respondentes emocionais.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A <b>nível ontogenético</b>,
seguindo os exemplos anteriores, alguns estímulos neutros (quarto escuro), após
sucessivas apresentações pareadas aos estímulos incondicionados (contato tátil),
podem adquirir <b>função eliciadora</b> de
mesmas respostas (excitação sexual). Assim, o <b>condicionamento clássico</b> explica como pessoas podem ficar excitadas
sobre controle de estímulos arbitrários aos envolvidos nos reflexos emocionais.
Ou seja, <b>condicionamento pavloviano</b>
pode nos ajudar a compreender certas parafilias<a href="file:///C:/Users/LACS/Desktop/Comportamento%20Sexual%20e%20An%C3%A1lise%20do%20Comportamento.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqD5w4pdOqWk43MGvGrqcKBpJVO43BGw2Lt-_rd79xoSCcVo0N7N4LnSzQEdVyIziviAla5siviu9_KrFLfxxdPbXc3beY254uzONgQMo1X1Hk64uIDXiv6wf2SbE5oqC9iVej2TktQmk/s1600/Love-2015-Free-Movie-Download-HD-720.1-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="166" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqD5w4pdOqWk43MGvGrqcKBpJVO43BGw2Lt-_rd79xoSCcVo0N7N4LnSzQEdVyIziviAla5siviu9_KrFLfxxdPbXc3beY254uzONgQMo1X1Hk64uIDXiv6wf2SbE5oqC9iVej2TktQmk/s400/Love-2015-Free-Movie-Download-HD-720.1-2.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem referente ao filme "Love"</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Além dos comportamentos respondentes, atos sexuais envolvem
uma série de <b>comportamentos operantes</b>,
que são selecionados a partir de <b>modelagem</b>
e <b>modelação</b>. Ou seja, algumas
pessoas podem aprender a desempenhar determinada performance sexual devido a
exposição direta (tentativa-e-erro) enquanto outra pessoa pode aprender
determinada performance a partir de modelos visuais ou leituras sobre o que fazer.
Caso os comportamentos emitidos sejam adequados a interação social, a outra
pessoa reforçará este comportamento de modo intencional ou não. Por exemplo, a
pessoa pode emitir gemidos de prazer que, por sua vez, funcionam como estimulo
reforçador para determinada performance sexual da outra pessoa.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O <b>nível sociogenético</b>
envolverá a sutileza do <b>controle social</b>.
Os grupos sociais disporão de diversos modelos e regras de conduta desejáveis a
que as pessoas se submetessem. Tais modelos e regras podem envolver desde tabus
religiosos, como castidade e orientação sexual, como refinamentos
performáticos, como uso de fantasias e meios não convencionais de prazer, como
bondage<a href="file:///C:/Users/LACS/Desktop/Comportamento%20Sexual%20e%20An%C3%A1lise%20do%20Comportamento.doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHqJk_dnwPeQfJVkOTVI0c8BiCumwzFpqUTIYVozoqdFPnMX5aq48Hkcgz8K4fWHLCgtzOfXoytgWkCbo-veKcrTm2Vutsk6lVdpY-RowPMV7tmM6akpCsJ2BUtAONWHEYQHI4ig7kn4M/s1600/nymphomaniac-images-slice.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHqJk_dnwPeQfJVkOTVI0c8BiCumwzFpqUTIYVozoqdFPnMX5aq48Hkcgz8K4fWHLCgtzOfXoytgWkCbo-veKcrTm2Vutsk6lVdpY-RowPMV7tmM6akpCsJ2BUtAONWHEYQHI4ig7kn4M/s400/nymphomaniac-images-slice.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem referente ao filme "Ninfomaníaca", exemplo de bondage.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Deste modo, ao relacionarmos todos estes <b>três níveis de
seleção do comportamento</b>, temos repertórios sexuais muito singulares e
diversificados. Assim, cada ato sexual será um evento único no universo, tanto
devido às singularidades de cada pessoa como à existência evanescente do
comportamento. No entanto, devido a uma série de condições sociais e
interpessoais, diversas queixas sexuais chegam às clínicas de psicologia e, nem
sempre, há profissionais capazes de entender e intervir diante de tal fenômeno. Assim, esperamos que a postagem tenha aberto caminhos para compreensão
analítico-comportamental do ato sexual de modo didático e que tenham criado
interesse de estudar sobre a sexualidade e terapias sexuais.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheXSmUQXldD4MaOAp7Wn5XLu8xKwN5ZvozvoerufGqihUAaS-pcqmwXBWaP_v9R5-h8z4FUq2ge-KJPVJkGb1IV0z4757b7tElKsLomqzzk0eU-RHDQ-tnUXEDX03os1hfjz7eF9rNB14/s1600/apple_2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheXSmUQXldD4MaOAp7Wn5XLu8xKwN5ZvozvoerufGqihUAaS-pcqmwXBWaP_v9R5-h8z4FUq2ge-KJPVJkGb1IV0z4757b7tElKsLomqzzk0eU-RHDQ-tnUXEDX03os1hfjz7eF9rNB14/s400/apple_2.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Finalizo com um pedido de desculpas caso tenha achado esta postagem curtinha demais. Mas, entenda, como trata-se de um tema delicado, é necessário cautela (o que inclui escolha seletiva das imagens). Sendo assim, caso seja de seu interesse que haja mais postagens sobre o assunto, é só dar um <i>feedback</i> positivo. Se tiver curiosidade sobre determinada queixa sexual, podemos pensar numa postagem específica. Se tem interesse sobre viés cultural influenciando o comportamento sexual, também podemos pensar no assunto. Até mais!</div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]-->
<br />
<hr size="1" style="text-align: left;" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/LACS/Desktop/Comportamento%20Sexual%20e%20An%C3%A1lise%20do%20Comportamento.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
<span style="font-size: x-small;">Parafilias podem ser definidas como padrão de comportamento sexual cuja
obtenção de prazer não está diretamente relacionado a cópula, mas numa
atividade alternativa.</span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/LACS/Desktop/Comportamento%20Sexual%20e%20An%C3%A1lise%20do%20Comportamento.doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>
<span style="font-size: x-small;">Bondage é um fetiche específico relacionado a práticas que envolvem
imobilização e podem não envolver copula</span></div>
</div>
</div>
Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-10431579136156567022016-03-19T15:30:00.000-07:002016-03-19T15:48:00.915-07:00Atuação e Truculência Policial: uma análise funcional<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGtEyDKhwcJ_N76C1BmjmnoU6j1GCybmW-YxQbLwQ6OpOk7e2x_ATws4yVjv6WdTFIfK1WU2fFxEsLWuCzK_vhE72vWBianmGbirtLXAxJ9rDwzxMUggnrQyLVEODKUOR0enpOJay8We8/s1600/Telhada-mnat.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="207" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGtEyDKhwcJ_N76C1BmjmnoU6j1GCybmW-YxQbLwQ6OpOk7e2x_ATws4yVjv6WdTFIfK1WU2fFxEsLWuCzK_vhE72vWBianmGbirtLXAxJ9rDwzxMUggnrQyLVEODKUOR0enpOJay8We8/s400/Telhada-mnat.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Falaremos de um tema delicado e muito contemporâneo:
violência policial. Sendo assim, tentaremos entender porque este tipo de
comportamento parece tão frequente nesta classe profissional.<br />
<br />
<a name='more'></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5ZegXkMvZnF85j8TxVr0YKE2kRJmQzaUa7jTjXMbWolv0TmH_W771JCXMsV3AWSw67WMc3qwPCYFwhOJSV9UfprNLHEuurqUeFCCOzDeXZRsAYm5bwwDBWQHUrZkcIGhukJygTcs6MQ4/s1600/dsc05255.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5ZegXkMvZnF85j8TxVr0YKE2kRJmQzaUa7jTjXMbWolv0TmH_W771JCXMsV3AWSw67WMc3qwPCYFwhOJSV9UfprNLHEuurqUeFCCOzDeXZRsAYm5bwwDBWQHUrZkcIGhukJygTcs6MQ4/s320/dsc05255.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;">Desde de junho de 2013,
temos acompanhado o aumento de protestos nas ruas. São diversas camadas
sociais, vinculadas a diferentes ideologias políticas com diferentes demandas.
Porém, na maioria delas, houve uso exagerado de força e violência para conter
os manifestantes, que por vezes incluía idosos, crianças e adolescentes.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Seria cômodo apelarmos para <b>explicações mentalistas</b> como "falta de consciência" ou
"personalidade autoritária". No entanto, estas explicações apenas
rotulam os comportamentos dos policiais, mas não explicam como o comportamento
violento foi modelado e possíveis contingências mantenedoras.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLI2WUiq_m0nzaKEFCmQB6-I6FGrIJ4YgFqP0sMZ6IyohVublUqpcfaUtuV2KBIiLPorYERZR7hOYRyp4-yeMZmuB2NysRFb8DAUGD-I9GZ-Y4cCntXF4rA4Tkmw6OoMZ-VS1kQM0zklc/s1600/12279143_841385879316206_4030087193466503748_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="202" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLI2WUiq_m0nzaKEFCmQB6-I6FGrIJ4YgFqP0sMZ6IyohVublUqpcfaUtuV2KBIiLPorYERZR7hOYRyp4-yeMZmuB2NysRFb8DAUGD-I9GZ-Y4cCntXF4rA4Tkmw6OoMZ-VS1kQM0zklc/s320/12279143_841385879316206_4030087193466503748_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Primeiro, é preciso compreender que o profissional da
policia é treinado em técnicas de combate e autodefesa (por meio de <b>modelagem</b> e <b>modelação</b>). O objetivo é que ele saiba lidar com situações extremas
de perigo e emergência (<b>estimulação
aversiva</b>), o que requer este tipo de repertório que podemos chamar de "mais
bruto". O principal estímulo ao qual os profissionais são treinados a
fazer uso da força são outros seres humanos, por motivos óbvios: são outros
seres humanos que cometem crimes e se comportam de maneira violenta nas
cidades. Então, todo e qualquer outro ser humano que não esteja fazendo uso da
farda da corporação pode ser indicado como <b>estímulo
aversivo condicionado</b>. Seres humanos podem se tornar estímulos aversivos
condicionados por meio de pareamentos diversos a contextos aversivos (perigo) e
por meio de <b>equivalência de estímulos</b>
seja pelo tipo de vestimenta ou bairro, seja por meio de comportamentos verbais
de topografias "ladrão", "arruaceiro",
"baderneiro", etc.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Podemos exemplificar isso por meio da tríplice contingência
também:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1. <b>Contexto:</b>
alguém grita "pega ladrão" (estímulo aversivo condicionado);</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2. <b>Comportamento:</b>
correr, alcançar e conter o sujeito; e</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
3. <b>Consequência:</b>
prender o suspeito (reforçamento negativo).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVRElkmhhmyJLl5mMudrVW1jwIO3wdJrJ0s211yaDoVpWTxmTuoG0PEAtUFHJBJLOGwyCPSf1fzQEdkCnvH-5o_ELhO4ffBAeBigiX5BXlu2L4-P-icbFnJdHSOHofAoZyQx1Vtl4n3b4/s1600/1392143746206-policia-jornalista.jpg" imageanchor="1"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVRElkmhhmyJLl5mMudrVW1jwIO3wdJrJ0s211yaDoVpWTxmTuoG0PEAtUFHJBJLOGwyCPSf1fzQEdkCnvH-5o_ELhO4ffBAeBigiX5BXlu2L4-P-icbFnJdHSOHofAoZyQx1Vtl4n3b4/s320/1392143746206-policia-jornalista.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Como sabemos, o reforçamento tem como um dos seus subprodutos a estereotipia da resposta, ou seja, aquela topografia que tem maiores densidades de reforço tornam-se mais prováveis de repetir. Assim, podemos supor que no dia a dia os profissionais da policia fazem maior uso de abordagens mais agressivas devido o principal perfil de ocorrência: furtos e assassinatos. Como sabemos, nossos comportamentos podem ser generalizados para outros contextos. Agora, imaginemos o seguinte: do ponto de vista do policial, tentar conter um número muito maior de pessoas pode funcionar como um estímulo aversivo de altíssima magnitude. Isso explica porque o nível de truculência. Bom, e como sabemos, estimulação aversiva cria contexto pra comportamentos de fuga/esquiva, no caso, o comportamento dos manifestantes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Porém, é importante frisar que, quando explicamos a
truculência policial não estamos justificando moralmente. É importante deixar
claro que uma explicação comportamental não é uma justificativa legal/moral, é
apenas a avaliação de variáveis em um dado contexto!</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWYGBzQiYzbEJZAigBuhWUSpVgqjOw_y3fCeSCq0OQAnZVlQcokC7VsKWCAj2rIlFeVC6Pz6x848OSjMgVXn-izbLdSVIU5nYnNhgiFqzYYNxoaN1mgE0lHoqFHeyFwc4d2QsGEWB5YSU/s1600/995476_418703874917744_1099484156_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWYGBzQiYzbEJZAigBuhWUSpVgqjOw_y3fCeSCq0OQAnZVlQcokC7VsKWCAj2rIlFeVC6Pz6x848OSjMgVXn-izbLdSVIU5nYnNhgiFqzYYNxoaN1mgE0lHoqFHeyFwc4d2QsGEWB5YSU/s320/995476_418703874917744_1099484156_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Continuando, é importante lembrarmos que há condições
fisiológicas que se tornam <b>operações
estabelecedoras</b> para alguns comportamentos. Por exemplo, privação de sono,
falta de descanso (fadiga) e privação alimentar possibilitam que o organismo
emita mais comportamentos agressivos. É de conhecimento popular que
profissionais da policia fazem rondas em lugares perigosos e, por vezes, seu
turno de trabalho é o noturno. Quando o principal turno do policial é o
noturno, outras condições aversivas podem ser instaladas, como <b>privação de contato social</b> com família,
amigos e conjugues. Ou seja, há todo um contexto que produzem condição para
maior emissão de comportamento agressivos e estereotipados (truculência).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiHlriTFRnMFHIpe1BYXuJVUN1AxBzl6RNt77N5JUpJgWxZL68fBmlvlp3Clex38NUSdniqaIOAaDcK78O43U4xeSw-QV_tRn2i5fQvViTO8YxMsGKEO5F7_-i2cZF0Qmvzd-G9R_0Abg/s1600/Manifesta%25C3%25A7%25C3%25A3o+greve+PM+-+anivers%25C3%25A1rio+surpresa+ao+pedir+pra+n%25C3%25A3o+brigarem.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiHlriTFRnMFHIpe1BYXuJVUN1AxBzl6RNt77N5JUpJgWxZL68fBmlvlp3Clex38NUSdniqaIOAaDcK78O43U4xeSw-QV_tRn2i5fQvViTO8YxMsGKEO5F7_-i2cZF0Qmvzd-G9R_0Abg/s400/Manifesta%25C3%25A7%25C3%25A3o+greve+PM+-+anivers%25C3%25A1rio+surpresa+ao+pedir+pra+n%25C3%25A3o+brigarem.jpg" width="275" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Voltando às explicações mentalistas "falta de
consciência" e "personalidade autoritária". No primeiro caso,
podemos defender que sobre <b>estimulação
aversiva</b> é muito mais complicado de fazermos <b>decisões autocontroladas</b> (como diminuir nível de violência). Neste
caso, temos dois comportamentos concorrendo: se comportar de modo agressivo e
se comportar de maneira mais contida. Pela série de condições que indicamos
anteriormente, fica claro que se comportar de maneira violenta se torna mais
provável. Além de que, dentro de contextos específicos, o uso da violência
excessiva pode ocorrer sem que haja condições punitivas previstas. Por exemplo,
quando um governador deseja dispersar uma manifestação que é contrária a seus
interesses particulares e solicita a corporação policial que use de todos os
meios disponíveis de contenção (ou seja, <b>não
há punições previstas</b> para comportamentos autoritários/truculentos).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxguqvE2bIiTFkfIOp_GRUt1nU2wLDK-K6nGtBgLnqNlyQ3-HW5L1x6MajQtvTJBug9ybJd5KcqhHeqXeU65-uOcml_put4NC0kNxLOUFW9CP8JIAqnBgh3b7g5p50qAGhK020lJVGF94/s1600/1454652_469561216498676_1752055439_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxguqvE2bIiTFkfIOp_GRUt1nU2wLDK-K6nGtBgLnqNlyQ3-HW5L1x6MajQtvTJBug9ybJd5KcqhHeqXeU65-uOcml_put4NC0kNxLOUFW9CP8JIAqnBgh3b7g5p50qAGhK020lJVGF94/s320/1454652_469561216498676_1752055439_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No caso da <b>personalidade
autoritária</b>, ela não tem valor causal ou de controle comportamental. No
entanto, podemos classificar o repertório comportamental de alguma pessoal de
diversas formas. Mas esta classificação apenas diz respeito a <b>frequência</b> com que o comportamento
ocorre ou <b>probabilidade</b> de ocorrer.
Por exemplo, quando falamos que alguém é tímido indica apenas que uma pessoa se
esquiva de chamar atenção e que é pouco provável que ela se exponha a condições
em que ela será o centro das atenções. Neste caso, talvez até seja interessante
discutir o que seria uma personalidade autoritária na visão
analítico-comportamental...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como sabemos, alguns comportamentos são <b>generalizáveis</b> para diversos contextos. Em alguns casos, o
comportamento agressivo é generalizado para relações interpessoais íntimas,
como ambiente familiar. Nestas situações, torna-se muito provável que situações
de <b>violência doméstica</b> contra a
mulher ocorram. Neste caso, além do que já foi exposto há as condições sociais
patriarcais as quais estamos todos expostos e ainda não foram mudadas, em que
nos é ensinado padrões de comportamento como homem-bruto e mulher-submissa.
Inclusive, não é incomum que os profissionais psicólogos que trabalham em
corporações policiais tenham que atender mulheres vítimas de violência
doméstica.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><a href="https://campograndesantos.wordpress.com/policia-comunitaria/" target="_blank"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhurmvmSE1dt1NWSAjGs8ARNENdm8LWM_cl1tNzvOuFMditQaawBnhyfaD4Aui9yK3ReA0kRcGCxZbLpP7N-KacJNlTBRv_hsCqVuwu-ftE4gwDl00ErrWkKNvtqBm26bZJDIia6u17NWc/s320/dsc05264.jpg" width="240" /></a></span></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="https://campograndesantos.wordpress.com/policia-comunitaria/" target="_blank">Clique na imagem pra saber mais sobre uma experiência</a><br />
<a href="https://campograndesantos.wordpress.com/policia-comunitaria/" target="_blank">de Polícia Comunitária em Santos</a></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Finalizando, compreender o comportamento de profissionais
militares e policiais é uma excelente ferramenta para poder propor trabalhos de
humanização e controle de impulsividade. É previsto por lei que nas corporações
policiais tenha um psicólogo de formação atuando. Sendo assim, é desejável que
nos apropriemos do tema e intervenhamos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNcboIAdCpfnpzJo-CeymyqlaSbgipv7HC4mpPRU18CYXebJdnaz7brkLH7dSJrbB-esUTjctpFatSeAvrZxTs-sqtbq1liOZIp34xjUEPoXT09odnwvCXmAzYt1qj_eCSYdbYV-3AeFU/s1600/Bb+abandonado+foi+salvo+pela+amamenta%25C3%25A7%25C3%25A3o+policial+colombiana.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNcboIAdCpfnpzJo-CeymyqlaSbgipv7HC4mpPRU18CYXebJdnaz7brkLH7dSJrbB-esUTjctpFatSeAvrZxTs-sqtbq1liOZIp34xjUEPoXT09odnwvCXmAzYt1qj_eCSYdbYV-3AeFU/s400/Bb+abandonado+foi+salvo+pela+amamenta%25C3%25A7%25C3%25A3o+policial+colombiana.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Acima um exemplo de ação humanitária: policial colombiana salvou vida de uma criança abandonada ao amamentá-la e, segundo os médicos, se ela não tivesse sido nutrida, provavelmente teria ido a óbito.</div>
</div>
Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-74625804475706158842016-02-24T18:58:00.000-08:002016-02-24T19:00:16.276-08:00Kung Fu Panda e a Aprendizagem: uma fábula comportamental sobre "o panda, o cookie e o ensino"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEganoauqZ9rGHW0GvjbmOZvazAWYc-zk2QFtCN-2U3EzD1mZgTdJgD9J8NaZuAftPzm32TUV2pk5fpP6DtbVlKRNoOl9JquN7PUZAPAuOaXgSPT0Bq2l4nklU3OqqC9ZwyBraawf41qF1I/s1600/10926385_1013206942028406_1540734583007728489_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEganoauqZ9rGHW0GvjbmOZvazAWYc-zk2QFtCN-2U3EzD1mZgTdJgD9J8NaZuAftPzm32TUV2pk5fpP6DtbVlKRNoOl9JquN7PUZAPAuOaXgSPT0Bq2l4nklU3OqqC9ZwyBraawf41qF1I/s400/10926385_1013206942028406_1540734583007728489_n.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esta postagem tratará de uma breve discussão sobre o
ensino-aprendizado numa perspectiva analítico-comportamental amparada pelas
metáforas trazidas no filme Kung Fu Panda. Não foi uma escrita fácil, espero
que gostem!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Kung Fu Panda </b>é uma animação da <i>Dreamworks Studio</i>, de 2008, que conta a história de como Po, um panda desajeitado e sem grandes habilidades de luta, torna-se o Dragão Guerreiro, mestre do kung fu, predestinado a salvar o vilarejo de uma antiga ameaça.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2tejUnE93nGvYmDWzTlUspAf0qSH9u6lhAgzlp0NOZ1jRT_wG9qxKFjeKF11_k2u5D9n_QPOk3VKtkJkyFVKyYfwWq3sGLURgQ1O-Vx1Qty3ImqXHrNxT_H5eSiII26wgHINpt_h4LmU/s1600/po_kung_fu_panda_by_e_mann.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="278" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2tejUnE93nGvYmDWzTlUspAf0qSH9u6lhAgzlp0NOZ1jRT_wG9qxKFjeKF11_k2u5D9n_QPOk3VKtkJkyFVKyYfwWq3sGLURgQ1O-Vx1Qty3ImqXHrNxT_H5eSiII26wgHINpt_h4LmU/s320/po_kung_fu_panda_by_e_mann.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Po é um panda que ajuda seu pai na loja de ramen. Po é fã de kung fu e dos Cinco Furiosos, que foram treinados por mestre Shifu. Quando mestre Oogway informa que é chegada a hora de escolher o Dragão Guerreiro, Po faz de tudo para estar presente na cerimônia. Durante a cerimônia, Po foi indicado como o predestinado. Mestre Shifu é o professor predestinado a <b>ensinar kung fu</b> ao futuro Dragão Guerreiro. No entanto, mestre Shifu não ficou satisfeito, pois esperava que algum dos Cinco Furiosos, seus alunos-modelo, fossem o escolhido. Como Po é desajeitado e não tem nenhuma habilidade aparente de luta, Shifu decide fazê-lo desistir. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWBNr5LeQ90m_bi5A7waZhXKJftRAw3ezreVi0E4e4e3-GvEVvpMZagZEzXXAvSOiesIl4_XqYdmBT5IcjiZeZK7E6ekPeo7-2nTYUeOa2B8KDG9GQoe7MmbbnETlTiBLUxF9SNQKor0o/s1600/Kung-Fu-Panda-Po-receives-Acupuncture.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWBNr5LeQ90m_bi5A7waZhXKJftRAw3ezreVi0E4e4e3-GvEVvpMZagZEzXXAvSOiesIl4_XqYdmBT5IcjiZeZK7E6ekPeo7-2nTYUeOa2B8KDG9GQoe7MmbbnETlTiBLUxF9SNQKor0o/s200/Kung-Fu-Panda-Po-receives-Acupuncture.jpg" width="200" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Assim, Shifu <b>não o ensina nenhuma habilidade</b> e o faz passar por <b>diversos testes</b> com a intenção de provar que ele é inapropriado para o cargo, afim de que Po desista de ser o Dragão Guerreiro. Durante um bom tempo, Po não desiste: a possibilidade de aprender kung fu e mudar de condições de vida limitada (ser apenas um cozinheiro) funcionam como <b>reforçadores positivos </b>e <b>negativo</b> para o comportamento de seguir regras (manter-se no templo). Além disso, há uma condição aversiva condicional funciona como <b>operação motivadora</b> para continuar tentando, que se trata da mudança de condição social e acesso a novos reforçadores, como reconhecimento social.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Po descobre que Shifu deseja que ele desista do cargo e que, no passado, seu melhor ex-aluno, Tai Lung (antigo candidato a Dragão Guerreiro) fugiu da prisão e está voltando ao vilarejo em busca de vingança. Assim, os Cinco Furiosos decidem lutar conta Tai Lung, mas são derrotados. Esta <b>sequência de eventos aversivos</b> proporcionou o contexto para que Po desistisse do cargo, afinal, pois até o momento Shifu não havia o ensinado nada. Tal situação sinalizava alta probabilidade de contato com aversivos, seja rejeição social a sofrer agressões.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOAFxKpnDjVhYyqao0jdYUvdILCr3_0OzQd0wuyMf_xhq9JGT6W_s6qzXOOW5Z44DQ3jeIpUTVLWpSk1UZNifwDHRVnPv4HF0lHcrFDX5XB18ZwT1EtCXCbw4kAbKV4h7ZpR9ZfDKN36w/s1600/QS_58072005f3464c3eb7ba2bbcda7bb6c5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOAFxKpnDjVhYyqao0jdYUvdILCr3_0OzQd0wuyMf_xhq9JGT6W_s6qzXOOW5Z44DQ3jeIpUTVLWpSk1UZNifwDHRVnPv4HF0lHcrFDX5XB18ZwT1EtCXCbw4kAbKV4h7ZpR9ZfDKN36w/s320/QS_58072005f3464c3eb7ba2bbcda7bb6c5.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Porém, na manhã seguinte, Shifu encontra a despensa toda quebrada por, nada mais nada menos, que Po. O Panda diz que ele come muito quando se sente ansioso (<b>reforçamento negativo</b>). Percebendo que Po emitiu alguns comportamentos rudimentares para o kung fu, Shifu indica que na ultima prateleira de cima o Macaco guarda os melhores biscoito para verificar tal possibilidade. Po faz uma abertura completa (!) e Shifu decide treiná-lo e refinar seus comportamentos (<b>reforçamento diferencial</b>). Durante os treinos, Shifu faz uso de comida (<b>reforço</b>) o que pareceu ser uma condição ambiental a qual Po estava muito sensível.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOl1F404G0e6lh0DjIboK4zeYZVLFZ4L2ZTp_TeesQgScuPvFz3dJTivm46vBnywbCe5cLo1a-Ab886pzCdFYFK5lRNIyYwLiw-prDB_PmZorZmGNT_fg0WVEw8i2q_KRvrxqoB6dg1ck/s1600/kfpanda-cookie.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="170" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOl1F404G0e6lh0DjIboK4zeYZVLFZ4L2ZTp_TeesQgScuPvFz3dJTivm46vBnywbCe5cLo1a-Ab886pzCdFYFK5lRNIyYwLiw-prDB_PmZorZmGNT_fg0WVEw8i2q_KRvrxqoB6dg1ck/s400/kfpanda-cookie.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A partir daqui, temos material suficiente para discutirmos questões de ensino-aprendizado pela perspectiva da Análise do Comportamento. Assim, deixaremos que os leitores vejam por si mesmos o final da animação.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um dos problemas apontados por Skinner quanto ao sistema de ensino é que muitos dos testes e provas propostos pelos professores não são eficientes em verificar aprendizado. Para além disso, muitos professores utilizam <b>provas inadequadas para verificar o comportamento que foi ensinado</b>. Por exemplo, um professor não utilizou nenhuma atividade escrita durante as aulas, apenas discussões orais sobre o tema e para a avaliação de ensino-aprendizado solicita que os alunos façam um trabalho por escrito com um tema original não discutido durante a sala de aula.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIw8g0uF4sj5pb6eoEYz5S7o-ZdMZbYJUeBn9BXA2WyPPdN-r96fAQUnTL6znTMNoTztB3X4dwVen3dstitD3FDimyiBWZjvtr9qA99QGj6J-89QMrcg5swCEr0Y5vdv2By3gQ8PHzGrE/s1600/Kungfupanda4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="170" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIw8g0uF4sj5pb6eoEYz5S7o-ZdMZbYJUeBn9BXA2WyPPdN-r96fAQUnTL6znTMNoTztB3X4dwVen3dstitD3FDimyiBWZjvtr9qA99QGj6J-89QMrcg5swCEr0Y5vdv2By3gQ8PHzGrE/s400/Kungfupanda4.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Skinner indica que <b>ensinar é fazer com que o estudante se comporte de maneira que não fazia antes da atuação do professor</b>. Como vimos, Shifu não estava ensinando nenhuma habilidade para Po, mas esperava que ele se comporta-se de maneira desejada. Po nunca havia estudado kung fu, logo, não poderia emitir nenhum comportamento de kung fu. Mas Shifu desejava que Po se comportasse tal qual sua expectativa e não buscou ensinar Po. De modo semelhante, muitos professores desistem de ensinar determinados alunos por crerem que o aluno não aprenderá. Assim, temos uma <i>profecia auto-realizável</i>, na qual não ensinamos um aluno por que esperamos que ele fracasse. Sem ser ensinado, o estudante tira notas baixas, confirmando a profecia de que ele não aprenderia.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgV5xmwKdjyXFDBrTv45g0WKw6EFWwCz-vRDMCgvE3XJzDxsKpbqyTk4UJhnJEWgzyAaL4WuJ5fwVuy5waSsL3F0MEd_8RbzIyUJzFs6cMlB92UoIWXalGDmndlP5DlhDonP6VZ-xczneA/s1600/Po-and-Shifu-po-and-master-shifu-25978929-970-823.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgV5xmwKdjyXFDBrTv45g0WKw6EFWwCz-vRDMCgvE3XJzDxsKpbqyTk4UJhnJEWgzyAaL4WuJ5fwVuy5waSsL3F0MEd_8RbzIyUJzFs6cMlB92UoIWXalGDmndlP5DlhDonP6VZ-xczneA/s320/Po-and-Shifu-po-and-master-shifu-25978929-970-823.png" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Skinner indicava que o fracasso do aluno não deveria ser tratado como um problema individual, interior ou da natureza dele. Skinner defendia que o fracasso do aluno, entre tantos fatores, era devido à <b>inadequação do método de ensino</b>. Quando Shifu passa a utilizar um método de ensino alternativo do usado com os Cinco Furiosos, Po passa a responder cada vez mais dentro dos critérios de aprendizado. A cada nova cena de treino, Po se comporta de maneira aproximada a de um lutador de kung fu.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipVNU-X5piX0NYBkQzBh3iH15cq-gsx3fV2EZBTm7DlkXhwlC9V0wxHXZPGdjJb8OZ4tcvNT8msCAjtPi0kYk7L2zrDfZvk84ZQe4m87g7nQgBhMr4SO3s7yjTV35SA6yjpiqnASsfDjI/s320/kung_fu_panda_fighting_scene.jpg" width="320" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Este é outro ponto sensível que a animação nos possibilita discutir: <b>as metas e critérios educacionais são irreais para o processo de aprendizado</b>. Por vezes, são exigidas habilidades muito refinadas quando não foi dado suporte para que o aluno, aos poucos, fosse se comportando de maneira esperada. Não são dadas condições de aprendizado gradual, as avaliações escolares são muito arbitrárias à aprendizagem: tudo ou nada. Mas, como vemos, em vez de esperar um aluno completo (sem ter o que aprender), Shifu foi modelando gradualmente os comportamentos de Po. A cada momento, percebemos que <b>os critérios de avaliação vão aumentando gradualmente assim como o refinamento dos comportamentos</b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha-ZSnMaAvu9Jw1WIy3dpWPSYt68tIvLhPvJoxgpoZwinGY5LfvVZZ2k8Hcq_LkuSxBSJAgf-AVgBVx8gVaaUpYlvrj2-bWYcExKXkfl8MEMjEKv6AAeI20FCUjj6pLHjNOuuvYy8lM0A/s1600/Po-working-out.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha-ZSnMaAvu9Jw1WIy3dpWPSYt68tIvLhPvJoxgpoZwinGY5LfvVZZ2k8Hcq_LkuSxBSJAgf-AVgBVx8gVaaUpYlvrj2-bWYcExKXkfl8MEMjEKv6AAeI20FCUjj6pLHjNOuuvYy8lM0A/s320/Po-working-out.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O ponto alto de <b>Kung Fu Panda é que ele é antimentalista</b>. Enquanto Tai Lung credita as habilidades de Po ao pergaminho do Dragão Guerreiro e alguma característica mística, Po sabe que não há nada escrito no pergaminho que o fará um lutador melhor ou especial. São apenas seus comportamentos aprendidos através de inúmeros treinos e trabalho duro, modelados gradualmente por Shifu, que o levarão a vitória.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como pudemos ver, a animação Kung Fu Panda é um excelente exemplo de artifício artístico que nos leva a discutir e entender melhor os limites e possibilidades do ensino-aprendizado. É o tipo de animação que nos proporciona material neutro para trabalhar com professores e modelar novos repertórios de cuidado com as crianças assistidas. Espero poder verificar se Kung Fu Panda possa ajudar a modelar novos comportamentos de ensino e cuidado entre professores e medir sua eficácia no desempenho de estudantes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUKNTjzHhqVVoksBxFk3BQcfe4rlc_seyXKjvlg2tSGtUZIu4BPZoIfabyq3EvrDHfL07gMNYmO5AB8uZKQHg21EG3qkZKQNL2a7xWMtbZLfxDyvoLIBau34n3nUtUUru5ZO6Q3pSIYGE/s1600/2008_kung_fu_panda_008.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="170" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUKNTjzHhqVVoksBxFk3BQcfe4rlc_seyXKjvlg2tSGtUZIu4BPZoIfabyq3EvrDHfL07gMNYmO5AB8uZKQHg21EG3qkZKQNL2a7xWMtbZLfxDyvoLIBau34n3nUtUUru5ZO6Q3pSIYGE/s400/2008_kung_fu_panda_008.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Finalizo esta postagem defendendo que aplicar os conhecimentos analítico-comportamentais não é fazer uso de metodologias experimentais altamente controladas. A Análise do Comportamento Aplicada é previsão e controle. É produzir modificações, mesmo que de maneira simples, no ambiente, de modo que ocorram as consequências esperadas. Fazer aplicações é não se intimidar com o uso de metodologias simples, mas alcançar resultados difíceis.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKy3a2BuaCdaVecFhQh-STcJyMckONi-6H3V9TQV7phG2iXdJVmFr3xNI0SRwIcq4C6fCswJRVeYhgdoEnQzs2XYzIBfGBm8cFVOv4JAvcKijMxwfr9yV7MfrMZHBQQKHO_LhzvRUlq84/s1600/SOTFF-po-kung-fu-panda-23998226-853-480.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKy3a2BuaCdaVecFhQh-STcJyMckONi-6H3V9TQV7phG2iXdJVmFr3xNI0SRwIcq4C6fCswJRVeYhgdoEnQzs2XYzIBfGBm8cFVOv4JAvcKijMxwfr9yV7MfrMZHBQQKHO_LhzvRUlq84/s320/SOTFF-po-kung-fu-panda-23998226-853-480.jpg" width="320" /></a></div>
Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-83475184126164672062016-01-22T05:34:00.000-08:002016-01-22T05:35:57.277-08:00"Por que seguimos regras?" - uma perspectiva comportamental<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-PKqiif0XUMCRfsqC9XjItKT8ymUOZLJFd0F59kYTCC5Wl1QdETCkH32tMfnxFadcRl8UWt6tT20OAsi5ffVTwh3O0jIN4s0-I4n55un1VRtNIv-H2sxJwKEReHry5t4t9RC52VHsCiA/s1600/My%252Bdog%252Bdoesn%252Bt%252Bfollow%252Brules%252Bthis%252Bpuppy%252Bis%252Bcool%252Bbut_1357d9_4541645.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-PKqiif0XUMCRfsqC9XjItKT8ymUOZLJFd0F59kYTCC5Wl1QdETCkH32tMfnxFadcRl8UWt6tT20OAsi5ffVTwh3O0jIN4s0-I4n55un1VRtNIv-H2sxJwKEReHry5t4t9RC52VHsCiA/s320/My%252Bdog%252Bdoesn%252Bt%252Bfollow%252Brules%252Bthis%252Bpuppy%252Bis%252Bcool%252Bbut_1357d9_4541645.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um das grandes contribuições skinnerianas, sem dúvida, foi
explicar de modo coerente como o Behaviorismo Radical explica agirmos de acordo
com um pensamento ou regra social sem apelar para eventos mentais e místicos. Sendo
assim, a primeira postagem de 2016 será dedicada a esta classe de
comportamentos. Com vocês: <b>seguir regras</b>!<br />
<br />
<a name='more'></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Seguir regras é definido como comportamento que ocorre
sobre o controle discriminativo de um antecedente verbal que identifica todas
ou parte das contingências envolvidas com o comportamento-alvo. Por exemplo,
quando alguém diz “João, se você pegar na panela quente, você irá se queimar”,
esta pessoa especifica o <b>contexto</b> panela quente, o <b>comportamento</b> tocar na panela e a <b>consequência</b> se queimar. No entanto, nem toda regra é tão clara e específica.<span style="font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando as regras especificam contingências próximas, o
próprio contato direto com o ambiente dará condições de instalar e manter o
seguimento de regras. No entanto, quando as regras tratarem de contingências muito
tardias, a simples apresentação da regra não será suficiente para que outra
pessoa se comporte de acordo. Sendo assim, é necessário que haja algum controle
mais imediato que estabeleça consequências adequadas para instalar e manter o
seguimento de regra. Esta consequência imediata normalmente é de natureza
social.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5NPGLpQyKKmnb77xj-6VFPDNKqtUMdhvWcz8kasG3Mp4NPUaWmdXxQgBETBe3xat1nP0Dlyk0mkz-Mo83bgvnBvCwxZYMeuBveuuMt8Ha9YgwAtDgiO77teWMOAOYElqG5Vb9nuAciB0/s1600/regras.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5NPGLpQyKKmnb77xj-6VFPDNKqtUMdhvWcz8kasG3Mp4NPUaWmdXxQgBETBe3xat1nP0Dlyk0mkz-Mo83bgvnBvCwxZYMeuBveuuMt8Ha9YgwAtDgiO77teWMOAOYElqG5Vb9nuAciB0/s1600/regras.jpg" /></a></div>
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Seguimento de regras nos proporcionou algumas vantagens
comportamentais, como:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1. Aprendizado mais rápido de alguns comportamentos;<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2. Maior capacidade de generalização dos repertórios a
outros contextos;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
3. Facilitou aprendizado de contingências muito complexas,
que demorariam mais tempo se dependessem apenas do aprendizado individual, como
especialidades profissionais; e<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
4. Torna pouco necessário o contato direto com contingências
aversivas e, em alguns casos, letais para que aprendamos a nos esquivar e fugir
de tais contextos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No entanto, o seguimento de regras também tem desvantagens.
Neste caso, a principal desvantagem é a <b>insensibilidade
às contingências</b>. Quando alguém aprende a se comportar de determinada
maneira a partir de regras, o comportamento dela tenderá a ser estereotipado e
demorará mais a responder de acordo com as mudanças ambientais. Por exemplo,
algumas mulheres são instruídas a fazerem determinados cuidados com seus bebês,
pois segundo os mais antigos aquela prática seria benéfica ou espantaria algum
mal. Porém, com o avanço da saúde pública, algumas destas práticas podem está
obsoletas e causar mal-estar aos bebês, mas a mães se recusam a deixar de
seguir o costume popular.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As regras podem ter duas classificações: aquiescentes e
instrucionais. Quando tratamos de <b>regras
aquiescentes</b>, estamos falando de regras que seu controle será
exclusivamente social. Quando tratamos de <b>regras</b>
<b>de rastreamento</b>, estamos falando de
regras que seu maior controle será físico. Por exemplo, regras de etiqueta são
um exemplo de regra aquiescente, enquanto a descrição de como usar uma maquina fotográfica
será instrucional. Desta maneira, regras de rastreamento podem ser mais
precisas do que aquiescente, pois o ambiente físico é menos mutável do que o
ambiente social.<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyB_ME9S1trGbR9mePes0uHLl_J2XAyWyg4C_AegzC7i2CAuc715FWQC-GUwRVZQ8rgTz-vcUNJJAujUz3V2hyO6d6qYy8utTkx4-3-thWLpbDS94549-h6WoU6eFS4e3vLy7Cb-VBz4U/s1600/vamos-para-as-regras-de-convivencia-1064488%252C250820131728.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyB_ME9S1trGbR9mePes0uHLl_J2XAyWyg4C_AegzC7i2CAuc715FWQC-GUwRVZQ8rgTz-vcUNJJAujUz3V2hyO6d6qYy8utTkx4-3-thWLpbDS94549-h6WoU6eFS4e3vLy7Cb-VBz4U/s320/vamos-para-as-regras-de-convivencia-1064488%252C250820131728.jpg" width="274" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Outro ponto importante de ressaltar é que a efetividade do
seguimento de regras aquiescentes dependerá bastante do histórico de interação
social entre falante e ouvinte. Por exemplo, digamos que Ana conhece Bia e
Carla. Bia deu algumas dicas de como se vestir, no entanto amigos não elogiaram
muito. Enquanto isso, Carla deu outras dicas e desta vez Ana recebeu muitos
elogios. Digamos que ao longo de meses de interação e dicas, Carla acertou mais
vezes. Será mais provável que Ana siga as dicas de Carla do que de Bia, mesmo
quando Bia descreva com maior precisão determinadas contingências. Sendo assim,
<b>densidade de reforço</b> nas interações
influenciará seguir ou não determinadas regras enunciadas por uma pessoa.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Outras circunstâncias que influenciam diretamente no
seguimento de regra são:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1. Capacidade de monitoramento social;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2. Capacidade dos agentes sociais cumprirem as consequências
previstas;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
3. Importância para o sujeito ou magnitude da consequência
prevista;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
4. Confiabilidade no agente social; e<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
5. Importância das consequências para outros comportamentos
de seguir regras.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgif4-QcKcD91vs4Ljbi1bOR44CFr-ETck-6lVq80SMEzD-vnmjdGJReffgTg15HUCjRoP_S9lbHcZUvNAsRn2qj89LhowtiYYCHaFqB352ES6WV8lMQmWA-hVQ739Xc0V5ASDRbclpUCk/s1600/Regras+-+Zumbil%25C3%25A2ndia+%252805%2529.gif" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgif4-QcKcD91vs4Ljbi1bOR44CFr-ETck-6lVq80SMEzD-vnmjdGJReffgTg15HUCjRoP_S9lbHcZUvNAsRn2qj89LhowtiYYCHaFqB352ES6WV8lMQmWA-hVQ739Xc0V5ASDRbclpUCk/s1600/Regras+-+Zumbil%25C3%25A2ndia+%252805%2529.gif" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Auto-regra formulada e modificada para sobrevivência no Apocalipse Zumbi- Filme Zombieland</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Concluindo, podemos perceber que durante todo o texto não
foi preciso apelar para nenhuma estrutura interna, mental ou mística que
modulasse a importância de seguir determinadas regras a detrimento de outras. É
possível para um analista do comportamento explicar de modo coerente e elegante
como podemos seguir regras. Futuramente, esperamos que este texto possa dar
suporte a outras discussões mais aprofundadas e tenha sido instrutivo. Talvez,
num futuro próximo, tratemos de mudanças e manutenção de paradigmas socais e
suas relações com seguimento de regras aquiescentes.<o:p></o:p></div>
Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-26340165484955121582015-09-01T07:32:00.000-07:002015-09-02T09:05:56.623-07:00Como Avaliar Contextos Sociais a partir da Análise do Comportamento (ou Como ser um Behaviorista Aventureiro)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://bunkr-private-prod.s3.amazonaws.com/c/1/5/c15568f5-e2bd-4130-92c3-daa02f1f337a_orig.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://bunkr-private-prod.s3.amazonaws.com/c/1/5/c15568f5-e2bd-4130-92c3-daa02f1f337a_orig.png" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Este não é um texto técnico para se avaliar contextos
sociais. Este texto é um conjunto de ideias, um <i>brainstorm</i>. É possível estudar fenômenos sociais e culturais mesmo
sendo apenas um iniciante nas artes comportamentais. No inicio dos estudos
sobre o tema, tudo parece muito assustador, eu sei! Espero que este <b>guia prático do aventureiro</b> deixe tudo
menos chato e mais interessante...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://projetodraft.com/draft/wp-content/uploads/2015/01/brainstorm.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://projetodraft.com/draft/wp-content/uploads/2015/01/brainstorm.jpg" height="190" width="200" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nestes últimos meses que estive sem escrever no blog, a principal
dúvida que pairava sobre minha cabeça era: “Qual a melhor maneira para se
ensinar que é possível analisar contextos sociais a partir da Análise do Comportamento?”.
Aparentemente, esta resposta é simples: o objeto de nosso estudo é o
comportamento, se <b>operacionalizarmos</b>
tudo em <b>termos comportamentais</b>, logo
nós seremos capazes de explicar também os fenômenos sociais. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No entanto, em minha curta jornada como <b>behaviorista aventureiro</b>, tenho percebido que “saber os conceitos
básicos de AC” não tem subsidiado por si só condições para que novatos e curiosos
extrapolem os textos para os fenômenos no mundo. Algo atrapalha os colegas
transporem os textos conceituais e dados de laboratório para o mundo. Então, o
que causaria tal dificuldade e como iniciar uma jornada <s>pokemon</s> para
aprender a avaliar contextos sociais?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcTmoiCkh_d2pOvDTWGoqz_T5d0J8lHydM3G0HYtTAvcSnamck9U9mksdHfhLdBOuPOa-_rW2-m1o5kIqEfYZ6Vi9vLlHB3KnEmBxd4Alb0lQZPZpg26fSjGBfKuWRm5bNIPnDDOa8620/s1600/snorlax.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="186" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcTmoiCkh_d2pOvDTWGoqz_T5d0J8lHydM3G0HYtTAvcSnamck9U9mksdHfhLdBOuPOa-_rW2-m1o5kIqEfYZ6Vi9vLlHB3KnEmBxd4Alb0lQZPZpg26fSjGBfKuWRm5bNIPnDDOa8620/s1600/snorlax.gif" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não conheço muitas instituições de
ensino superior, mas tenho trocado muitas experiências com diversos amigos de
diversos lugares e talvez essas trocas sejam interessantes para entender as
dificuldades e, por isso, resolvi compartilhar!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Segue uma <s>pequena</s> lista de dificuldades que podem
ocorrer simultaneamente (você pode pular esta lista e ir direto ler sobre as
dicas):<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
01. Há apenas um professor AC;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
02. Até há um professor AC, mas é pouco qualificado;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
03. Há um ótimo professor AC, mas não há uma disciplina
específica de AC na grade curricular;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
04. O colegiado do curso boicota qualquer iniciativa envolvendo
estudo de AC;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
05. O professor só sabe discutir sobre um tema (muitas vezes
a dissertação dele);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
06. O professor só entende de pesquisa em laboratório;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
07. Só tem uma disciplina e é de AEC;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
08. O professor não oferta optativas de AC (ou oferta
optativas desinteressantes de AC);<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
09. <b>(Combo)</b> O
professor que dá aula de AC não é AC;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
10. O professor desencoraja a iniciativa de estudo do aluno;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
11. O professor desconhece o tema de interesse do aluno e
diz que a AC não trabalha com isso;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
12. O professor desconhece o tema de interesse do aluno e
diz que não existem trabalhos escritos sobre o tema em AC;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
13. O professor acredita que a AC não seja capaz de explicar
os fenômenos sociais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://i.imgur.com/KJQHuk2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://i.imgur.com/KJQHuk2.png" height="200" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Possivelmente, há muito mais problemas, mas no momento foram
os principais que ouvi meus amigos dizerem. Se você é um jovem aventureiro no
behaviorismo e tem alguma dúvida ou curiosidade de saber sobre algo na
perspectiva da AC, é só perguntar. Qualquer coisa, mande uma pergunta no
<a href="http://ask.fm/PrincipiosComportamentais">ask.fm</a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Agora, vou tentar dar uma ajudinha em como iniciar sua
jornada (algumas dicas são muito obvias, mas é o que temos pra hoje):<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>01. Conheça suas
ferramentas de trabalho</b>: Aprenda os principais conceitos de Análise do
Comportamento. Imagine que cada conceito é uma ferramenta e que, se usada com
precisão, poderá ajudar a entender praticamente qualquer comportamento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>02. Operacionalize em
termos comportamentais</b>: Se o tema que você pretende estudar é um pouco mais
complexo que não se encaixa em um único conceito, não desista! Muitos fenômenos
subjetivos e sociais requerem a articulação de mais de um comportamento, ou uma
cadeia de comportamentos. Se você conseguir explicar em termos de <i>Antecedente, Comportamento</i> e <i>Consequência</i>, já será um grande passo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-xFpraNNhHywL3BjYZfxvCzKTN7UJFpdCIFKUOs-2cGKsOpK1EMenW7c7VbrMsg54RPrCY2HF7RKvw_6rtBIURUeEbcgTchqDxXsD_Liy8pNVjAOPasMZ08lJ6IDsy38vZkvlcFGAKYZl/s1600/abc-behaviour.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="234" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-xFpraNNhHywL3BjYZfxvCzKTN7UJFpdCIFKUOs-2cGKsOpK1EMenW7c7VbrMsg54RPrCY2HF7RKvw_6rtBIURUeEbcgTchqDxXsD_Liy8pNVjAOPasMZ08lJ6IDsy38vZkvlcFGAKYZl/s1600/abc-behaviour.jpg" width="320" /></a></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>03. Fique atento aos
termos técnicos</b>: Em muitos casos, os analistas do comportamento preferem
usar os termos técnicos em vez dos termos convencionais do dia a dia. Por
exemplo, muitos behavioristas preferem discutir sobre <i>desamparo aprendido</i> ao invés de discutirem sobre <i>depressão</i>. Pode ser que o tema que você
procura estudar tenha um termo equivalente, mas com maior precisão
epistemológica a partir da visão da AC. De todo modo, avalie que termos técnicos
ajudam a compreender as relações funcionais existentes em um fenômeno e estude-os.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>04. Estude filosofia</b>:
Tanto a filosofia das ciências como epistemologia geral são grandes ferramentas
para se entender porque determinado conceito seja mais interessante para se
explicar tal fenômeno do que outro. Inclusive, estudar a filosofia
comportamental (Behaviorismo Radical) é importantíssimo para compreendermos que
<i>analistas do comportamento não ignora a
subjetividade</i>... Nós não ignoramos NADA! <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwWfMupcpcT-FFwb2jq66bYzF-yRrJOOI38E9Vj8MyVP9ZehvXh5OY-AhI2-dRfhcHb0pK10BlVOPLOnynXmNOxu6IAovLjqiRhz5L4rp9UR_j0kdcWQ06tAmhgeShU6_Nw4GNwFJYZB0/s1600/FILOS1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwWfMupcpcT-FFwb2jq66bYzF-yRrJOOI38E9Vj8MyVP9ZehvXh5OY-AhI2-dRfhcHb0pK10BlVOPLOnynXmNOxu6IAovLjqiRhz5L4rp9UR_j0kdcWQ06tAmhgeShU6_Nw4GNwFJYZB0/s1600/FILOS1.png" width="166" /></a></b><a href="http://www.partiallyexaminedlife.com/wp-content/uploads/popper-830x1024.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.partiallyexaminedlife.com/wp-content/uploads/popper-830x1024.jpg" height="200" width="161" /></a><a href="https://www.partiallyexaminedlife.com/wp-content/uploads/Kuhn.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="196" src="https://www.partiallyexaminedlife.com/wp-content/uploads/Kuhn.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>05. Comece avaliando
contextos simples</b>: De inicio, comecemos pelo básico. Avaliemos simples <i>comportamento operante</i>. Podemos observar
o comportamento de nossos animais de estimação, a que estímulos eles estão mais
sensíveis, que comportamentos são mais frequentes e relacionados à que
estímulos, etc. Depois, comecemos a avaliar interações sociais simples <i>sem uso de idioma ou linguagem de sinais</i>.
Podemos observar as interações entre nossos pais, irmãos ou colegas. De que
maneira um evita o outro quando o outro se comporta de tal forma, de que
maneira agimos de modo diferente na presença de uns amigos do que de outros,
etc. Depois comecemos a avaliar as interações sociais baseadas em <i>verbalizações</i>. Resumindo: do mais
simples pro mais complexo. Do popular: não vá com muita sede ao pote!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>06. Iniciando
avaliação de contextos sociais complexos</b>: Para avaliar fenômenos sociais
temos que avaliar não só a história de interação do sujeito com o ambiente, ou
entre sujeitos. Para entender contextos sociais é preciso avaliar porque
determinado <i>comportamento</i> foi
importante para o grupo em um determinado <i>contexto
</i>a ponto de ser ensinado e continuar a ocorrer nos dias de hoje (<i>transmissão</i>). <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://politicadebuteco.files.wordpress.com/2008/11/feijoada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="232" src="https://politicadebuteco.files.wordpress.com/2008/11/feijoada.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Por exemplo:</b> explicação
simples: a feijoada hoje ocorre em função do sabor e está vinculado a festas.
No entanto, a origem da feijoada está relacionada à escravidão. Os <i>recursos</i> alimentícios a que os escravos
tinham acesso eram escassos. Era preciso se alimentar para <i>sobreviver</i>. Com opções restritas ao material da feijoada, os
escravos devem ter variado na forma de misturar os ingredientes de modo que uma
determinada forma de fazer foi <i>selecionada</i>.
Possivelmente, algum dono de escravo ou militante em prol da libertação dos
escravos pode ter provado da feijoada e achado gostoso. Assim, outros grupos
podem ter imitado a prática de cozinhar feijão e os demais ingredientes e se
mantido pela <i>estimulação apetitiva</i> da
feijoada e não mais pelo <i>valor de
sobrevivência</i>. Resumindo: é preciso resgatar a história da prática cultural
e avaliar as condições que mantêm sua transmissão entre gerações e sua
manutenção.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>07. Avalie a sua
avaliação</b>: Ao final de sua avaliação se pergunte: “Esta análise me ajuda a
compreender melhor tal fenômeno social?” Se sim, se pergunte: “É possível que
esta avaliação ajude outras pessoas em sua prática ou estudo sobre tal tema?”
Se sim, apresente em algum congresso. Não subestime seu trabalho intelectual. Pode
ser que alguém tenha o mesmo interesse de estudo que o seu e por conta de
alguma dificuldade (reler lista) não se sinta estimulado a continuar nesta
aventura.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><a href="http://www.bfsr.org/BFSR/Home.html"><img border="0" src="http://www.bfsr.org/BFSR/Home_files/unknown.png" height="320" width="320" /></a></span></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="http://www.bfsr.org/BFSR/Home.html">Clique para conhecer o<br />Behaviosrist For Social Responsability</a></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Lembre-se, avaliar contextos sociais é um desafio
behaviorista radical. Muitas vezes dependemos de dados indiretos e inferências verbais
para nossa avaliação. Assim, parte da comunidade científica
analítico-comportamental irá considerar nossa análise incompleta ou frágil. De
certo modo, defender que é possível avaliar e intervir em contextos sociais a
partir da Análise do Comportamento é uma postura política e científica. Como
gosto de brincar, é assumirmos nosso <b>Anarquismo
do Comportamento</b> frente à ortodoxia conceitual de alguns de nossos pares.
Resumindo: a cada nova avaliação social, fazemos uma aposta teórico-conceitual,
contribuímos de algum modo junto à comunidade comportamental!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12pt; text-align: justify;">
<b>Bônus:</b> Seja curioso sobre seu tema de interesse, pesquise inclusive
no <i>Google</i>. Se não houver nada escrito
sobre, veja isso como uma oportunidade de pesquisa longa e duradoura.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Dica de leitura:</b> <i><a href="http://www.itcrcampinas.com.br/pdf/skinner/analise_operacional.pdf" target="_blank">The Operacional Analysis of Psychological Terms</a></i>
de Skinner, 1945/traduzido no Instituto de Terapia por Contingência de Reforço –
ITCR</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-11933533365439061042015-04-11T16:07:00.003-07:002015-04-11T16:13:16.582-07:00Gaiatice Cearense - hipótese de como esta prática cultural bem-humorada foi selecionada<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnjdLnPoVUS4_ZEcbynnylvE0OBAIcOqhFLAXLHhmdmfl8T3yhTB0gghRrrH0l1gAeIqsaQDDZ0JdKIoAM1iA0tIb6zUQv2GvPuE8VXOGQxdj_6kMB-8VkLqxNaOuVnxRBbBaZZPBhe6Y/s1600/11146304_862109547188517_6548947646772988904_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnjdLnPoVUS4_ZEcbynnylvE0OBAIcOqhFLAXLHhmdmfl8T3yhTB0gghRrrH0l1gAeIqsaQDDZ0JdKIoAM1iA0tIb6zUQv2GvPuE8VXOGQxdj_6kMB-8VkLqxNaOuVnxRBbBaZZPBhe6Y/s1600/11146304_862109547188517_6548947646772988904_n.jpg" height="320" width="241" /></a></div>
<br />
É comum ouvirmos dizer que os cearenses são muito brincalhões, divertidos e manjam dos <i>paranauê </i>dos humor. Temos diversos exemplos de humoristas cearenses bem sucedidos, como Chico Anísio, Tiririca e Tom Cavalcante. Então, façamos um exercício filosófico e nos perguntemos: <b>de onde vem o bom-humor cearense?</b><br />
<br />
<a name='more'></a>Bom, podemos iniciar afirmando que<i> </i>se trata da <b>natureza do cearense</b> ser bem humorado. Mas se concordássemos com a afirmativa que o bom humor é da natureza do cearense estaríamos concordando com proposições <b>inatistas</b> e <b>essencialistas</b> a qual os sujeitos não podem fugir a sua natureza, nascerão e morrerão assim. Em análise do comportamentos fugimos a este tipo de explicação que, por muitas vezes, não explica de fato nada e dificulta a possibilidade de estudar os fenômenos do comportamento de modo mais acurado. Sendo assim, nosso bom humor não é porque é da natureza cearense sermos assim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://imguol.com/blogs/95/files/2014/11/image54.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://imguol.com/blogs/95/files/2014/11/image54.jpg" height="252" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E para dar exemplo de que não há natureza cearense bem humorada, basta lembrar o <b>Seu Lunga</b>, segue uma reportagem sobre este cabra <i>bem mansinho</i>: <a href="http://www.opovo.com.br/app/fortaleza/2014/11/24/noticiafortaleza,3352588/confira-algumas-anedotas-de-seu-lunga.shtml" target="_blank">clique aqui</a>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bom, poderíamos, então, afirmar que o motivo de fazermos tantas piadas esteja ligado ao fato de termos vários <b>modelos</b> a serem seguidos. Afinal, como já foi citado, temos vários modelos de bons humoristas no Ceará. No entanto, ter modelos comportamentais não é suficiente para que ocorra <b>modelação</b> do repertório de quem assiste a um show de humor. Caso a comunidade verbal não reforce o comportamento imitado, este deixará de ocorrer. Assim, ter modelos comportamentais de bom humor não são o suficiente para manter a prática.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.onordeste.com/administrador/personalidades/imagemPersonalidade/8f3b954b535c0894fc548de5280201aa930.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.onordeste.com/administrador/personalidades/imagemPersonalidade/8f3b954b535c0894fc548de5280201aa930.jpg" height="311" width="400" /></a></div>
<br />
Ter <b>modelos comportamentais</b> é condição para que haja transmissão de topografias de uma resposta (ou mesmo está ligada a outros processos comportamentais). A manutenção da imitação dependerá das contingências de reforço e, assim, manutenção da função do bom humor, independente da topografia inicial imitada.<br />
<br />
<b>PONTUANDO:</b> vejamos só, se dependesse mesmo só de seguir modelos, não teríamos inúmeros modelos de piadas ruins nos dias de hoje. Chico Anísio, por exemplo, teve diversas personagens e, no entanto, não vemos pessoas seguindo seus modelos (apesar de compreender que há a questão de que é interessante a criação de personagens novas e não simplesmente imitar a de alguém).<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://sorisomail.com/img/1292638058151.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://sorisomail.com/img/1292638058151.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<br />
Continuando, daremos agora algumas hipóteses de como a <b>prática cultural bem-humorada</b> dos cearenses foi selecionada e mantida. Mas, quero deixar claro que a primeira pessoa que eu vi falando sobre estas hipóteses foi um colega de graduação (atual colega de mestrado), então estas hipóteses não são produção minha!<br />
<br />
Como sabemos, o estado do Ceará é uma região de clima quente e sua vegetação predominante é a caatinga. Normalmente, nossas paisagens são retratadas como <i>sem graça</i> para quem está acostumado com imagens muito arborizadas, como da Europa. Inclusive, durante a terna infância, nossos livros de histórias infantis retratam paisagens referentes a Europa e não a nossa diversidade ambiental.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNi4D8WQLMTm_h0nLoDR3oILEv4E_IVBzw4xREhZgfVfpGnhuoo-juDyMbCrJCJF0tPC7Yb6MfG2bYsQ5O2x_K92hA9srFzPJSlKOeRPt3L5DMTSzhJu2Nm_Bsfdjh8dcfm-OvWmwRlks/s1600/20140615_151824.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNi4D8WQLMTm_h0nLoDR3oILEv4E_IVBzw4xREhZgfVfpGnhuoo-juDyMbCrJCJF0tPC7Yb6MfG2bYsQ5O2x_K92hA9srFzPJSlKOeRPt3L5DMTSzhJu2Nm_Bsfdjh8dcfm-OvWmwRlks/s1600/20140615_151824.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
Agora, imaginem as diversas secas que houveram em nosso estado. Imaginem que houve escassez de alimentos e água, bem como meios de nos divertirmos. Dentro destas condições de seca, podemos dizer que era uma condição de <b>privação</b> de diversos estímulos que poderiam funcionar como <b>reforçadores</b>. Imaginemos agora que, em uma reunião casual, alguém emita uma <b>piada</b> envolvendo a situação difícil e faça rir. Digamos que, apesar de não matar a fome ou a sede, <b>alivio</b> a condição aversiva que estavam expostos.<br />
<br />
Segundo Skinner, <b>rir é uma resposta relaxante</b>. Assim, poderíamos supor que este foi um comportamento selecionado por <i>amortecer</i> as condições aversivas e foi <b>estratégia de sobrevivência </b>diante da adversidade ambientais. Outro ponto, pessoas bem humoradas são socialmente reforçadas a se comportarem assim, são <b>modelos de comportamento valorizados em nossa cultura</b>. Inclusive, às vezes complica a vida dos cearenses, pois muitas pessoas de outros estados pressupõe que sempre faremos piada e se espantam quando alguns de nós não sabemos fazer.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://sensacionalista.uol.com.br/wp-content/uploads/2014/10/Tiririca-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://sensacionalista.uol.com.br/wp-content/uploads/2014/10/Tiririca-1.jpg" height="249" width="320" /></a></div>
<br />
<b>Resumindo:</b> Dentro de nossa hipótese, o ambiente aversivo (seca e privação de alimento e água) promoveu a variação do comportamento verbal dos cearenses cujo comportamento de fazer rir foi selecionado por dar reconhecimento social ao <i>emissor</i> e causar relaxamento à <i>audiência</i>. Por exemplo, uma criança imita um adulto que faz piada e as pessoas riem. no decorrer dos anos, ela vai variando as piadas e os contextos sociais das piadas, ou seja, vai aumentando a variedade topográfica da classe de resposta "fazer rir". Ganha dinheiro e reconhecimento social por isso e se mantêm praticando o "fazer rir". Outra criança o assiste e segue os mesmos passos a sua própria maneira.<br />
<br />
Assim, podemos supor que desde a época da seca nossa comunidade verbal valorizou pessoas que emitam comportamentos de <b>fazer rir</b> e esta prática se manteve independente do contexto em que se iniciou (privação), dado seu valor social.<br />
<br />
Pronto, temos uma explicação convincente do porquê nós cearenses somos tão gaiatos?<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://rd1.ig.com.br/wp-content/uploads/2013/08/tomm.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://rd1.ig.com.br/wp-content/uploads/2013/08/tomm.jpg" height="400" width="265" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"Fecha a conta e passa a régua!"</td></tr>
</tbody></table>
Agora, se alguém se interessou a compreender o <b>Comportamento Verbal Humor</b>, indico o seguinte artigo de Maria Marta Costa Hubner, Caio F. Miguel e Jack Michael: <a href="http://www.periodicos.ufpa.br/index.php/rebac/article/viewArticle/673" target="_blank">Controle Múltiplo no Comportamento Verbal: humor brasileiro e operantes relacionados</a>.</div>
Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-2658899017362036462015-03-11T11:49:00.001-07:002015-03-11T11:54:13.178-07:00Fascismo, Obediência e Experimentos Sociais<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.multimedialab.be/blog/wp-content/uploads/2012/11/milgram_03.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.multimedialab.be/blog/wp-content/uploads/2012/11/milgram_03.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há uma série de exemplos históricos que fizeram com que
diversos <b>cientistas sociais</b> se preocupassem com alguns comportamentos humanos e
buscassem explicações. Por vezes, <b>acontecimentos contemporâneos</b> nos trazem as
mesmas. Esta postagem vem falar de alguns experimentos sociais emblemáticos
envolvendo este tema e alguns contextos sociais que possam ilustrar o motivo de
nos preocuparmos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://obviousmag.org/archives/uploads/2013/04/03A_Pink_Como_Ditador_no_Filme_The_Wall_03A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://obviousmag.org/archives/uploads/2013/04/03A_Pink_Como_Ditador_no_Filme_The_Wall_03A.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Cada um dos experimentos descritos a seguir mereceria uma
postagem, mas nos limitaremos a discutir de maneira simples e dialogal, já que
o interesse aqui não é uma descrição da rigidez (ou falta) metodológica do
experimento ou seu caráter ético. Aliás, se julgarmos a partir das normas
éticas brasileiras de experimentos com humanos em vigor, <b>nenhum dos
experimentos seria considera ético</b>.<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">IMPORTANTE: nenhum dos experimentos citados são reconhecidos com experimentos de <b>Análise do Comportamento</b>, mas são experimentos sociais e seguem metodologias de pesquisa em Ciências do Comportamento (pois há mais de um modelo explicativo comportamental).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Stanley Milgran</i> buscou entender se deveríamos chamar a
população alemã de cúmplice das atrocidades cometidas em nome do <b>Nazismo</b>. Ele
se questionava como seria possível milhões de pessoas não terem conhecimento do
que ocorriam nos campos de concentração e como era capaz um ser humano cometer
atos hediondos em detrimento de valores individuais (<b>obediência a autoridades</b>,
para ser mais especifico).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/dd/Exp%C3%A9rience_de_Milgram.png/473px-Exp%C3%A9rience_de_Milgram.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/dd/Exp%C3%A9rience_de_Milgram.png/473px-Exp%C3%A9rience_de_Milgram.png" height="320" width="252" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">E = Experimentador; S = Sujeito participante; A = Ator.<br />
Imagem da Wikipédia.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Experi%C3%AAncia_de_Milgram" target="_blank">Experimento de Milgran</a> ocorreram nos anos de 1963, 1964 e
1965 e supostamente mediria os efeitos da punição na aprendizagem do sujeito punido. Em uma sala, deveriam ter três pessoas: o experimentador e dois participantes, sendo que um dos participantes na verdade era um ator, "<i>Senhor Wallace</i>". O participante de verdade não sabia das condições fictícias do experimento. Antes do início do experimento era sorteado quem seria o punidor e o punido. <i>Senhor Wallace</i> sempre saia como punido! Havia uma série de voltagens fictícias que iniciava em 15 <i>volts</i> e terminaria em 450 <i>volts</i>. <i>Senhor Wallace</i> deveria decorar uma série de palavras e repeti-las, sendo que a cada erro receberia um choque. A cada novo erro, a voltagem aumentava em 15. Quando a voltagem chegava próximo a 120, o ator começava a gritar de dor, porém o experimentador solicitava que o participante continuasse a dar os choques usando uma série de argumentos sobre a importância do experimento. O estudo provou que mais da metade dos participantes (65%) continuavam a dar choques no <i>Senhor Wallace</i>, <b>chegando a atingir o valor de 450 <i>volts</i></b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os dados do experimento por si demonstram como um número expressivo de pessoas podem se comportar de determinadas maneiras por conta da <b>Obediência a Autoridades</b>. Você consegue imaginar algum contexto contemporâneo no qual o experimento citado se assemelharia funcionalmente? Resposta: instituições militares ou com similaridade de modelo de controle social. Para quem tiver interesse, a descrição mais completa que eu
disponho pode ser encontrada no livro "<i>Métodos de Pesquisa em Ciências do
Comportamento</i>" de Cozby.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://aicepsychologyreview.wikispaces.com/file/view/stanford.jpg/322884514/stanford.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://aicepsychologyreview.wikispaces.com/file/view/stanford.jpg/322884514/stanford.jpg" height="204" width="320" /></a> <a href="http://dericbownds.net/uploaded_images/stanford2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://dericbownds.net/uploaded_images/stanford2.jpg" height="287" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A Marinha Americana solicitou um experimento que explicasse o motivo pelo qual haviam tantos conflitos internos no sistema prisional da marinha. <i>Philip Zimbardo</i> então formulou um experimento, que viria a ser conhecido como <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Experimento_de_aprisionamento_de_Stanford" target="_blank">Experimento de Aprisionamento de Stanford</a>. Neste experimento, Zimbardo iria <b>simular uma prisão</b> junto a um grupo de estudantes. Uma parte de estudantes atuariam como carcereiros e outra parte como prisioneiros. As orientações que eram dadas era que não poderia ocorrer violência física, mas os carcereiros poderiam fazer medo e utilizar de outros meios de coação não físicas livremente. O experimento teria um término diariamente e, no dia seguinte, os estudantes deveriam retornar, mas alguns estudantes se voluntariaram a ficar em tempo integral e sem receber financiamento pelas horas extras dedicadas ao experimento. O contexto em que o experimento foi desenvolvido era em 1971, próximo a Guerra do Vietnã, e os estudantes foram vestidos de maneira que havia impessoalidade por parte dos carcereiros e os prisioneiros se sentissem desconfortáveis nas roupas dadas (inclusive parecendo como as vestimentas usadas por prisioneiros orientais). </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://lerevdr.files.wordpress.com/2008/05/stanford_prison_experiment.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="215" src="https://lerevdr.files.wordpress.com/2008/05/stanford_prison_experiment.jpg" width="400" /></a> <a href="http://www.record.com.br/images/livros/8501082198_Ch.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.record.com.br/images/livros/8501082198_Ch.jpg" height="320" width="204" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em um determinado momento, o experimento saiu do controle. Prisioneiros sofriam e aceitavam tratamentos humilhantes e sádicos, dentre outros detalhes que podem ser vistos no livro de Zimbardo chamado "<i>Efeito Lúcifer</i>", fácil de achar para compra na internet.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A hipótese inicial de Zimbardo se baseava na perspectiva de Lebon de que um indivíduo se tornava despersonalizado em meio a uma multidão, em meio a uma ação de grupo. O que podemos supor é que a possibilidade de gerenciar formas de coação (<b>repertório comportamental</b>) sem possibilidade de punição social (<b>reforço negativo</b>) possibilitou que ocorresse uma <b>estereotipia</b> do comportamento de coagir de maneira que o experimento fugisse ao controle. Agora, você consegue imaginar algum contexto similar em que outra pessoa tenha poder sobre reforçadores e gerenciamento de coações com pouco ou nenhuma possibilidade de ter seu comportamento de coagir punido? Resposta: lideres de seitas religiosas, supervisores e chefes em grandes empresas, etc.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://media.brainz.org/uploads/2011/09/slute.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://media.brainz.org/uploads/2011/09/slute.png" height="265" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Ron Jones</i> não conseguia explicar a seus alunos como a população alemã alegava a necessidade de extermínio dos judeus. Não conseguindo explicar de maneira verbal, buscou então demonstrar por meio de um experimento social com seus alunos em 1967 como isso era possível. Jones começou seu experimento falando de um movimento chamado <b>Terceira Onda</b> e defendeu que a democracia era um modelo social que enfatizava a individualidade em demasia e isto era uma desvantagem social. Assim, começou a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Terceira_Onda" target="_blank">Terceira Onda</a>, que também deu origem ao filme <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Onda_%28filme%29" target="_blank">Die Welle</a>. Acredito que a descrição detalhada possa dar lugar a audiência do filme que não é inteiramente fiel a história que o originou, mas causa impacto de mesmo modo. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://megafilmeshd.net/a-onda/" target="_blank"><img border="0" src="http://static.guim.co.uk/sys-images/Education/Pix/pictures/2008/09/15/1wave.jpg" height="240" width="400" /></a><span id="goog_1125502649"></span><span id="goog_1125502650"></span><a href="https://www.blogger.com/"></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Segue uma imagem do jornal da escola sobre a Terceira Onda:</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://kssreads.files.wordpress.com/2012/11/clipwaveclass.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="270" src="https://kssreads.files.wordpress.com/2012/11/clipwaveclass.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Bom, a questão é: se um professor conseguiu construir e motivar um movimento de modo coeso e organizado de tal maneira em cinco dias, o que outras organizações sociais baseadas no controle social rígido podem proporcionar? Vou responder a este questionamento com um exemplo...<br />
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5gdZpUrNphV_a_aGaqpeMLBwXKfw-Ryiy8yEi687CDNrZwSv5MsTAGmRxIu086-fuT1IqugyOtKCAdQOQgnan4V1fD1wCgqhrmeEddO8Nw0KEfXuR1z5YcA6zKknq238UwU2axlvq7JE/s1600/JonestownSign.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5gdZpUrNphV_a_aGaqpeMLBwXKfw-Ryiy8yEi687CDNrZwSv5MsTAGmRxIu086-fuT1IqugyOtKCAdQOQgnan4V1fD1wCgqhrmeEddO8Nw0KEfXuR1z5YcA6zKknq238UwU2axlvq7JE/s1600/JonestownSign.jpg" height="273" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Você já ouviu falar em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jim_Jones" target="_blank">Jonestown</a>? Foi uma comunidade religiosa que cometeu <b>suicídio coletivo</b> em 1978, quando uma comitiva do governo foi averiguar se a comunidade tinham boas condições de vida e organização social que não atrapalhasse o governo. No primeiro dia, tudo foi tranquilo, mas a tragédia ocorreu em função de alguns membros da comunidade decidirem abandonar Jonestown e voltar com a comitiva. Sendo assim, vemos alguns exemplos de consequência de controle social muito rígido.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://static1.nydailynews.com/polopoly_fs/1.1895694.1407439183!/img/httpImage/image.jpg_gen/derivatives/index_635_390/jonestown-massacre.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://static1.nydailynews.com/polopoly_fs/1.1895694.1407439183!/img/httpImage/image.jpg_gen/derivatives/index_635_390/jonestown-massacre.jpg" height="245" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Bom, como não estivemos na comunidade, não podemos levar hipóteses muito precisas de o que levou a comunidade a se comportar de tal modo. Mas, o que estes exemplos tem em comum é o controle social rígido e o uso de coerção em suas relações sociais. Então, qual seria o motivo de uma <b>filha matar os pais adotivos</b> <b>que não quiseram pagar o dizimo a uma igreja</b>? (<a href="http://oglobo.globo.com/brasil/jovem-acusada-de-matar-os-pais-adotivos-no-maranhao-porque-eles-nao-deram-dinheiro-para-dizimo-3018030" target="_blank">link</a>) O que causaria tamanho controle comportamental de obediência as normas de uma <b>agência de controle</b> em contrapartida outra que, socialmente, deveria ter maior poder de controle sob o comportamento da população, como não matar? O que podemos nos questionar quanto a <a href="http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/03/150306_salasocial_gladiadores_altar_cc" target="_blank">reportagem</a> sobre os <i>Gladiadores do Altar</i>? <span style="font-size: x-small;">(Lembrando que falo em tom de questionamento)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Ao vermos uma <b>agência de controle</b> se utilizando de <b>contingências cerimoniais</b> de outra agência (no caso rituais militares), não deveríamos parar e analisar que <b>práticas culturais</b> ela estaria criando e que consequências a curto e longo prazo podem causar a nossa comunidade? E mesmo que a organização paramilitar tenha apenas fins <i>alegóricos</i>, a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ku_Klux_Klan" target="_blank">Ku Klux Klan - KKK</a> foi um grupo que desenvolveu, por fim, práticas racistas, independente de seu inicio ter o objetivo inicial de causar medo. Apesar de que, a partir da perspectiva epistemológica <b>Análítico-Comportamental</b>, um fato histórico não predizer outro, posto que não há uma causação fidedigna entre dois eventos históricos separados em um período longo. Apesar disto, podemos nos questionar sobre possíveis desdobramentos, tendo em vista a análise de contingências similares a outros contextos.<br />
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjH6hmE-PHGP3V7mPYQQA89cZcPVYSGIX5MDDU2XKyaNQvC5Nvj8KM6yOC9ojaA9jfTRueRe4zbQhp02z9g_E0EHcOfcXklUOO3puquFKbuYcVhqyaj4II1KTwJDn48sb-TVqhX4FV2oT8/s1600/Viol%C3%AAncia+dos+Homens+de+Bem.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjH6hmE-PHGP3V7mPYQQA89cZcPVYSGIX5MDDU2XKyaNQvC5Nvj8KM6yOC9ojaA9jfTRueRe4zbQhp02z9g_E0EHcOfcXklUOO3puquFKbuYcVhqyaj4II1KTwJDn48sb-TVqhX4FV2oT8/s1600/Viol%C3%AAncia+dos+Homens+de+Bem.jpg" height="285" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Infelizmente, careço de dados cientificamente que comprovem qualquer posição afirmativa. No atual estado da arte em que me encontro, o que posso fazer é levantar dados e experimentos e inferir de modo hipotético que há um contexto social que devemos nos preocupar. E para defender porque devemos nos preocupar, há o exemplo dos linchamentos dos "<i>justiceiros</i>", que tempos depois foram presos por tráfico de drogas (<a href="http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/10/justiceiros-que-torturaram-jovem-sao-presos-por-trafico-de-drogas.html" target="_blank">link</a>). Temos o exemplo do linchamento da mulher acusada injustamente de ser bruxa, sem direito a defesa (<a href="http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2014/05/mulher-morta-apos-boato-em-rede-social-e-enterrada-nao-vou-aguentar.html" target="_blank">link</a>). Podemos nos questionar sobre as <b>consequências das práticas culturais</b> dos supostos "<i>homens de bens</i>", já que suas <b>intenções não causam comportamento</b>, suas práticas, apesar de poderem fazer parte das contingências que às mantêm.<br />
<br />
Pode não haver uma relação de causação entre os eventos, mas a existência de tais eventos são a defesa do motivo pelo qual devemos nos preocupar com <b>práticas culturais que façam apologia a violência ou uso de coação</b>. Lembremos que um grupo de pessoas fardadas pode coagir, podem produzir violência não física... Lembremos das expulsões de umbandistas dos morros e favelas, intolerância religiosa também é um violência (<a href="http://oglobo.globo.com/rio/crime-preconceito-maes-filhos-de-santo-sao-expulsos-de-favelas-por-traficantes-evangelicos-9868841" target="_blank">link</a>). Introduzir uma <b>Metacontingência Cerimonial</b> militar poderia produzir comportamentos coercitivos? Acredito que estes sejam questionamentos válidos!<br />
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://nsunews.nova.edu/wp-content/uploads/2011/11/Peace-300x286.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://nsunews.nova.edu/wp-content/uploads/2011/11/Peace-300x286.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não promovamos uma cultura coercitiva.<br />
<b>Promovamos uma cultura de paz!</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-37771808392332610092015-02-12T18:48:00.000-08:002015-02-12T18:48:41.703-08:00Jogos Eletrônicos e Esquemas de Reforçamento: o caso de Yoshi Island<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.vgmonline.net/wp-content/uploads/yoshi3ds.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.vgmonline.net/wp-content/uploads/yoshi3ds.png" height="177" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Existe um momento na vida de todo universitário em que há pouca<b> estimulação aversiva</b> e os reforçadores de outros contextos perdem intensidade dando espaço a outros <b>esquemas de reforçamento</b> que estavam inacessíveis ou concorriam com esquivas e fugas de punição... Não, não estou falando do Carnaval em que "perdemos" o controle. Estou falando de <b>FÉRIAS</b>, em que ficamos sob controle da diversão... No meu caso, do controle do vídeo-game!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A seguir, alguns exemplos de como <b>Esquemas de Reforçamento</b> são utilizados em prol da diversão.</div>
<a name='more'></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUZ7CpBsDz2CiwE1d1XLSAn1VtzJ0kbuCeqrropzCnDCmhrxFZWPVdqaqzV-NlTXrwJkV1GIa6D3O9bYZUjWSFRgd-QbjvyxrcalMVIZf2SvrX2cxWZnGM6RlC7LXgDH9vm3JUjcMyXJs/s1600/Yoshi's_New_Island_-_Storks_%26_Babies.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUZ7CpBsDz2CiwE1d1XLSAn1VtzJ0kbuCeqrropzCnDCmhrxFZWPVdqaqzV-NlTXrwJkV1GIa6D3O9bYZUjWSFRgd-QbjvyxrcalMVIZf2SvrX2cxWZnGM6RlC7LXgDH9vm3JUjcMyXJs/s1600/Yoshi's_New_Island_-_Storks_%26_Babies.jpg" height="229" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como sabemos, nem toda consequência ocorre de modo instantâneo após cada emissão de resposta. Em alguns casos, a simples emissão de uma resposta não é o suficiente para que ocorra a consequência esperada, mas várias respostas. Em outros casos, é preciso responder num momento certo depois de um intervalo de tempo. Para estes diversos arranjos de <b>contingências de reforçamento</b> chamamos <b>Esquemas de Reforçamento</b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A escolha do jogo <i>Mario World 2: Yoshi Island</i> foi feita por conta de termos acesso mais fácil a inúmeras imagens significativas para os conceitos. No entanto, jogos mais atuais também se baseiam nos esquemas de reforçamento. Talvez, eu escreva porque alguns jogos são tão mais <i>viciantes</i> do que outros... Mas vamos por partes!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://cdn1.spong.com/artwork/y/o/yoshisisla233081l/_-Yoshis-Island-DS-DS-DSi-_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://cdn1.spong.com/artwork/y/o/yoshisisla233081l/_-Yoshis-Island-DS-DS-DSi-_.jpg" height="174" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Típico inimigo de esquema CRF</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
O esquema mais popular e conhecido é o <b>Esquema de Reforçamento Contínuo</b> <b>(CRF)</b>. O CRF é aquele esquema em que ao emitir uma reposta ocorre uma consequência. No jogo pode ser expresso na relação entre <i>pular</i> na cabeça do inimigo e ele <i>morrer</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.cubed3.com/staff/wonkeykong/sma34.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.cubed3.com/staff/wonkeykong/sma34.jpg" height="213" width="320" /></a></div>
<br />
Além do CRF, há os esquemas intermitentes. Os esquemas intermitentes são os <b>Esquemas de Razão</b>,<b> </b>os <b>Esquemas de Intervalo </b>e os pouco populares <b>Esquemas de Tempo</b>.<br />
<br />
Em alguns contextos do jogo, há a necessidade de que ocorra mais de uma resposta. Por exemplo, alguns <i>Boss</i> requerem que você ataque 3 vezes para que o vença. Neste caso, temos uma <b>Razão Fixa (FR)</b> FR3. O inimigo do imagem requer que pulemos sob os tocos de pau para acertá-lo do outro lado 3 vezes, não necessitando que sejam seguidamente, mas que ocorram 3 acertos.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWy1sEUKun21mlhtsPsX0cd5-4bf52-OzkT9X5F6xZ-6K6tUZopacgjTlQ07EOmdnCnk6X27MlxwU5HQlir0lmdDIAaRhsS_M4BJ9QCXsG9p_8wh-bDeQJUIf3xn8jzSqgwDrti58r1Q8/s1600/yoshisisland1.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWy1sEUKun21mlhtsPsX0cd5-4bf52-OzkT9X5F6xZ-6K6tUZopacgjTlQ07EOmdnCnk6X27MlxwU5HQlir0lmdDIAaRhsS_M4BJ9QCXsG9p_8wh-bDeQJUIf3xn8jzSqgwDrti58r1Q8/s1600/yoshisisland1.gif" height="299" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijKTTCSRFHyAHYIjbrCu2RJm1TASmVhLjM35tQgvBBRNNFtSTh8MGzPUV5cMYhAi-051KMeL7-dsyn0BeofvOiTgEXz-6Zal4rboiKN1kNxa03P04IBuCGVJkVtrOPf4a9yBpEFBl7N6WH/s1600/Ralph+raven+yoshi+island+boss+battle+SNES.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijKTTCSRFHyAHYIjbrCu2RJm1TASmVhLjM35tQgvBBRNNFtSTh8MGzPUV5cMYhAi-051KMeL7-dsyn0BeofvOiTgEXz-6Zal4rboiKN1kNxa03P04IBuCGVJkVtrOPf4a9yBpEFBl7N6WH/s1600/Ralph+raven+yoshi+island+boss+battle+SNES.gif" height="259" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para derrotar outros <i>Boss</i>, porém, é preciso de um número incerto de ações, mas que é possível fazer uma estimativa média. São esquemas em que a consequência prever um número estimado de ações, mas não com um valor fixo, pois, no caso do jogo, dependerá de outras variáveis... A este tipo de esquema chamamos de <b>Razão Variável (VR)</b>. Nos exemplos a seguir, são inimigos que requerem que você os derrube de um local, mas dependendo do que ocorra no cenário isso ocorrerá com mais ou menos respostas:<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8eH3swg6-08RtZlbk6-fP6o6OGJKDFo9EfnzTiAu8LFV3CRSiB9IYLG7ft1ImP3lL8PNSE1F-6CB4wrtlqNAmwhv6C6VVBkXpoW29YD6qKbPrF72Oj-l3sMKCKPzz3tdCEA3QVrdX_98/s1600/mqdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8eH3swg6-08RtZlbk6-fP6o6OGJKDFo9EfnzTiAu8LFV3CRSiB9IYLG7ft1ImP3lL8PNSE1F-6CB4wrtlqNAmwhv6C6VVBkXpoW29YD6qKbPrF72Oj-l3sMKCKPzz3tdCEA3QVrdX_98/s1600/mqdefault.jpg" height="275" width="320" /></a></div>
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<a href="http://i.ytimg.com/vi/7Z6UeFNGdxo/hqdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="http://i.ytimg.com/vi/7Z6UeFNGdxo/hqdefault.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
Para além dos Esquemas de Razão, temos os <b>Esquemas de Intervalo</b>, em que a consequência de uma resposta só ocorre se ela for emitida em um momento determinado. Em um esquema de<b> Intervalo Fixo (FI) </b> uma determinada consequência só ocorre se o sujeito se comportar de modo adequado no momento certo dentro de um intervalo de tempo (que nem assistir um programa específico que passa na TV em um único dia e horário da semana).<br />
<br />
No exemplo a seguir, o Yoshi sobe em uma plataforma que faz um percurso específico em direção ao abismo indicado nas imagens, mas que ocorre de modo rápido. Dentro deste intervalo de tempo, ele deve discriminar o momento certo em que deve pular da plataforma para seguir adiante. Como o lançamento da plataforma começa no exato momento em que o Yoshi sobe nela e tem um momento específico em que cai no chão e dentro deste intervalo temos um momento em que ele deve agir para alcançar uma consequência, temos um exemplo de <b>Intervalo Fixo</b>. (Oh, tentei ser o mais simples possível em analisar as contingências de porquê este seria um FI)<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbmETQg0FvDU7kaMlOSp3aSPjDQyt_xS1JK8zb4L-SZtkD8KAKDfSOUAKsRlSIL17uxHt3X_wEC2r6zdxiSthl2sq2DD8d5SNyPAWcuiU18rflUlNPdHRwdEhHEtVUZrlEJGeHVK1GtbA/s1600/01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbmETQg0FvDU7kaMlOSp3aSPjDQyt_xS1JK8zb4L-SZtkD8KAKDfSOUAKsRlSIL17uxHt3X_wEC2r6zdxiSthl2sq2DD8d5SNyPAWcuiU18rflUlNPdHRwdEhHEtVUZrlEJGeHVK1GtbA/s1600/01.jpg" height="251" width="320" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmO119nuUvjSeQKX2nQ4nEpQzdwpgngDJSsjXQtH_NADres60af0aDDQTR7Bj_trJiSTxLovTGZy7OjGDikMTpHCWv5CCZS-p7jEyvOxjpDpGPSOEgdQtez7QgQUUFURinfVivJVlGRxo/s1600/02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmO119nuUvjSeQKX2nQ4nEpQzdwpgngDJSsjXQtH_NADres60af0aDDQTR7Bj_trJiSTxLovTGZy7OjGDikMTpHCWv5CCZS-p7jEyvOxjpDpGPSOEgdQtez7QgQUUFURinfVivJVlGRxo/s1600/02.jpg" height="252" width="320" /></a></div>
<br />
Em outros casos, não há como ter um tempo exato de quando agir, posto que a plataforma varia de velocidade ou mesmo que dependendo da hora em que você pule sob a plataforma influi na maneira em que você deverá agir. Sendo assim, temos exemplos de esquemas de <b>Intervalo Variável (VI)</b>. No exemplo a seguir temos uma plataforma que gira, acelera e desacelera dependendo da posição em que Yoshi se encontra e dependendo de como o Yoshi agir, ele poderá alcançar algum prêmio ou desbloquear algum desafio...<br />
<br />
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<a href="http://www.racketboy.com/images/yoshis-island.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.racketboy.com/images/yoshis-island.jpg" height="234" width="320" /></a></div>
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<br /></div>
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Outro exemplo de VI é quando Yoshi fica sob efeito alucinógeno de uns inimigos em formato de pólen chamado Fuzzy. Além da dificuldade em discriminar quando Yoshi voltará ao normal, temos a dificuldade de locomoção e possibilidade de encostar em outro Fuzzy, prolongando o tempo da VI.</div>
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<br /></div>
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<a href="https://justanothervideogameblogblog.files.wordpress.com/2013/12/mario-world-2-fuzzy.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="207" src="https://justanothervideogameblogblog.files.wordpress.com/2013/12/mario-world-2-fuzzy.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
Além destes esquema <b>legais</b> de reforço do jogo, tem um contexto extremamente <b>aversivo</b> não pela possibilidade de perder a partida, mas pelo som estridente que o Baby Mario faz quando não está na montaria do Yoshi. Neste contexto aversivo, após o Yoshi pegar o Mario de volta, caso a contagem de esteja abaixo de 10, independente do que você faça (se o Mario continuar na sua garupa) os pontos voltam ao valor original (ou seja, é uma VI)... Em seguida, temos um <b>Esquemas de Tempo</b>. Esquema de Tempo se trata de um contexto em que uma consequência ocorrer independente do que o jogador faça. Neste exemplo, após operar sobre o VI, há uma recuperação de pontos até o limite 10 em um esquema de <b>Tempo Variável (VT). </b>Aqui, o tempo é variável pelo fato de que nem sempre o Yoshi recupera Baby Mario no mesmo valor de contagem. (No entanto, a afirmação acima pode estar incorreta se não se tratar de um <i>Esquema Misto</i>, mas não explicarei o que é isto aqui...)<br />
<br />
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<a href="http://199.101.98.242/media/shots/43831-Yoshi's_Island_-_Super_Mario_Advance_3_(U)(Mode7)-8.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://199.101.98.242/media/shots/43831-Yoshi's_Island_-_Super_Mario_Advance_3_(U)(Mode7)-8.png" height="212" width="320" /></a></div>
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<a href="http://www.chronicgames.net/images/games/snes/yoshis-island-screenshot-002.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.chronicgames.net/images/games/snes/yoshis-island-screenshot-002.png" height="280" width="320" /></a></div>
<br />
Algumas versões de <i>Castlevania</i> fazem contagem de <b>Tempo Fixo (FT) </b>para a aparição de alguns inimigos ou de algum prêmio. Ou seja, depois de um determinado intervalo de tempo, independente do que o jogador faça, determinado estímulo será apresentado ao ambiente.<br />
<br />
Para além dos esquemas já citados, existem os <b>Esquemas de Velocidade</b>, que se baseiam em baixas e altas taxas de resposta. O <b>Reforçamento Diferencial de Altas Taxas de Respostas</b> ou simplesmente <b>DRH</b> são esquemas em que uma consequência só ocorre se um número de respostas ocorrerem e somente se ocorrerem dentro de um determinado período de tempo. Exemplo de <b>DRH</b> são as tentativas de abrir baús de <i>life</i> em <i>God Of War </i>ou fazer algum personagem de <i>South Park: The Stisk of Truth</i> defecar:<br />
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<a href="http://www.mobygames.com/images/shots/l/289052-god-of-war-chains-of-olympus-psp-screenshot-opening-a-chest.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.mobygames.com/images/shots/l/289052-god-of-war-chains-of-olympus-psp-screenshot-opening-a-chest.png" height="226" width="400" /></a></div>
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<a href="http://i.ytimg.com/vi/jF1aRttCMmg/hqdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://i.ytimg.com/vi/jF1aRttCMmg/hqdefault.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
E há o esquema <b>Reforçamento Diferencial de Baixas Taxas de Resposta</b> ou <b>DRL</b> em que a consequência só ocorre se o jogador não emitir nenhuma resposta dentro de um intervalo de tempo. Caso ele emita alguma resposta, a contagem recomeça. Não estou recordando com precisão algum exemplo, mas creio que pode ser o caso daquelas cenas em que você deve responder apenas quando um símbolo específico brilhar na tela, do contrário você erra (sendo que neste exemplo, não ocorre recontagem, mas aparição de um contexto aversivo).<br />
<br />
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<a href="http://i.ytimg.com/vi/DUUCU7Ff-xA/maxresdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://i.ytimg.com/vi/DUUCU7Ff-xA/maxresdefault.jpg" height="225" width="400" /></a></div>
<br />
Bom, espero que eu tenha conseguido introduzir estes conceitos de modo interessante, afinal ainda estou curtindo as FÉRIAS, mas não queria ficar sem postar nada no blog. Espero ter pique pra escrever outra postagem sobre Jogos, mas de modo mais leve e divertido... É sempre um desafio tentar decompor o cenário de jogos em termos AC, eles são minuciosos, mesmo que planejados (muitas vezes) de maneira intuitiva.<br />
<br />
Sigamos em aventura...<br />
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<a href="http://fc08.deviantart.net/fs70/f/2012/110/e/0/yoshi_island_bosses__naval_piranha_by_h2roses-d4x1glz.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://fc08.deviantart.net/fs70/f/2012/110/e/0/yoshi_island_bosses__naval_piranha_by_h2roses-d4x1glz.png" height="400" width="301" /></a></div>
</div>
Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-42987001991291062262015-01-14T09:18:00.000-08:002015-12-17T15:08:03.605-08:00Questões Sociais em Análise do Comportamento: "Sim, nós também intervimos aqui!"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpHc0CYqAc4Ueq4ZEMctG0p2hRcQihP8rFwdrgfbVCpi9bJx1vQE651GBLRwCUZRf0ktvy_5jVBohvO9vsrj0szfKzrlpNyr1N-OKkJvDztMK157-MMMTlWq8Hqqn1IuOaQjCPvMD0hWA/s1600/Espelho+e+Xadrez.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpHc0CYqAc4Ueq4ZEMctG0p2hRcQihP8rFwdrgfbVCpi9bJx1vQE651GBLRwCUZRf0ktvy_5jVBohvO9vsrj0szfKzrlpNyr1N-OKkJvDztMK157-MMMTlWq8Hqqn1IuOaQjCPvMD0hWA/s1600/Espelho+e+Xadrez.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
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<br /></div>
Esta postagem também poderia ser chamada de <b>"Psicologia Social em Análise do Comportamento"</b>, no entanto, preferi este nome mais genérico devido a própria dificuldade de definir com precisão o que é ou não Psicologia Social, bem como o que é uma intervenção de Psicologia Social.<br />
<br />
Mesmo assim, buscarei apresentar que a Análise do Comportamento está envolvida com <b>Questões Sociais</b> e que há produção de tecnologias voltadas para melhoria do bem-estar social.<br />
<br />
<a name='more'></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZqx_LNeXhDGTCeZd_RzsJzJhOmv0XJgLlqCIG_9p5Ufeyz7JR63cDQ592Gic5VxfqmYErSrVqrUBE0NC1EDl_M5p-3oPuDLprS5GIFh46b2yxqnENc_bpEj1Ekc8NBBg-fWn2gkLRmeHy/s1600/Disputa+de+Berlim.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZqx_LNeXhDGTCeZd_RzsJzJhOmv0XJgLlqCIG_9p5Ufeyz7JR63cDQ592Gic5VxfqmYErSrVqrUBE0NC1EDl_M5p-3oPuDLprS5GIFh46b2yxqnENc_bpEj1Ekc8NBBg-fWn2gkLRmeHy/s1600/Disputa+de+Berlim.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estou acostumado a ouvir comentários que se referem a <b>Análise do Comportamento </b>como uma abordagem psicológica que não se dedicar a estudar e intervir em contextos sociais, que é uma abordagem psicológica reacionária e mercadológica, que não discute desigualdade social e nem sobre os meios pelos quais possamos alcançar uma sociedade mais equânime.<br />
<br />
Contrariando o senso comum de alguns colegas, temos, como exemplo, B. F. Skinner como um <b>psicólogo experimental </b>extremamente preocupado com os problemas sociais de seu tempo. Prova disso é seu artigo intitulado "<b>O que há de errado com a vida no mundo ocidental?</b>" de 1987 (<a href="http://www.itcrcampinas.com.br/pdf/skinner/oque_ha_de_errado_com_o_mundo_ocidental3a.pdf" target="_blank">link</a>), no qual ele, por exemplo, analisa o conceito marxiano de <i>Alienação</i>. É importante frisar aqui que, apesar de ter dedicado maior tempo ao refinamento de conceitos behavioristas a partir de pesquisa experimental básica, Skinner foi um teórico muito preocupado com a sociedade em que vivia, apesar de que para outros filósofos e teóricos seus escritos sejam mal compreendidos e considerado por vezes contraditórios, como falar em liberdade junto ao conceito de controle...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.isanet.org/Portals/0/Users/108/00/33900/blogSpan.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.isanet.org/Portals/0/Users/108/00/33900/blogSpan.jpg" height="231" width="400" /></a></div>
<br />
A partir da monografia de Martina Rillo Otero, de 1999, intitulada de "<b>Caracterização e avaliação da Psicologia Comportamental Comunitária, através de artigos publicados no JABA entre 1991 e 1999</b>" (<a href="http://www.4shared.com/office/wBvdAENxce/OTERO_M_R_Psicologia_Comportam.html" target="_blank">link</a>), temos acesso a uma gama de referências de Análise do Comportamento voltadas para atuação behaviorista em comunidades ou frente problemas de preocupação social, como uso e abuso de drogas. Seu trabalho é voltado principalmente para compreensão de como é a atuação profissional do analista do comportamento frente a problemas sociais, ou seja, é um levantamento sobre os contextos e intervenções de <b>Análise Aplicada do Comportamento</b> (AAC) e não só como o psicólogo comportamental interpreta os fenômenos sociais a partir do comportamentalismo.<br />
<br />
No artigo de Estevam Colocicco Holpert, de 2004, intitulado "<b>Questões Sociais na Análise do Comportamento: artigos do Behavior and Social Issues (1991-200)</b>" (<a href="http://www.usp.br/rbtcc/index.php/RBTCC/article/view/61" target="_blank">link</a>) temos uma nova lista de artigos que trata da relação entre o conhecimento Comportamental e questões sociais. Desta maneira, está mais que claro que a Análise do Comportamento está preocupada com problemas sociais e que busca contribuir com <b>tecnologias</b> capazes de transformar a realidade em que vivemos. É irrefutável que há produções científicas voltadas para resolver problemas sociais como há dados sobre a eficácia da intervenção!<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.institutoelo.org.br/site/app/webroot/files/image/Em%20quest%C3%A3o%20(2).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://www.institutoelo.org.br/site/app/webroot/files/image/Em%20quest%C3%A3o%20(2).jpg" height="266" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem retirada do Google</td></tr>
</tbody></table>
Segue alguns dos temas tratados nos artigos dos levantamentos bibliográficos acima:<br />
<ul>
<li>Prevenção de crimes;</li>
<li>Preservação do meio ambiente;</li>
<li>Cuidados com saúde;</li>
<li>Promoção de habilidades sociais em comunidade;</li>
<li>Promoção de segurança;</li>
<li>Avaliação de programas sociais e governamentais;</li>
<li>Questões envolvendo comportamento do consumidor;</li>
<li>Educação;</li>
<li>Economia; e</li>
<li>Política em geral.</li>
</ul>
<div>
Além disso temos no Brasil o <b>Laboratório de Análise e Prevenção a Violência</b> <b>(LAPREV)</b> voltado para o estudo e intervenção em cotextos de violência, inclusive violência sexual, cujo trabalho de Otero (1999) apontou existirem poucos estudos publicados no JABA. Podemos ter acesso a algumas publicações da LAPREV no seguinte <a href="http://www.laprev.ufscar.br/publicacoes-1/publicacoes" target="_blank">link</a>. Para além da existência do Laboratório acima, há o trabalho de professores da <b>Universidade Federal do Pará</b> frente a contextos de violência contra a mulher e dependência afetiva. Uma opção, também, é pesquisar os temas apresentados durantes os <b>Encontros Anuais da Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental</b> (ABPMC) nos anais disponíveis no site da instituição (<a href="http://abpmc.org.br/boletim-contexto.php?inf=6" target="_blank">link</a>) para ter noção das diversas possibilidades de atuação em contextos sociais que vem ocorrendo.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-mo-4wbI3Rv0c-IgLamA3HDXFduU5jbiIuwoEInO2M19KVYvKzVaTRcaZqiwn1lOyZ7p8AkOiba5AnCAxT-9aXsrTPvN8upEJlv5-CVvO6tREj4JITS1bv2bUXkO4cEzXj0UdiHyFn-w/s1600/Bebe.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-mo-4wbI3Rv0c-IgLamA3HDXFduU5jbiIuwoEInO2M19KVYvKzVaTRcaZqiwn1lOyZ7p8AkOiba5AnCAxT-9aXsrTPvN8upEJlv5-CVvO6tREj4JITS1bv2bUXkO4cEzXj0UdiHyFn-w/s1600/Bebe.jpg" width="400" /></a></div>
</div>
<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div>
Podemos levantar algumas hipóteses sobre porquê a Análise do Comportamento não é reconhecida por outros seguimentos intelectuais como sendo um corpo teórico engajado e compromissado com a transformação da condições e problemas sociais que estamos expostos. Segue algumas hipóteses:</div>
<div>
<ol>
<li>Não nos utilizamos em demasia de <b>jargões políticos</b> consagrados pelas Ciências Políticas e Sociais quando analisamos problemas sociais;</li>
<li>Inclusive, o corpo teórico da AC não pressupõe um posicionamento político unilateral, como liberalismo ou estado de bem-estar social;</li>
<li>Porém, subgrupos dentro da comunidade analítico-comportamental podem se posicionar de maneira convencional, como Direita e Esquerda, mas <b>esse posicionamento é uma relação filosófica feita pelos subgrupos e não é intrínseca ao Comportamentalismo</b>;</li>
<li>Ou seja, é um posicionamento a partir do Behaviorismo Radical (braço filosófico de sustentação da teoria Comportamental) e diálogos com outras linhas teóricas, no caso filosofias políticas;</li>
<li>Se a linguagem comportamental é distante da usual utilizada por outros teóricos para explicar o comportamento humano, então há também um distanciamento da linguagem comportamental das demais linguagens de análise política;</li>
<li>Inclusive, <b>a linguagem comportamental não faz apelos estéticos para adesão de seus leitores a suas propostas científicas ou políticas</b>, apenas são apresentadas variáveis e relações de interdependências entre comportamento e mundo baseados em dados;</li>
<li>Sendo assim, a linguagem comportamental evita se utilizar de termos mentalistas como <i>Conscientização</i><b style="font-style: italic;"> </b>para explicar a dificuldade das pessoas se comportarem de modo politicamente ativo;</li>
<li>A linguagem popular pode ser esteticamente atrativa e gerar maior adesão, mas não traz consigo uma proposta de intervenção capaz de intervir diretamente com os problemas sociais. A linguagem comportamental possibilita a interpretação e proposição efetiva de intervenções, já que se baseia em dados científicos e grau de eficácia;</li>
<li>Há uma prática cultural em Ciências Humanas de <b>excluir qualquer explicação científica dos fenômenos sociais e políticos por crer que são explicações incompletas ou abstratas</b>, ou mesmo por preconceitos historicamente reforçados por contextos em que houve mal uso do termo <i>científico</i> a práticas sociais desumanas, como a criação da <i>Teoria da Degenerescência </i>que justificou a segregação social no Brasil (e, de algum modo, podemos dizer que ainda segrega);</li>
<li>Não temos a prática de publicarmos sobre as diversas atuações comportamentais frente a questões sociais em revistas científicas de outras áreas, <b>preocupamo-nos pouco com a divulgação dos nossos dados de eficácia e efetividade de nossa atuação frente a problemas sociais</b>.</li>
</ol>
<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn4L-QxeMitR70fWjQS0qeZwCdWWHEElbRHGV4N4wkgWdbkRIIDS7ufu5w_mXD0yhvxZxI5Y1AgXGKQmYoHYAot6hxQbgM7eWxB_vhqot7twYzDG2enkm5rfsxm7CVc8EwMkmowkQ7JaY/s1600/xadrezpreto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="249" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn4L-QxeMitR70fWjQS0qeZwCdWWHEElbRHGV4N4wkgWdbkRIIDS7ufu5w_mXD0yhvxZxI5Y1AgXGKQmYoHYAot6hxQbgM7eWxB_vhqot7twYzDG2enkm5rfsxm7CVc8EwMkmowkQ7JaY/s1600/xadrezpreto.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Acredito que devam existir outras hipóteses a serem levantadas e cada uma delas requeira maiores esclarecimentos, no entanto, esta postagem tinha como objetivo apenas demonstrar que <b>Analistas do Comportamento tratam de Questões Sociais de maneira compromissada</b>, mas reconhecendo que poderíamos ter um maior número de publicações sobre estes temas e publicações mais significativas para outras comunidades científicas como artigos em revistas de Economia, Biologia, Sociologia e Ciências Políticas.</div>
</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Acredito que, assim como Skinner diz, os problemas da vida cotidiana são um questões que envolvem a competência e responsabilidade da <b>Análise Aplicada do Comportamento</b>. Sendo assim, é imprescindível que produzamos pesquisas aplicadas, mas não apenas produzir pesquisas aplicadas a esmo. É preciso produzir pesquisas aplicadas<b> diretamente no <i>setting</i> em que ocorrem os problemas sociais</b> e<b> com as populações diretamente envolvidas com os problemas sociais</b>.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhquPVe-MEFHumGPHqU3Nhb-_Ujq2pod3WElaLXswd-JJl2KQBbFlZ23fYOg00hr2MXyEzLLdBoTowFIqMcs4UAWiwaq6h14_gDblFjkyhROslC59U4sMyzP9izGkpdNZpDxAYQaxBEbuI/s1600/Digimundo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhquPVe-MEFHumGPHqU3Nhb-_Ujq2pod3WElaLXswd-JJl2KQBbFlZ23fYOg00hr2MXyEzLLdBoTowFIqMcs4UAWiwaq6h14_gDblFjkyhROslC59U4sMyzP9izGkpdNZpDxAYQaxBEbuI/s1600/Digimundo.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Desta maneira, temos diversas dificuldades inerentes a intervir em <i>setting </i>natural:<br />
<ol>
<li>Muitas vezes os reforçadores disponíveis no ambiente tem maior magnitude do que os reforçadores planejados na intervenção, como comportamento de menor infrator;</li>
<li>As intervenções sociais pressupõe que <b>mais de um sujeito tenha suas contingências modificadas</b>, não bastando intervir, por exemplo, apenas junto a um menor explorado sexualmente, sendo preciso intervir com os exploradores (o que alicia e o que financia);</li>
<li>Os sujeitos envolvidos na intervenção muitas vezes não tem interesse de que ocorram mudanças.</li>
</ol>
<div>
Sobre este terceiro ponto, podemos indicar algum motivos pelos quais há esta <b>Resistência a Mudança</b>:</div>
<div>
<ol>
<li>Às vezes, os sujeitos são inseridos em uma intervenção social por meio de <b>Controle Aversivo</b>, como um mandado judicial para que um menor infrator participe de atividades terapêuticas em um CREAS ou CAPS-ad;</li>
<li>Os sujeitos <b>não estão sensíveis as contingências que controlam seus comportamentos</b> a curto e longo prazo, ou mesmo que nunca foram ensinados a desenvolver comportamentos importantes para a sobrevivência da humanidade, como <b>autocontrole</b> e <b>tomada de perspectiva</b> (que seria explicado de modo simples como <i>colocar-se no lugar do outro</i>);</li>
<li>Há uma <i>Banalização</i> dos problemas e contextos sociais em que o problema ocorre, seja por que a comunidade verbal reforça <b>regras </b>que dizem que "<i>nada vai mudar</i>", seja pelo <b>curto de resposta</b> entre se comportar adequadamente ser maior do que indicar uma frase denotando a terceiros o motivo do problema existir e sua solução, seja pelo fato que de o <b>contexto aversivo</b> esteve presente na história cultural de uma localidade durante várias gerações e a possibilidade de mudança parece improvável.</li>
</ol>
</div>
Sendo assim, este é o desafio deixado a todos nós, novos e velhos Analistas do Comportamento, <b>produzir tecnologias Comportamentais capazes de melhorar o mundo</b>!!!<br />
<br /></div>
<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhunSxLuPLl0lKMKM3xQJ2dCAbws7RqM95Mx1-KXqDM1ZcJG6moIWE6aZkacBah5869VWhAlRGNmGk7MEPnnBVwUO3a-FIt-Gn66cBw_luTOBgaOMGwQ1Q-9F2rWvZ8Uj1q1KKV2G2MmYI/s1600/cat-facts.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="263" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhunSxLuPLl0lKMKM3xQJ2dCAbws7RqM95Mx1-KXqDM1ZcJG6moIWE6aZkacBah5869VWhAlRGNmGk7MEPnnBVwUO3a-FIt-Gn66cBw_luTOBgaOMGwQ1Q-9F2rWvZ8Uj1q1KKV2G2MmYI/s1600/cat-facts.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="text-align: justify;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="text-align: justify;">Que assim seja o ano de 2015!!!</span></div>
</div>
</div>
Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-84271861390842975882014-12-30T18:48:00.004-08:002015-12-17T15:07:51.324-08:00Behaviorismo em Mesa de Bar: "Psicologia não é Auto-Ajuda"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://gfzuko.files.wordpress.com/2014/08/homer-e-moe.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="256" src="https://gfzuko.files.wordpress.com/2014/08/homer-e-moe.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Existe um momento inevitável na vida de qualquer uma pessoa que cursa ou é formada em Psicologia, seja <b>Analista do Comportamento</b> ou não, que é quando você está em uma <b>mesa de bar</b> ou <b>lanchonete</b> e alguém inventa de te apresentar como<i> 'este é aquele meu amigo que eu falei que é gente boa</i><i> e estuda </i><b style="font-style: italic;">Psicologia</b><i>'</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esta postagem é sobre estes tipos de situação e tem como objetivo explicar porquê aquela ideia daquele livro de auto-ajuda não é Psicologia em uma perspectiva <b>Behaviorista Radical </b>(sem ficar falando que nem um papagaio 'mentalismo' ou 'behaviorismo radical')!</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;">
Não é difícil para quem está em graduação ou mesmo graduado em um curso de Psicologia e se depara com <b>aqueles momentos emblemáticos</b> do dia a dia em que alguém (seja amigo, conhecido ou familiar) solta perguntas sobre seu campo de atuação e já vem com pressuposições de como são as teorias e pior... Baseadas em Auto-Ajuda.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://static.planetminecraft.com/files/resource_media/screenshot/1313/Saw-movi_5157718.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://static.planetminecraft.com/files/resource_media/screenshot/1313/Saw-movi_5157718.jpg" height="188" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"Que comecem os Jogos" ou "A treta está lançada" ou "Isso vai dar em merda!"</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em meio a um almoço entre amigos profissionais da área de saúde sobre diversos temas em torno de ser profissional de saúde, uma das pessoas da mesa ao perceber que estava almoçando com dois psicólogos, resolveu "<b>tirar suas dúvidas</b>" sobre diversas coisas. Digo dúvidas entre aspas, porque, normalmente, as pessoas vem com<b> ideias preconcebidas</b> e buscam validá-las com um profissional conhecido. Estas ideias preconcebidas, normalmente, são baseadas em leituras de <b>livros de</b> <b>Auto-Ajuda</b>, que muitas vezes são confundidos com livros de Psicologia.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://neetescuela.com/wp-content/uploads/2013/04/Los-4-humores.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://neetescuela.com/wp-content/uploads/2013/04/Los-4-humores.jpg" height="246" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A amizade em questão perguntou/defendeu/argumento em favor da <b>Teoria Humoral </b>(quase engasguei com uma espinha de peixe)! Para quem não conhece, trata-se de uma teoria grega, baseadas nos quatro elementos que, segundo eles, todas as demais coisas do universos precederiam. Cada pessoa supostamente seria marcada mais fortemente por um determinado traço de humor, podendo expressar outros traços de humor, mas sempre haveria um traço de humor principal. Cada humor estaria relacionado com um determinado fluido corporal. Os <b>fluidos corporais</b> eram: sangue, bílis amarela, bílis negra e fleuma. Elas seriam referentes, respectivamente, aos <b>temperamentos</b>: sanguíneo, colérico, melancólico e fleumático.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW4duCjxiUsrR4ot9xvUrUFlV-tL7UpeeREfLzYCi-196ziPn3-DRiwF3baYlF4HfUFFLkFTKFLP4cF5JJgcTSHGcfgfW7tk8JEfE0wpi7UOtjIInJE8dw9AAROSF-WJbjT90G32VJ6BE/s1600/Hist%C3%B3ria+da+psicologia+moderna.jpg" imageanchor="1"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW4duCjxiUsrR4ot9xvUrUFlV-tL7UpeeREfLzYCi-196ziPn3-DRiwF3baYlF4HfUFFLkFTKFLP4cF5JJgcTSHGcfgfW7tk8JEfE0wpi7UOtjIInJE8dw9AAROSF-WJbjT90G32VJ6BE/s1600/Hist%C3%B3ria+da+psicologia+moderna.jpg" width="300" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não estou muito certo quanto ao livro em que li a respeito, mas tenho quase certeza que foi em um livro chamado "História da Psicologia Moderna" de Schultz & Schultz. Bom, se não for ele, ainda assim é uma excelente leitura sobre a história da Psicologia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por curiosidade, acabei de lembrar o nome do livro que a amizade leu. Ele se chama: "<b>Por Que Agimos Como Agimos?</b>" de Tim LaHaye. Lembrando que as críticas e pontos de vistas que traremos são baseados e contrabalanceados aos relatos da amizade, podendo o livro ter outras fundamentações filosóficas, ainda que continuemos a crer que sejam fundamentações duvidosas, posto que a principal referência histórica que temos é de uma teoria filosófica de <b>Psicologia Pré-Científica</b>. Pré-Científico aqui diz respeito às teorias anteriores às formulações e experimentos de Wundt, não diz respeito em nada com o atual estado do que é Ciência e métodos de validação de uma teoria.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.abbapress.com.br/media/catalog/product/cache/1/image/1000x1000/9df78eab33525d08d6e5fb8d27136e95/p/o/por_que_agimossitenovo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.abbapress.com.br/media/catalog/product/cache/1/image/1000x1000/9df78eab33525d08d6e5fb8d27136e95/p/o/por_que_agimossitenovo.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando não estamos habituados a conversar com pessoas que não são da Psicologia, normalmente, causamos um desserviço à nossa classe em vez de esclarecer aos coisas. Isto porque somos ansioso em tentar <b>explicar de maneira</b> <b>complexa cada detalhe específico</b> que leva esta ou aquela ideia de Psicologia a não ter fundamento algum. Somos reforçados pela nossa comunidade verbal acadêmica a, muitas vezes, ser intolerantes com as dúvidas e incoerências filosóficas dos colegas. Por fim, a pessoa sai com mais dúvidas do que esclarecimentos e, isso tudo, porque não fomos <b>pragmáticos</b> ao explicar. Muitas vezes ficamos sob <b>controle </b>de estimulação aversiva do <b>comportamento verbal</b> dos amigos ao tentarmos explicar algo que, em vez de nos comportarmos <b>em</b> <b>função de esclarecer</b> o que é Psicologia, nos comportamentos <b>em função de atacar </b>(contracontrole) os argumentos do colega.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A saída que sugiro e que utilizei são (mais a frente darei modelo informal):</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<ol>
<li style="text-align: justify;"><b>Validar </b>a explicação do colega, demostrando que você compreendeu o que ele disse para prevenir que o colega se utilize de <i>mais</i> argumentos circulares para defender sua perspectiva. Caso pareça ao seu interlocutor que você não compreende seus argumentos, abre premissa para mais explicações às quais você tenta se opor. </li>
<li style="text-align: justify;">Em paralelo a estas ações, <b>questioná-lo</b> de modo amável se <i>nomear</i> um evento é o suficiente para explicá-lo.</li>
<li style="text-align: justify;">Se não ficar claro que <i>nomear</i> não é <i>explicar</i> um fenômeno, deixe claro que o comportamento que foi nomeado<b> não é a causa</b> do próprio comportamento. Normalmente, as pessoas são reforçadas a indicar o próprio comportamento como a causa em si mesmo ('ele está chorando pois está triste', mas quando perguntamos como saber se a pessoa está triste a resposta é 'ele está triste porque o vemos chorar').</li>
<li style="text-align: justify;">Esclareça que o <b>Profissional de Psicologia</b> não está interessado apenas em nomear emoções e sentimentos, <i>descrever topograficamente comportamento</i>, mas criar meios que <b>transformem </b>e <b>melhorem</b> a vida das pessoas. Uma teoria que apenas nomeia o comportamento e não dá suporte para a mudança é apenas uma <i>literatura </i>do comportamento e está muito distante do que de fato é Psicologia.</li>
</ol>
<div style="text-align: justify;">
Dando modelo informais:</div>
<div style="text-align: justify;">
<ol>
<li>"Entendi o que você quis dizer, mas posso perguntar uma coisa?"</li>
<li>"Esse cara que você leu apenas deu nomes aos comportamentos, mas de que maneira isso explica o comportamento?"</li>
<li>"Certo, essa Teoria Humoral diz que temos traços de temperamento, mas isso não seria a descrição de que maneira a pessoa se comporta em vez de causa do comportamento? [Utiliza exemplo da tristeza e do chorar] (Note que isso é uma maneira de distanciar o seu colega de uma <b>perspectiva mentalista</b> sem ter que gastar meia hora explicando o que é mentalismo)</li>
<li>"Bom, acontece que a Psicologia não tem interesse apenas em nomear os comportamentos das pessoas, temos principalmente um compromisso ético com produzir melhorias sociais e este autor com esta teoria não possibilita este tipo de tecnologia, apenas te fornece uma forma de descrever os contornos do comportamento, mas não suas causas ou como mudá-los"</li>
</ol>
<div>
Se não ficou claro ainda, a primeira parte desta postagem se focou em dar suporte teórico para quem é estudante de Psicologia compreender porque "de cara" a Teoria Humoral é desinteressante para o atual estado da Psicologia. Porém, em ambientes sociais, nossos amigos e familiares não tem interesse em ouvir uma <b>palestra enfadonha de Psicologia</b> e, sim, estão interessados em "jogar conversa fora". No entanto, em meio a "jogar conversa fora" podemos esclarecer um pouco o que é e o que faz um Psicólogo sem tornar a conversa chata e sem graça, ou mesmo, sendo grosseiro e desrespeitoso com o colega.</div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://comosougirassol.files.wordpress.com/2011/04/capa-de-gerdo-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://comosougirassol.files.wordpress.com/2011/04/capa-de-gerdo-1.jpg" height="320" width="297" /></a></div>
<div>
<br /></div>
<div>
É importante lembrar: se o colega te perguntou algo de Psicologia é porque<b> ele acredita que você tenha competência para conversar sobre o assunto</b> e tornar as coisas mais claras, mesmo que esta pessoa queira muito acreditar em uma teoria infundada... Lembremos que <b>teorias e perspectivas</b> <b>mentalistas</b> são fortemente reforçadas pela comunidade leiga e que teorias mentalistas <b>tem apelo estético e emocional </b>muito marcantes!</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Eu diria, inclusive, que aprender a explicar de maneira leve e descontraída aos amigos em mesa de bar sobre as balelas filosóficas que nos ensinam sobre o que Psicologia e o que é o psicológico seja um ótimo treino para desempenho profissional em combater <b>seguimentos de regras</b> incoerentes e <b>mentalismos</b> que impossibilitam mudança e bem-estar.</div>
<div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://img1.etsystatic.com/000/0/5140436/il_570xN.177221113.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="167" src="https://img1.etsystatic.com/000/0/5140436/il_570xN.177221113.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Até mais pessoal e FELIZ ANO ANO!</td></tr>
</tbody></table>
</div>
</div>
Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-16723387827082457242014-12-02T11:20:00.001-08:002015-12-17T15:07:20.849-08:00Uso de Capacete e Prevenção de Acidentes: pontuações comportamentais<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://imgsapp.diariodepernambuco.vrum.com.br/app/noticia_128576568202/2013/09/21/46660/20130920182219656880u.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://imgsapp.diariodepernambuco.vrum.com.br/app/noticia_128576568202/2013/09/21/46660/20130920182219656880u.jpg" height="256" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje, vamos falar um pouco mais dos motivos pelos quais costumamos não aprender ou manter <b>Repertórios Comportamentais</b> interessantes para o nosso bem-estar e para o bem-estar da comunidade. Como ilustração, falarei de um ocorrido do meu cotidiano envolvendo o uso de capacete.</div>
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Certo dia, em meio minhas atividades profissionais, uma colega de trabalho estava com uma cicatriz no queixo e perguntei o motivo. Outra colega respondeu que foi por conta de um acidente de moto, porém ela estava usando </i>capacete<i>, mas não não havia travado ele. Quando a colega com cicatriz foi saindo, a outra brincou: </i>só assim pra tu aprender a travar o capacete quanto tu vai usar, né!?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como já foi falado em outra postagem (<a href="http://principiocomportamental.blogspot.com.br/2014/04/transito-propaganda-e-o-comportamento.html" target="_blank">link</a>), somos mais sensíveis às <i>Contingências Imediatas</i> do que às <i>Contingências Atrasadas</i>, por isso é tão complicado construir intervenções que promovam <b>Comportamentos Preventivos</b> de modo eficazes. Afinal, o comportamento-problema ocorre porque há uma consequência imediata e que tal consequência deve ser reforçada por um estímulo de magnitude significativa para manutenção de sua prática.</div>
<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR1dqUHHbg5yonT5av2iGVZ71Fnq7-1IeLYnEfCGZEQwVxJ3Vnw" imageanchor="1"><img border="0" src="http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR1dqUHHbg5yonT5av2iGVZ71Fnq7-1IeLYnEfCGZEQwVxJ3Vnw" height="200" width="191" /></a><a href="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/transito/Transi26.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/transito/Transi26.jpg" height="200" width="192" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No caso do episódio do capacete, a colega profissional utilizava capacete, mas não travava como nos é orientado em função de nossa própria segurança. Após ela se expor ao <b>contexto aversivo</b>, no entanto, ela passou a travar o capacete antes de sair em sua moto. Alguns motivos pelos quais não se utiliza capacete ou mesmo não se trave ele são: <i>desconforto</i>, <i>cheiro ruim do capacete</i> (há que não saiba fazer manutenção) ou mesmo <i>não desfazer o penteado</i>. Como vemos, o uso inadequado ou não uso de capacete está relacionado a contingências de <b>Reforçamento Negativo</b>, porém, foi o mesmo tipo de contingência que instalou o repertório adequado na colega. É importante frisar, no entanto, que a contingência aversiva vivida durante o acidente era de <b>maior magnitude</b> e por este motivo sobrepujou a outra contingência de reforçamento aversivo anterior, de <b>menor magnitude</b> de estimulação aversiva.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Porém, por questão de sobrevivência, não é interessante que todos nós passemos pela contingência aversiva para aprendemos a nos esquivar das suas possíveis consequências, é preciso instalar <b>Comportamentos preventivos</b>. No entanto, o principal meio pelo qual nos utilizamos é o uso de <b>Regras</b> e, nem sempre, o uso de regras é tão efetivo quanto a exposição direta às contingências... Então, temos um dilema! (Mais na frente apresentaremos uma saída interessante)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://cache.clickcamboriu.com.br/2013/07/se-essa-rua-fosse-minha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://cache.clickcamboriu.com.br/2013/07/se-essa-rua-fosse-minha.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>ADENDO</b>: Durante uma pesquisa sobre avaliação neuropsicológica a partir da perspectiva analítico-comportamental na cidade de Sobral - CE, os colegas pesquisadores perceberam que, apesar de os acidentados sofrerem Traumatismo Craniano Encefálico (TCE), ou seja, <b>se expuseram violentamente ao contexto aversivo</b>, muitos deles estavam sendo atendidos pela <b>segunda vez</b> na ala de emergência por uso imprudente de moto no trânsito. Ou seja, temos um dado interessante, mas que precisa de dados mais contundentes, que a simples exposição ao contexto aversivo não é o suficiente para instalar um repertório de esquiva/prevenção de acidentes.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCMeauP2xIUKZFg2tcwtUFXBZiF77vq7E5rASpXGzWy-_yw-xDNAUCNHeIPLTYD_WG4nI55SRedRnL3_hO60pGE_Rpmq7OtlZEKZG9JPk2XT4JEck1nrwDVYnMl-chKACfKGN7QQa7HFE/s1600/Teimosia+de+Tauriuno_Eduardo+Acacio.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="241" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCMeauP2xIUKZFg2tcwtUFXBZiF77vq7E5rASpXGzWy-_yw-xDNAUCNHeIPLTYD_WG4nI55SRedRnL3_hO60pGE_Rpmq7OtlZEKZG9JPk2XT4JEck1nrwDVYnMl-chKACfKGN7QQa7HFE/s1600/Teimosia+de+Tauriuno_Eduardo+Acacio.png" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Povo cabeça-dura né?!</b></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Quanto ao <b>Comportamento Verbal</b>, ele é emitido pela comunidade tem valor significativo para a nossa sobrevivência individual e cultural <i>quando descreve de maneira precisa as contingências e prescreve comportamentos adequados</i> e, assim, não precisamos nos expor diretamente a um <b>contexto aversivo </b>para aprendemos que é melhor evitá-lo. Por exemplo, o uso de símbolo de caveira para sinalizar que não devemos ingerir determinado produto. No entanto, muitas das vezes a simples emissão de uma <b>Regra</b> (comportamento verbal) não é o suficiente para que nós nos engajemos em um comportamento interessante para nossa sobrevivência ou bem-estar, principalmente se há outras variáveis anteriores a intervenção que já mantêm o comportamento inadequado. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://whosnerd.com/wp-content/uploads/2012/05/igor_queiroz_as_cronicas_de_gelo_e_fogo_daenerys_targaryen.10.05.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://whosnerd.com/wp-content/uploads/2012/05/igor_queiroz_as_cronicas_de_gelo_e_fogo_daenerys_targaryen.10.05.jpg" height="320" width="210" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i><b>"Palavras são vento"</b></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Além disso, muitas vezes as consequências que manterão o comportamento controlado por regras são muito atrasadas e carecemos de outros meios de reforçamento imediato que promovam a manutenção deste repertório. Muitas vezes a contingência imediata utilizada é o <b>Controle Ético da Comunidade. </b>Porém, este controle ético se faz principalmente por meio de <b>Controle Aversivo</b>, como o uso de multas e perca de pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Assim, o controle aversivo tem efeitos colaterais, e dentre eles poderá gerar comportamentos de <b>Contracontrole</b>, como diminuir velocidade apenas quando estiver próximo a um radar eletrônico ou, mesmo, informando aos amigos sem CNH onde estão ocorrendo Blitz.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<a href="http://bvsms.saude.gov.br/bvs/cartazes/grandes/ca0428g.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://bvsms.saude.gov.br/bvs/cartazes/grandes/ca0428g.jpg" height="640" width="419" /></a></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bom, e o que podemos fazer se a exposição as contingências pode ser fatal ou incapacitante e o uso de regras é de baixa eficácia? A resposta que propomos é o ensino do uso de capacete e outros comportamentos adequados no trânsito em terna idade por meio de <b>Atividades Lúdicas</b>. Porém, o planejamento destas atividades devem levar em conta quais são os principais comportamentos a serem treinados, se o comportamento pode ser decomposto em outras atividades menores, se há possibilidade de planejar e desenvolver as atividades em tempo hábil no seu contexto de trabalho e se há possibilidade de treinar tais habilidades em contextos mais próximos das contingências a que as crianças se exporão no futuro, como atravessar na faixa de pedestres.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Por exemplo,</b> criar uma cidade com ruas fictícias na quadra da escola e brincar de <i>trânsito</i> ou que as crianças são super-heróis que usam capacetes, como <i>Power Ranger</i>, ou que são pilotos profissionais de <i>Formula 1</i> ou de <i>Motocross</i>, posto que, pressupomos que sejam modelos de comportamentos reforçadores.</div>
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<br /></div>
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<a href="http://www.prosportstickers.com/product_images/i/woody_woodpecker_in_car_sticker__91792.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.prosportstickers.com/product_images/i/woody_woodpecker_in_car_sticker__91792.jpg" height="190" width="200" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicC82iWBlVWblU8NuE8-x2-bFM9XADOTrmoRQLBV_UY3Shbl_2Q5TysqzQ_MtEDuF7tAgUCMbounZNxIiVkhm-lXF0-5acbId0Wm33FIDIruaAVIJo0OBvbI_TRoBFRJU5GxRMWmJQgFZv/s1600/Power-Rangers-Red-Ranger.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicC82iWBlVWblU8NuE8-x2-bFM9XADOTrmoRQLBV_UY3Shbl_2Q5TysqzQ_MtEDuF7tAgUCMbounZNxIiVkhm-lXF0-5acbId0Wm33FIDIruaAVIJo0OBvbI_TRoBFRJU5GxRMWmJQgFZv/s1600/Power-Rangers-Red-Ranger.gif" width="130" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acredito que tais atividades sejam bem operacionalizáveis em ambientes <b>Escolar</b> e de <b>Assistência Social</b>, nos Centros de Referência de Assistência Social, talvez com o recorte de uma <i>Semana do Trânsito</i>. Para finalizar, segue algumas imagens retiradas do Google Images:</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEiGxQ42wZ7U9dX5DWRaFnNM116h7JKuc6bMhXYrNWfoqkLKw_JIty2tGJzWvBpVa6fnPqN4R6_HDqF_LAFa6oiP21jFmowD79KxweoEar69__MITEhcbVsb9VZThITw5a5IbxWwz7fGKr-O-NczWuHWz0KvR-AJMeL0Yg=" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.pucpr.br/arquivosUpload/5388793051348858128.jpg" height="212" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.diarioregional.com.br/wp-content/uploads/2013/10/ensino_transito_ribeirao_pires.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.diarioregional.com.br/wp-content/uploads/2013/10/ensino_transito_ribeirao_pires.jpg" height="208" width="320" /></a></div>
</div>
<!-- Blogger automated replacement: "https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEiGxQ42wZ7U9dX5DWRaFnNM116h7JKuc6bMhXYrNWfoqkLKw_JIty2tGJzWvBpVa6fnPqN4R6_HDqF_LAFa6oiP21jFmowD79KxweoEar69__MITEhcbVsb9VZThITw5a5IbxWwz7fGKr-O-NczWuHWz0KvR-AJMeL0Yg=" with "https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEiGxQ42wZ7U9dX5DWRaFnNM116h7JKuc6bMhXYrNWfoqkLKw_JIty2tGJzWvBpVa6fnPqN4R6_HDqF_LAFa6oiP21jFmowD79KxweoEar69__MITEhcbVsb9VZThITw5a5IbxWwz7fGKr-O-NczWuHWz0KvR-AJMeL0Yg=" --><!-- Blogger automated replacement: "https://images-blogger-opensocial.googleusercontent.com/gadgets/proxy?url=http%3A%2F%2Fwww.pucpr.br%2FarquivosUpload%2F5388793051348858128.jpg&container=blogger&gadget=a&rewriteMime=image%2F*" with "https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEiGxQ42wZ7U9dX5DWRaFnNM116h7JKuc6bMhXYrNWfoqkLKw_JIty2tGJzWvBpVa6fnPqN4R6_HDqF_LAFa6oiP21jFmowD79KxweoEar69__MITEhcbVsb9VZThITw5a5IbxWwz7fGKr-O-NczWuHWz0KvR-AJMeL0Yg=" -->Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-5278965505409589382014-11-25T16:10:00.000-08:002015-02-12T12:16:25.765-08:00RPG e Análise do Comportamento - Parte 2<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo5Gv4KLm03qEAyP65KTOGBCYMKlqYktF6e3UyLecUYmrNdjoy5cAsd7DJhwVnjuRajrQQhRPrprPWNnCI0Qo3bt83-lcQfuOXmwFzWlahNk6HunaCk_Ocod_NT-0JqugdbWMxAABB0zI/s1600/GrupoRPG.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo5Gv4KLm03qEAyP65KTOGBCYMKlqYktF6e3UyLecUYmrNdjoy5cAsd7DJhwVnjuRajrQQhRPrprPWNnCI0Qo3bt83-lcQfuOXmwFzWlahNk6HunaCk_Ocod_NT-0JqugdbWMxAABB0zI/s1600/GrupoRPG.jpg" height="285" width="400" /></a></div>
<br />
Hoje tentaremos responder a questão feita no <a href="http://ask.fm/PrincipiosComportamentais" target="_blank">Ask</a>. A pergunta em questão busca saber qual meu ponto de vista sobre o uso de <i>Role Play Games</i> envolvendo a <b>Prática Analítico-Comportamental</b>. Apesar da demora em responder a questão de modo preciso ao que foi perguntado, espero que seja uma leitura proveitosa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<a name='more'></a>Como foi dito na postagem anterior (<a href="http://principiocomportamental.blogspot.com.br/2014/10/rpg-e-analise-do-comportamento-parte-1.html" target="_blank">link</a>), quando jogamos RPG o principal contexto ao qual respondemos é <b>social</b> por meio de <b>Comportamentos Verbais</b>. Ora o comportamento verbal de um jogador desempenhará função de <b>Estímulo Discriminativo</b>, ora desempenhará função de <b>Reforço</b> ou <b>Punição </b>para determinada <i>ação do personagem</i> (comportamento verbal de outro jogador).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por exemplo, em uma descrição de uma masmorra feita pelo mestre será <i>contexto </i>(comportamento verbal como <b>estímulo discriminativo</b>) para a <i>ação</i> que um personagem de um jogador fará (<b>comportamento verbal</b>). Se, no caso, a masmorra estiver totalmente no escuro, é provável que o jogador dirá que seu personagem vai acender uma tocha para iluminar o ambiente e seguirem viagem.</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA70BzmVJBpexEU20WFx-mebKa7VJK5nPRtc2hWoSxHssBN2fD-IeKKHGoW-sVYz_Ch_S9kxTdjAfJ5uSPJP5bg03_K2B3XhOprUwqvF_aw6p2aKBywi4ofP1ZxVYNwMJkGHDpgkJvEqQ/s1600/mice.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA70BzmVJBpexEU20WFx-mebKa7VJK5nPRtc2hWoSxHssBN2fD-IeKKHGoW-sVYz_Ch_S9kxTdjAfJ5uSPJP5bg03_K2B3XhOprUwqvF_aw6p2aKBywi4ofP1ZxVYNwMJkGHDpgkJvEqQ/s1600/mice.jpg" height="190" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por sua vez, o jogador declarar que seu personagem acenderá uma tocha (<b>comportamento verbal</b>) e, <i>consequentemente</i>, o mestre descreve mais detalhes da masmorra ou revela perigos e tesouros (comportamento verbal como <b>consequência </b>para o comportamento verbal de outro jogador).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Desta maneira, percebemos que a partir de nossos <b>Comportamentos Verbais</b> podemos fazer com que outra pessoa <b>veja na ausência da coisa vista</b>. No caso do RPG muitas das descrições, porém, serão sobre seres que <i>não existem</i> para além da ficção e, assim, termos a impressão que há uma <i>fuga da realidade</i>. Porém, analisando de modo behaviorista radical, não ocorre uma fuga da realidade. O que acontece é que passamos a <b>nos comportar em função de determinado</b> <b>Controle de Estímulo</b> que foi emitido por outra pessoa <b>por meio de Comportamento Verbal</b>. Ao nos comportarmos em função do comportamento verbal de outra pessoa, não devemos considerar que isto seja <i>fugir da realidade</i>, caso contrário, qualquer conversa poderia ser tratada como tal, inclusive se você imaginar neste momento uma bola azul flutuando a sua frente... Esse imaginar seria uma fuga da realidade, mas é apenas você se comportando sob controle de meu comportamento verbal!</div>
<div style="text-align: justify;">
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSDr1Iw8jXx7cJgL-sEcHM5bcXBmlaXuUaE_Y998actLHDY9kFChtWkJelHajKw3WPer4nynpitTCyw1zgjJ9vBIsX75ZkH5-jb5Wqz3V8iA3SYK5TrWO03E3mJAugq64WclqyM6sAzwk/s1600/Universum.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSDr1Iw8jXx7cJgL-sEcHM5bcXBmlaXuUaE_Y998actLHDY9kFChtWkJelHajKw3WPer4nynpitTCyw1zgjJ9vBIsX75ZkH5-jb5Wqz3V8iA3SYK5TrWO03E3mJAugq64WclqyM6sAzwk/s1600/Universum.jpg" height="311" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que podemos considerar em Análise do Comportamento como <b>fuga da realidade</b> são comportamentos que são emitidos de maneira incoerente aos estímulos ambientais dispostos pela <b>comunidade verbal</b>. Não existe uma realidade dada, uma realidade última. Aprendemos a nos relacionar de modo singular com o mundo que nos cerca por meio do <b>controle social</b>. Por exemplo, o sentimento <i>saudade</i> é uma emoção brasileira, não existe nos Estados Unidos. Nós brasileiros aprendemos a sentir saudades, estados-unidenses não. Isso não significa que não possamos comunicar a eles o que é saudade ou mesmo ensiná-los a discriminar estes respondentes emocionais por meio de <b>reforço diferencial</b>. Nossa comunidade verbal, assim, valida descrições verbais sobre o mundo e o que é real neste mundo. (Para deixar mais claro esta questão, indico que assistam ao filme <i>A Vila</i> como analogia didática sobre a questão pragmática do real: <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Vila" target="_blank">link</a>)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No entanto, mesmo <b>Comportamentos Delirantes</b> não ocorrem do nada, desprendidos da <i>realidade</i>. Esta noção de que um delírio ocorre do nada é prática da cultura verbal mentalista, na qual se atribuía que a descrição de determinados fatos incompatíveis com as descrições estabelecidas culturalmente só poderia ter <i>vindo de uma mente perturbada</i>, posto a falta de tecnologias mais acuradas do comportamento humano. Assim, Comportamento Delirante também tem um <b>Histórico de Reforçamento </b>e um <b>Treino Discriminativo</b> no qual um organismo foi exposto. Muitos comportamento delirantes tem relação com os comportamentos de <i>ver na ausência da coisa vista</i> e de controle verbal de comportamentos. Muitas das contingências que controlam o comportamento de delirar são <b>estímulos encobertos</b>, sendo apenas o organismo que se comporta sensível a estas determinadas variáveis. Como a <b>comunidade verbal </b>não está sob controle destes <b>estímulos sutis</b>, para ela, não haveria explicações factuais (dados concretos coerentes) para os comportamentos delirantes.<br />
<br />
Assim, para a comunidade verbal, estes comportamentos seriam uma forma de <i>fuga da realidade</i>. Mas, como vemos, são comportamentos iguais a qualquer outro, só que <b>estão sobre controle de estímulos sutis, os quais os demais membros da comunidade verbal não tem acesso</b>. Bom, no RPG, no entanto, a comunidade verbal valida as relações verbais pragmáticas com este "mundo imaginário" dos jogos...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR70c0UOvGlzDH2NvfUmejRfCxDwnxh_GcqmtB8SPxE8l9rKT13Mo7sy-XpT2gnwWaU_XiHA2g9ZLncDzmySfKKFyvy_v6BDPazHDg5lrbxStKkAk-8NTyxij-s6-YtCfJx6d57WPtM5A/s1600/ok+ne.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR70c0UOvGlzDH2NvfUmejRfCxDwnxh_GcqmtB8SPxE8l9rKT13Mo7sy-XpT2gnwWaU_XiHA2g9ZLncDzmySfKKFyvy_v6BDPazHDg5lrbxStKkAk-8NTyxij-s6-YtCfJx6d57WPtM5A/s1600/ok+ne.jpg" height="365" width="400" /></a></div>
<br />
Voltando aos <b>comportamentos delirantes</b>, parafraseando a música dos Mutantes: <i>Eu juro que é melhor não ser um normal se eu posso pensar que Deus sou eu...</i> Todo comportamento tem consequências que os mantêm, seja por <b>reforçamento negativo</b> ou <b>reforçamento positivo</b>, do contrário não se manteriam. De tal maneira, comportamentos delirantes são emitidos porque produzem consequências, têm função. Os comportamentos delirantes não dependem apenas de um controle de estímulo sutil, ele tem uma função, ele tem um histórico de contingências de reforço que o selecionaram (do mesmo modo como selecionam as práticas culturais RPGísticas).<br />
<i><br /></i>
E, bom, talvez aqui nos encontremos em melhor sintonia com a pergunta. RPG nos possibilita treinar algumas <b>Habilidades Sociais</b>. Neste caso, as habilidades sociais podem ser treinadas tanto por Modelagem como por Modelação.<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7Hh6O6oUhSAiFMw99u-EIkY1PXIk3o7Z52dgkV4TMbHuF05T0jv-wj8QVXm4Y3gK8a8VFAWlct5g7Je9CY8KR8eAM0fyELuBB_ams55e-opJMp1z0Moq-DnCuYbidPTjey4a1R5Tr-10/s1600/RPG_Class_Peices_by_Knickolaus.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7Hh6O6oUhSAiFMw99u-EIkY1PXIk3o7Z52dgkV4TMbHuF05T0jv-wj8QVXm4Y3gK8a8VFAWlct5g7Je9CY8KR8eAM0fyELuBB_ams55e-opJMp1z0Moq-DnCuYbidPTjey4a1R5Tr-10/s1600/RPG_Class_Peices_by_Knickolaus.png" height="220" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
No caso da <b>Modelagem</b> o comportamento será construído a partir da tentativa e erro. Por exemplo, um jogador novato e tímido, no decorrer das sessões, podem ir lentamente desenvolvendo suas interpretações de maneira mais divertida e a partir da forma como ele se comporta o grupo vai dando <i>feedback</i> adequado. Já na <b>Modelação</b>, o jogador segue um modelo de comportamento que pode ser verbal ou não verbal. Por exemplo, Elfos são seres que não existem de fato, são apenas conhecidos por meio de suas descrições verbais e a partir delas podemos nos comportar de acordo como a comunidade entende que um Elfo se comportaria (do popula, elfos só existem na literatura). Outro exemplo, podemos assistir a um filme da Era Medieval e seguir o modelo de um cavaleiro, utilizando inclusive frases feitas, e na medida em que estes modelos seguidos forem ou não reforçados pela comunidade verbal, este repertório se manterá no contexto do jogo.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioDIDLy4HFq_UuUcjxgUzhPltBuO2IeYEVCEDZP41A960F6gWwaXJ4LKAjCG_krw6jtYCRnUkMAyX2rD66DpdBdRZmUYKPbzv4VRAQ9qsKjxvnsx9CLXMkeoFSmNZimvWMvsIFIYUBCDc/s1600/X+Snoop.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioDIDLy4HFq_UuUcjxgUzhPltBuO2IeYEVCEDZP41A960F6gWwaXJ4LKAjCG_krw6jtYCRnUkMAyX2rD66DpdBdRZmUYKPbzv4VRAQ9qsKjxvnsx9CLXMkeoFSmNZimvWMvsIFIYUBCDc/s1600/X+Snoop.jpg" height="257" width="400" /></a></div>
<br />
E, melhor ainda, tanto os <b>Repertórios Comportamentais</b> treinados, seja por modelagem ou modelação, podem ser emitidos em outros contexto e funcionarem de maneira adequada. É exatamente neste ponto que há maior proximidade entre uma técnica comportamental específica: <b>Ensaio Comportamental</b>. Em resumo, o Ensaio Comportamental diz respeito a seleção de contextos interpessoais que um cliente deseja aprender ou melhorar e a <b>audiência não-punitiva</b> do terapeuta ajudará o cliente a ter um <i>feedback</i> adequado do seu repertório comportamental e, futuramente, estes comportamentos são utilizado fora do <i>setting</i> terapêutico.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPMpNz9cYUpFzxgRB6yPWvFzMJ80kPOjz51HRGm4M7GNZCGyHMmijMd7qg2zxMm2TdYP-MK7oDD4w_dZDrTHKrPztLA1SOTW-lRKg7NdvpZwxJGUzlK5_2AH9VT0pq8FWulcUdmiNtkek/s1600/Vampire.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPMpNz9cYUpFzxgRB6yPWvFzMJ80kPOjz51HRGm4M7GNZCGyHMmijMd7qg2zxMm2TdYP-MK7oDD4w_dZDrTHKrPztLA1SOTW-lRKg7NdvpZwxJGUzlK5_2AH9VT0pq8FWulcUdmiNtkek/s1600/Vampire.jpg" height="267" width="400" /></a></div>
<br />
De maneira análoga, as sessões de RPG poderiam funcionar como um <b>ambiente social</b> <i>menos aversivo</i> e <i>mais reforçador</i> do que em outros contextos sociais, possibilitando a emissão e manutenção de <b>novos repertórios comportamentais</b> e, após seu estabelecimento de maneira consistente, ser <b>Generalizado</b> para demais contextos sociais. RPG também pode servir para instalar comportamentos educacionais ou relevantes para educação, promover Cultura de Paz, etc. A utilização de RPG na prática analítico-comportamental dependerá do seu contexto e objetivos relevantes e é importante avaliar se não existiriam outras estratégias mais eficazes do que adaptar RPG para atuação profissional.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://luzdameianoite.files.wordpress.com/2009/04/mesa-de-rpg-oriental.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://luzdameianoite.files.wordpress.com/2009/04/mesa-de-rpg-oriental.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<br />
Agora, para não parecer que fugir da realidade seja algo ruim, já que falamos um pouco sobre comportamentos delirantes. Às vezes, assim como na literatura, filmes e revistas em quadrinhos, o RPG pode servir como um ambiente menos aversivo do que os demais a que se está exposto diariamente. De tal maneira, o RPG se torna uma saída, um meio pelo qual o organismo obtêm reforços naturais e arbitrários que não seriam possíveis em outros ambientes. Por este motivo, algumas boas <b>atividades lúdicas bem planejadas</b> em <b>ambientes hospitalares</b> possibilitam melhorias em crianças internadas. Isto porque <b>modificamos o ambiente</b> a que elas estão A todo momento elas estão expostas a um ambiente aversivo (monótono, cheio de protocolos, sem televisão, com redução de mobilidade física, em caso de uso de soros ou outros recursos médicos, etc.), seu próprio organismo emite respostas desagradáveis (dores, por exemplo), e a possibilidade de <b>gerar reforçadores por meio de jogos interpretativos/lúdicos</b> poderá promover um ambiente mais saudável e acolhedor para estas crianças acamadas. É por este motivo que ações como as do Patch Adams e os Doutores da Alegria serem bem sucedidas. (Futuramente, conversaremos sobre <b>esquiva experiencial</b>)<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcgEgvkJUmUW4JEBy6c2QcHfvJy3JGTBDqcE0AmNrz3aKWncpId4HJTODnZN-HxLVJtZ9Rrx7CWNi2sLweaE-4mhCcedpg7zHYIfLDy7VJURacPPGJZIbOkMmY_BeIqJEsBohGaRY-cXs/s1600/patch-adams.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcgEgvkJUmUW4JEBy6c2QcHfvJy3JGTBDqcE0AmNrz3aKWncpId4HJTODnZN-HxLVJtZ9Rrx7CWNi2sLweaE-4mhCcedpg7zHYIfLDy7VJURacPPGJZIbOkMmY_BeIqJEsBohGaRY-cXs/s1600/patch-adams.jpg" height="210" width="320" /></a></div>
<br />
Ou seja,<b> fugir da realidade</b> não é algo bom nem ruim. Assim como qualquer comportamento, fugir da realidade será bom ou ruim dependendo do <b>contexto</b> em que está inserida e que <b>consequências </b>trazem aos sujeitos ou a seus pares.<br />
<br />
Sendo assim, e mais uma vez parafraseando os Mutantes: <i>Mas louco é quem me diz que não é Feliz!</i></div>
Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-34467004470148590392014-11-04T20:35:00.000-08:002015-12-17T15:05:57.820-08:00Autocontrole, Liberdade e Análise do Comportamento<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWM0vfGvnT-xuC5QeWbT5KFMZvW0qA-ueK7zL33ebqzbO0kjzzhGsJoZgXI6xMgo0upOWk9N3C8U5dbed8Du3-UlJSWpTDIqxYGmAD3uBlXQJA9tS5RtXIcp2v1YGJ3V-rKBdpuOcRyow/s1600/TemploChines.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWM0vfGvnT-xuC5QeWbT5KFMZvW0qA-ueK7zL33ebqzbO0kjzzhGsJoZgXI6xMgo0upOWk9N3C8U5dbed8Du3-UlJSWpTDIqxYGmAD3uBlXQJA9tS5RtXIcp2v1YGJ3V-rKBdpuOcRyow/s1600/TemploChines.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Reli a postagem anterior sobre <b>Liberdade</b> e percebi que ela talvez tenha ficado um pouco confusa pelo fato de que escrevi pressupondo que o leitor tivesse conhecimento mínimo do texto de <b>W. Baum</b> sobre liberdade em seu livro <i>Compreender o Behaviorismo</i>.<br />
<br />
Deste modo, tentarei explicar de modo um pouco mais detalhado o que eu quis dizer e aproveitar a oportunidade para falar do conceito de <b>Autocontrole</b> em Análise do Comportamento.<br />
<br />
<a name='more'></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl_tmv5Nvq0wN9LflxdbCLBAE_8jPE78CRttUywZODLmIaxPga77WnksfahNyjO_C0ajqKAdACus8_eSyWYvi0zO_e3SDjBPDkodb5XqEnlwhgXtTpI9sSbMGTr9bH0NO_zuvh5-IR7l8/s1600/Liberdade.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl_tmv5Nvq0wN9LflxdbCLBAE_8jPE78CRttUywZODLmIaxPga77WnksfahNyjO_C0ajqKAdACus8_eSyWYvi0zO_e3SDjBPDkodb5XqEnlwhgXtTpI9sSbMGTr9bH0NO_zuvh5-IR7l8/s1600/Liberdade.jpg" width="300" /></a></div>
<b><br /></b>
<b>Ainda sobre Liberdade:</b></div>
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Quando falo que o parâmetro para dizer que o contexto é ou não de liberdade não depende somente dos <b>respondentes emocionais</b> de prazer significa que existem situações em que estamos sobre <b>controle de condições aversivas</b> e o que sentimos é alívio e não prazer. Frisamos aqui este ponto: existem pessoas que viveram tanto sobre <b>controle aversivo</b> e não por <b>reforçamento positivo</b> que elas confundem a sensação de prazer com alívio, pois em sua história de vida não aprenderam a <b>discriminar </b>que contextos geravam respondentes de fato prazerosos (<i>reforçados positivamente</i>) e em que contextos geravam apenas alívio (<i>reforçados negativo</i>).</div>
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<br /></div>
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Ou seja, para o Analista do Comportamento viver sob <b>reforçamento negativo</b>, fuga/esquiva ou outras estratégia de remediação de aversivos, não é sinônimo de bem-estar e liberdade.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitOJiD6dZrXeYP0kRXTA5nHwvIjtxQlpsTBYT-ZC11cl5DIKxAoZoDuRhmROA2S57Rh9BoQVPSsCh6lVR5sZ51Kk0pvKWC2CfCw6_yK3GlrBKUULnMpYoMMHvFuM5ROehLgJNtY9RoTHw/s1600/mariogusta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="290" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitOJiD6dZrXeYP0kRXTA5nHwvIjtxQlpsTBYT-ZC11cl5DIKxAoZoDuRhmROA2S57Rh9BoQVPSsCh6lVR5sZ51Kk0pvKWC2CfCw6_yK3GlrBKUULnMpYoMMHvFuM5ROehLgJNtY9RoTHw/s1600/mariogusta.jpg" width="400" /></a></div>
<br /></div>
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O conceito omitido na postagem anterior sobre o porquê de mesmo estando sob <b>controle de reforçamento positivo </b>não podemos dizer que seja uma condição de liberdade é <b>Armadilha de Reforço</b>. Baum nos apresenta em seu livro, já citado, que em muitos contextos do nosso dia a dia estamos expostos a <b>contingências reforçadoras a curto prazo, mas que a longo prazo geram problemas</b> muitas vezes irremediáveis. Por isso, é importante aprender a controlar as contingências que nos controlam em prol de melhorias a longo prazo, não visando apenas o curto prazo. (Aqui entra em cena o repertório de autocontrole...)</div>
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<br /></div>
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Ou seja, para o Analista do Comportamento alguém viver sob <b>reforçamento positivo a curto</b>, mas que a longo prazo gere malefícios aos sujeitos é uma condição de escravidão feliz, é uma <b>Armadilha de Reforço</b>. Não estamos inteiramente livres se há possibilidade de punição a longo prazo.<br />
<br /></div>
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<a href="http://www.aguanaboca.org/wp-content/uploads/2014/01/chocolate.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.aguanaboca.org/wp-content/uploads/2014/01/chocolate.jpg" height="227" width="400" /></a></div>
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</div>
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Apesar de que defendemos que a vida é mais feliz, livre e saudável se todos dispuséssemos de ferramentas e aderíssemos ao uso de reforçamento positivo, infelizmente nosso universo sempre poderá nos apresentar condições aversivas como doenças, privações e a própria morte. Uma sociedade baseada em um controle social por meio de <b>Reforço Positivo</b> é uma <b>Utopia</b> necessária para o planejamento social de novas práticas a partir do viés de Análise do Comportamento, é o nosso <i>Sonho de Liberdade</i>!</div>
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<br /></div>
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Uma contexto especial, porém, em que controle aversivo pode gerar sim sensação de liberdade e acesso a reforços positivos a curto e longo prazo são os contextos em que há <b>Contracontrole</b>! O contracontrole ocorre em <b>contextos sociais</b> em que governantes ou gestores (ou qualquer forma desigual de poder social) excedem o <b>controle aversivo </b>e isso ocasiona revoltas e revoluções. Estas revoltas ou revoluções em busca de melhorias sociais ou minimizar o fator aversivo, como por exemplo o uso de vinagre na tentativa de minimizar o ardor dos olho, podem ser tidas como momentos de <b>Liberdade/Contracontrole</b>! São momentos em que pessoas buscam modificar condições que controlam seus comportamentos de maneira aversiva em prol do seu bem-estar.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCMEYpAfdextOaDbjF_3Lxp9mAhFfFotrsI0-gmgDUwy0lJU912XjJMGAIeHV34_pqYVDj8lyh-Bo1T15PHWhxwz_TBogmCyLd2dndRlwgMTA7McjgVQKfGqd-pvkrNSh0JR9t2VjPic4/s1600/Sele%C3%A7%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="273" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCMEYpAfdextOaDbjF_3Lxp9mAhFfFotrsI0-gmgDUwy0lJU912XjJMGAIeHV34_pqYVDj8lyh-Bo1T15PHWhxwz_TBogmCyLd2dndRlwgMTA7McjgVQKfGqd-pvkrNSh0JR9t2VjPic4/s1600/Sele%C3%A7%C3%A3o.jpg" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
</div>
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Ou seja, lutar por melhorias sociais por meio de <b>Contracontole</b> são medidas de <b>Liberdade</b>. No entanto, não estamos aqui defendendo o uso de violência contra violência. Muito pelo contrário, seria mais interessante meios de <b>Contracontrole</b> em que envolva uso de não-violência, como o caso da <b>Desobediência Civil</b>. Dou ênfase a esta fala porque na maioria dos exemplos experimentais envolvem comportamentos operantes que podemos chamar de agressividade!</div>
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<br /></div>
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<b>Uma breve discussão:</b> se não ficou claro ainda, <b>Liberdade em Análise do Comportamento</b> está relacionado a possibilidade de mudar sua vida, as condições de vida em que estamos inseridos, a possibilidade de mudar a nossa cultura. Tentando dialogar com as <i>Filosofias Existenciais</i>: a Análise do Comportamento concorda, ao seu modo, que ser livre é ser responsável pelas condições que controlam seu comportamento, é responsável pelas consequências de seus comportamentos, é ser responsável pela sua vida e suas escolhas.<br />
<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjePVN4yZ5EjG6V_gwWBZHDnqkaumLsejZ78o8SQhdvu0b3rWvTWr4E1fkQnUpqpMQU5O79DfM-q0jxjhmOQ8U6pf55ifKIbJ4QmRrMd4__OOiqajh4oUECxrKeMgUwmftS2qR5E2YNiHE/s1600/Improviso.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="293" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjePVN4yZ5EjG6V_gwWBZHDnqkaumLsejZ78o8SQhdvu0b3rWvTWr4E1fkQnUpqpMQU5O79DfM-q0jxjhmOQ8U6pf55ifKIbJ4QmRrMd4__OOiqajh4oUECxrKeMgUwmftS2qR5E2YNiHE/s1600/Improviso.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<b>Uma pontuação importante:</b> o analista do comportamento não advoga em favor do excesso de autocontrole, nem advoga em favor da inexistências de controle ético da comunidade em prol do bem-estar coletivo/individual. Haverão contextos em que o problema da pessoa seja o <b>excesso de autocontrole </b>e nosso trabalho será fazer com que o sujeito viva melhor em função das contingências ao invés de <b>comportamentos controlados por regras</b>. Do mesmo modo, haverão casos em que o sujeito precisará aprender ou melhorar seu repertório comportamental de autocontrole, senão ele sucumbirá com problemas a longo prazo, como obesidade mórbida por exemplo. </div>
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<br /></div>
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Nós <b>Behavioristas Radicais</b> não somos adeptos de uma teoria psicológica binária em que ou controle é bom, ou controle é ruim, liberdade é bom ou é ruim, controle social é bom ou é ruim. Todo e qualquer problema individual ou social deve ser visto a partir das <b>Análises Funcionais</b> e não de parâmetros anteriores a análise, normalmente atreladas ao senso comum!</div>
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<br />
Finalizando:<b> </b>fui curiar a dissertação da<b> Luana Flor</b> (<a href="http://www.ip.usp.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=3467%3Aos-usos-do-termo-qliberdadeq-no-anarquismo-de-bakunin-e-no-behaviorismo-radical-de-skinner-2152012&catid=313%3Adefesas&Itemid=178&lang=pt" target="_blank">link</a>). Em sua dissertação ela apresenta que <b>Alexandre Dittrich</b> defende que, na visão skinneriana, podemos compreender <b>Liberdade</b> como: <i>autoconhecimento</i>, <i>contracontrole </i>e <i>sentimento</i>.<br />
<br />
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<a href="http://images.elephantjournal.com/wp-content/uploads/2012/05/yogi-hulk-diffuse-anger.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://images.elephantjournal.com/wp-content/uploads/2012/05/yogi-hulk-diffuse-anger.gif" height="316" width="320" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b>
<b>E o</b> <b>Autocontrole:</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
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Em Análise do Comportamento, fugimos a noção de que para fazermos algo ou permanecermos fazendo algo necessitamos de "<i>força de vontade</i>" posto que é um construtor teórico que descreve um fenômeno, mas não explica o fenômeno de modo que possamos modificá-lo. Força de vontade, a que o senso comum se refere, seria um <b>mentalismo</b>, uma força metafísica que algumas pessoas teriam mais e outras não que influenciariam no comportamento. Porém, estas explicações beiram ao misticismo e devemos nos pautar em explicações eticamente coerentes, no caso, em explicações científicas.<br />
<br />
Sendo assim, podemos definir <b>Autocontrole</b> como sendo a capacidade de <b>discriminarmos</b> os contextos que controlam nosso comportamento e <b>modificá-los</b> para que ocorram mudanças comportamentais. Autocontrole é comportamento operante, logo, pode ser aprendido, diferentemente o que prega o senso comum de que autocontrole (<i>força de vontade</i>) é tratado como característica inata.<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaOgWSomtCLPpzC7dgvviVzg36v8kjvTAJDylsiHaaBTZi2Hnzy-nAF2HHkUtkm4-1Rg8JcsJsXMvlmm18CXpw_8h87h1gsMH7ttWTZDacQiqDOAGJBraKFtXp9wkomXRoLifTzCJNDCg/s1600/C%C3%A3o+Yoga.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaOgWSomtCLPpzC7dgvviVzg36v8kjvTAJDylsiHaaBTZi2Hnzy-nAF2HHkUtkm4-1Rg8JcsJsXMvlmm18CXpw_8h87h1gsMH7ttWTZDacQiqDOAGJBraKFtXp9wkomXRoLifTzCJNDCg/s1600/C%C3%A3o+Yoga.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Para desenvolvermos o repertório de Autocontrole é preciso que façamos uma <b>Auto-observação </b>de nossos comportamento buscando compreender <i>em que contextos </i>ocorre, <i>quando </i>ocorre, com que <i>frequência</i> e suas <i>consequências</i> a curto e longo prazo. Após este breve levantamento de dados, é preciso que façamos uma <b>Auto-avaliação</b> sobre que contingências exercem maior ou menor controle sobre nosso comportamento, levando em consideração as variáveis anteriores expostas. E em terceiro lugar, promovermos contingências de <b>Auto-reforçamento</b> que modifiquem a probabilidade de comportamentos incompatíveis com o comportamento indesejado passe a ocorrer com maior frequência.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<b>Por exemplo:</b> digamos que, quando chega final de semestre, você engorde com facilidade. No decorrer dos semestres da faculdade você percebe esta regularidade e decide mudar. Você então <b>observa</b> que momentos você sente mais fome. A partir das observações, você <b>avaliou</b> que sente mais fome quando é véspera de prova. Possivelmente você como como forma de diminuir os respondentes aversivos de ansiedade. Você também percebeu que come menos quando estuda na presença de amigos da faculdade, pois eles promovem outros contextos que minimizam o aversivo da ansiedade. Você promove um <b>ajuste nas contingências</b> convidando amigos para estudar com você e, assim, diminui o índice de alimentação compulsiva.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Sendo assim, temos uma <b>Resposta Controladora</b> que modificará algo no ambiente. No exemplo acima foi convidar amigos para estudar junto. E tempos a <b>Resposta Controlada</b> que se pretende alcançar, após modificar as condições que controlavam a emissão do comportamento problema, ou seja, minimizar o contexto aversivo anterior ao dia de prova por meio de audiência reforçadora.<br />
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_u2LHrNFTyBMH0zhnIXI1-YKJbb79AB5ni7lFXLma2UqtC8ETeSMR3iGb4z8Jy7aaQfQRtVHXaca5Ku3KuLJGHAQhrA1Y0ha1bq7kJmkt93xzteE4o2dJdg4WMoqHJOfI7xPUYGWAl3Y/s1600/Sem+t%C3%ADtulo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="67" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_u2LHrNFTyBMH0zhnIXI1-YKJbb79AB5ni7lFXLma2UqtC8ETeSMR3iGb4z8Jy7aaQfQRtVHXaca5Ku3KuLJGHAQhrA1Y0ha1bq7kJmkt93xzteE4o2dJdg4WMoqHJOfI7xPUYGWAl3Y/s400/Sem+t%C3%ADtulo.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Porém, por que é tao difícil modifica nosso repertório e promover autocontrole? Simples: as consequências que mantêm o comportamento são <b>imediatas</b> e não requerem grande <b>esforço</b> ou mesmo dispõe de maior <b>magnitude de reforço</b>. Ou seja, são esquemas concorrentes e as principais variáveis que influem em um comportamento de escolha são: <b>menor tempo</b> entre o comportamento e a consequência, <b>menor esforço</b> para obter as consequências, qual contingência de reforçamento promover <b>maior densidade de reforço</b> e se tem<b> menor controle aversivo</b>.<br />
<br />
Além destas variáveis, ainda temos que há um <b>custo de resposta</b> entre aprender as <b>Respostas Controladoras</b>, colocá-las em práticas e, depois, conseguir contingências reforçadoras para mantê-las. Por isto, construir repertório de <b>Autocontrole</b> são desafiantes, para não dizer difícil!<br />
<br />
Então, espero que tenha ficado um tanto mais claro sobre as questões relacionadas a <b>Liberdade </b>e <b>Autocontrole</b> em Análise do Comportamento!<br />
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgegxxjlwu6jZXphbT-7TY7iMpVozun34PoLKn-Z4TE-pb473p9cmIgR8-Pq2lr3Y1NG2TXnHWF_W5BCf0J8GhZ6fjjF7LlbYJCJbXxzoXr1p9nM32asJPq1mJhxAwko5ONnd_C7DygbTs/s1600/Amen.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgegxxjlwu6jZXphbT-7TY7iMpVozun34PoLKn-Z4TE-pb473p9cmIgR8-Pq2lr3Y1NG2TXnHWF_W5BCf0J8GhZ6fjjF7LlbYJCJbXxzoXr1p9nM32asJPq1mJhxAwko5ONnd_C7DygbTs/s320/Amen.jpg" width="228" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Até mais</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-46645157161199199152014-10-24T19:34:00.001-07:002015-12-17T15:04:31.177-08:00Liberdade em Análise do Comportamento ou "Abra suas asas, solte suas feras!"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA7PtvOM-Eic5q1WhXcw34XgJvFaQrttAf-e3tE0cU3gL3vQqrkZh5vyvb6ebWe6w0C2bHgEbceZfafG-Pv5yzsgC2FvnDXJbv0iV3OPOUQWS4lz6Eio5W5pYRPA_44OOi-KKhT_Ml2oU/s1600/003852.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA7PtvOM-Eic5q1WhXcw34XgJvFaQrttAf-e3tE0cU3gL3vQqrkZh5vyvb6ebWe6w0C2bHgEbceZfafG-Pv5yzsgC2FvnDXJbv0iV3OPOUQWS4lz6Eio5W5pYRPA_44OOi-KKhT_Ml2oU/s1600/003852.jpg" width="295" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje, irei escrever sobre um tema polêmico! A noção de <b>Liberdade</b> em Análise do Comportamento normalmente é compreendida com equívocos ou mesmo tratada com hostilidade por parte de teóricos de outras abordagens filosófica. Sendo assim, tentarei dar uma pequena apresentação sobre o tema.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Existem vários motivos históricos que corroboraram para a manutenção desta cultura hostil frente as noções de homem e mundo na Análise do Comportamento. Dentre elas temos alguns fatores históricos claros, mas que nem sempre paramos para perceber o contexto sócio-cultural em que o Behaviorismo foi desenvolvido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://infos.fncv.com/public/2009/drapeau-france-eugene-delacroix-liberte-egalite-fraternite.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://infos.fncv.com/public/2009/drapeau-france-eugene-delacroix-liberte-egalite-fraternite.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>1. Influência política francesa:</b> </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sob o slogan de "<i>Liberté, Egalité, Fraternité</i>" (Liberdade, Igualdade e Fraternidade) a Revolução Francesa influenciou a transformação e emancipação política de vários países. A Revolução Francesa teve forte influência filosófica de Locke, Rousseau, entre outros, inclusive defendiam a <i>liberdade natural</i> do ser. Por meio de apoio de franceses que os Estados Unidos pode adotar o modelo político de <i>Democracia Liberal</i>. Dito de outro modo, os estadosunidenses tiveram <b>seus comportamentos de "lutar por liberdade" reforçados no decorrer de sua história cultural e mantidos</b>, além de que a liberdade é tida por eles como um dos grandes valores da humanidade e jamais deve ser violada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ou seja, qualquer proposição filosófica ou política que viesse de alguma maneira contrariar tal valor seria, com grande probabilidade, punido pela comunidade verbal. No caso, <b>o</b> <b>Behaviorismo Radical</b> <b>rompe com a noção de liberdade como livre-arbítrio</b> e formula um novo modelo de liberdade, que apresentaremos mais a frente. Como sabemos, o tema livre-arbítrio está muito vinculado em nossa sociedade como algo relacionado ao campo da religiosidade, ou seja, há uma <b>agência de controle</b> que mantêm estes comportamentos verbais frente o que é liberdade em detrimento de outras noções de liberdade. Dito de outro modo, o behaviorista radical defende uma nova cultura em detrimento de uma cultura já consolidada e reforçada por gerações...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/c/c3/Ducknazi.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/c/c3/Ducknazi.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>2. As Grandes Guerras:</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os Estados Unidos foi um dos principais envolvidos no período das Grandes Guerras. Neste mesmo período, Watson lança seu <b>Manifesto Behaviorista</b> em 1913 defendendo uma psicologia científica. Skinner lança seus livros <b>Walden II</b> em 1948, período da Segunda Guerra, e <b>Para além da Liberdade e Dignidade</b> em 1971, período referente a Guerra Fria. E em todo este contexto havia o medo dos <i>Regimes Totalitários</i>, os horrores dos Campos de Concentração, etc. em que qualquer menção a controle social era compreendido como totalitarismo. Qualquer forma de<b> planejamento cultural </b>era compreendido como uma forma de massificação e assujeitamento dos indivíduos. Dito de outro modo, aqueles períodos históricos não favoreceram adesão cultural das proposições skinnerianas, posto que elas pareciam se aproximar de modelos políticos aos quais os cidadãos e governantes aprenderam a abominar!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ou seja, não é que seja difícil compreender o Behaviorismo Radical, mas houveram contingências outras, que não eram científicas, que dificultaram a adesão do modelo político-filosófico de Skinner. Inclusive, o Behaviorismo Radical é muito relacionado com filmes/livros como Laranja Mecânica e 1984. Sofremos uma grande anti-propaganda por parte de outros teóricos que apenas se baseiam no senso comum na hora de apresentar do que se trata a Análise do Comportamento.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0MwV1WF4SmV2g8xSRoOFXMKaOeM5nGs1OZkfz7fKJupK-NCRZlpmnBNfte59h_tCFarPdtIORj-auomf8vs9UeIwlkBzrD-Eji903xpciaUisogOFHfKBeRjCuQkQxujJAGU7GWTCdq0/s1600/Laranjinha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0MwV1WF4SmV2g8xSRoOFXMKaOeM5nGs1OZkfz7fKJupK-NCRZlpmnBNfte59h_tCFarPdtIORj-auomf8vs9UeIwlkBzrD-Eji903xpciaUisogOFHfKBeRjCuQkQxujJAGU7GWTCdq0/s1600/Laranjinha.jpg" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Adeus ao Livre-Arbítrio ou Bem-Vindo a Matrix</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Antes de mais nada, a perspectiva behaviorista radical <b>não se baseia em um modelo de controle mecanicista</b> em que A sempre causa B. Nossa cultura reforça bastante esta noção de que a causa dos fenômenos da natureza são mecânicos e que tem um único fator controlador. Por exemplo, eu chuto uma bola e ela voa longe. Empurro uma caixa na escada e ela cai. Estes são exemplos comuns que nos são ensinados em aulas de física mecânica. Porém, nosso comportamento não é mecânico... Porém os <b>Reflexos Incondicionados</b> podem se encaixar perfeitamente num modelo mecanicista, pois há uma relação de um para um: se uma poeira entrar no meu olho eu lacrimejarei e piscarei.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas nem só de reflexos incondicionados vive o homem, mas de todo comportamento operante ambientalmente selecionado. O paradigma do <b>Comportamento Operante</b> segue uma lógica incomum em nossa comunidade verbal coloquial. Como já foi dito, estamos acostumados com a noção de modelo causa mecanicista, mas<b> o comportamento operante se baseia em um controle causal probabilístico</b>. O que isso significa? Significa que a relação causal não é de um para um, mas que leva em conta a variação ambiental. Alias, o comportamento operante não depende de apenas uma variável para que ocorra. Ou seja, o comportamento operante é <b>multideterminado</b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://soubh-imagens.s3.amazonaws.com/media/uploaded_images/estabelecimentos/academia-do-cafe-20140911125031.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://soubh-imagens.s3.amazonaws.com/media/uploaded_images/estabelecimentos/academia-do-cafe-20140911125031.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por exemplo, João está com sede. Água pode saciar sua privação, mas, em vez disso, João preferiu tomar sorvete. Isso porque em sua história de vida seu comportamento de tomar sorvete foi <b>reforçado negativamente</b> pela redução do aversivo, mas também pode ser selecionado pelo poder <b>reforçador positivo</b> de adicionar sabores que o são agradáveis. Outros fatores que podem influenciar são os <b>custos de reposta</b>, como ter uma sorveteria próximo em vez de sua própria casa. Então, imagine agora que cada um de nossos comportamentos tem um <b>histórico de reforçamento</b> e que a cada momentos estamos nos expondo a contextos novos, novas contingências, mesmo aquelas que nos parecem iguais. Então, estes múltiplos arranjos ambientais <b>influenciam de modo probabilístico</b> o comportamento devido ao caráter mutável do ambiente e novos históricos de reforçamento dos comportamento dentro de determinado contexto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ou seja, é mais provável que eu vá a uma cafeteria tomar <i>capuccino</i> do que eu vá a uma sorveteria tomar café, por mais que esteja disponível no cardápio. O motivo: aquele contexto selecionou a probabilidade de emissão de resposta "pedir café", pois ele tem maior probabilidade de ser reforçado em uma cafeteria do que em uma sorveteria.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://thundercash.files.wordpress.com/2011/11/matrixpilulaazulevermelha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://thundercash.files.wordpress.com/2011/11/matrixpilulaazulevermelha.jpg" height="168" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E o Livre-Arbítrio? As pessoas costumam crer que <b>Liberdade </b>é o mesmo que <b>Livre-Arbítrio</b>. No entanto, um não precisa ser correlato de outro. Livre arbítrio seria a capacidade de tomar decisões e agir no mundo sem que houvesse qualquer outro tipo de influência que não a nossa própria vontade. Mas essa concepção é extremamente<b> mentalista</b> e <b>o behaviorismo radical é anti-mentalista</b>, posto que busca encontrar a raiz das causas do comportamento sem que seja preciso apelar para construtos teóricos excessivos, como vontade. No entanto, ter vontade e desejo podem ser analisados como qualquer outro comportamento, mas não podem ser considerados como causas do comportamento.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Livre arbítrio sendo compreendido como a capacidade do homem agir e pensar sem influência do mundo, como se os comportamentos de pensar e decidir tivessem uma substância distinta dos demais, é incompatível com a proposta behaviorista.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O behaviorismo radical, assim, nega que os homens tenham livre-arbítrio pelos motivos expostos acima e por este motivo somos mal vistos e chegam a nos xingar de fascistas e opressores. Mas, consideremos que ao nascermos trazemos conosco um aparato biológico que tem uma história (<b>filogênese</b>) e esta história influencia nossos comportamentos, assim como nascemos em meio a uma sociedade que mantêm determinadas práticas, como uma língua natal, (terceiro nível de seleção, <b>cultura</b>), como poderíamos ser inteiramente livres ao fazermos nossas decisões? Concordar com estas concepções de homem diminuem o que chamamos de liberdade? Eu diria que não diminui a possibilidade de sermos livres, continuamos nos sentindo livres ou felizes, mas <b>nos tornamos mais atentos ao mundo que nos cerca e como ele pode influenciar em nossos comportamentos</b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para Skinner ser livre está completamente relacionado com a noção de <b>autoconhecimento </b>e <b>autocontrole</b>. Ou seja, ser livre é compreender que variáveis ambientais influenciam nosso comportamento e a possibilidade de agir sobre este mundo que nos influencia, que nos controla, de modo a nos produzir a sensação de <i>bem-estar</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPCBbMY59cHFjORfj4SrjW9BpXbPONNj6NsF0AqAGqEyzyb1444qhlUcjQGF5AUd-4PZdwbZwyLbcp-QCLCx8KMqOnJxohKi1Cu7jEQGmdCB6R4FT13-jyjQ4MOlDEnCswcFhquio9zeo/s1600/Planet_Earth_by_sanmonku.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPCBbMY59cHFjORfj4SrjW9BpXbPONNj6NsF0AqAGqEyzyb1444qhlUcjQGF5AUd-4PZdwbZwyLbcp-QCLCx8KMqOnJxohKi1Cu7jEQGmdCB6R4FT13-jyjQ4MOlDEnCswcFhquio9zeo/s1600/Planet_Earth_by_sanmonku.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No entanto, liberdade em análise do comportamento não deve se limitar a uma sensação corporal de bem-estar, posto que há condições em que podemos acreditar que somos livres de controle e felizes por um reforçamento <b>a curto prazo</b>, mas <b> a longo prazo </b>acabamos nos submetendo a condições aversivas. Por exemplo, alguém que fuma se sente bem, feliz e livre, mas no decorrer dos anos ele poderá desenvolver uma doença correlata com o uso de cigarro. A sensação de estar feliz não deve ser parâmetro para dizer que alguém seja ou não livre. Está é uma pequena armadilha!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por exemplo, já que estamos em época de eleições, um eleitor que mantêm laços de amizade com um determinado político para benefício próprio pode se sentir feliz e livre por optar com está prática social conhecida como <i>amiguismo político</i>, mas a longo prazo ou mesmo a curto prazo podem acarretar percar maiores para si e para a população que passa a ser refém deste modelo de controle social, como voto de cabresto. Ou seja, <b>o conceito de liberdade em análise do comportamento está extremamente vinculado a uma concepção política de homem, um compromisso com suas condições integrais de vida</b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://espectivas.files.wordpress.com/2012/09/escravo-feliz-web.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://espectivas.files.wordpress.com/2012/09/escravo-feliz-web.jpg" height="320" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De certo modo, a concepção de liberdade skinneriana está relacionada com a diminuição e, se possível, inexistência de controle aversivo em prol do controle por meio de reforçamento positivo prevenindo consequências aversivas atrasadas. E, assim, ser livre é compreender o que controla nosso comportamento e opera frente estas contingências.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ser livre para Skinner é poder mudar nosso mundo, nossas condições de vida!</div>
<div style="text-align: justify;">
Então, na dúvida, <b>Contracontrole!!!</b> </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<i>"Abra suas asas, solte suas feras"</i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://stream1.gifsoup.com/view/72910/julius-dancing-2-o.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://stream1.gifsoup.com/view/72910/julius-dancing-2-o.gif" /></a></div>
Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-56787384757774703312014-10-17T18:34:00.001-07:002014-10-17T18:34:48.231-07:00Combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes por meio de palestras nas escolas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnz980tasF8YUQhz45-q1EGSgjwl-vpbX93hBpbOzoQ1xD4ovujIUdDjqLlWELexox_WJObp7lRxObwqC4sIrW4pFFyYl7hA640vrvMHOvcIAYqXjTG5NmWYSl1m0IToKBCxol2VoYUpQ/s1600/cover-clip-art.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnz980tasF8YUQhz45-q1EGSgjwl-vpbX93hBpbOzoQ1xD4ovujIUdDjqLlWELexox_WJObp7lRxObwqC4sIrW4pFFyYl7hA640vrvMHOvcIAYqXjTG5NmWYSl1m0IToKBCxol2VoYUpQ/s1600/cover-clip-art.jpg" height="289" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esta postagem é produto de uma experiência profissional em uma campanha de <b>Proteção Social</b> de crianças e adolescentes a partir de uma atuação enquanto técnico de um <i>Centro de Referência de Assistência Social - CRAS</i>. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjb7QDciTgCSfa5K6J2IHEIZCrUdQg0H-pjVuJkh4PjD-7hAdSBfGYcw3srpovieI-dkmoNai5AKMEHfIZok0fHTqSh1Mg2lPldMvyRl8A2C_etKZDnaSZJ5eTf0C-LSB7rkgL0g9czyP0/s1600/PROGRAMA%C3%87%C3%83O+ESTADUAL+DO+DIA+18+DE+MAIO(2)-3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjb7QDciTgCSfa5K6J2IHEIZCrUdQg0H-pjVuJkh4PjD-7hAdSBfGYcw3srpovieI-dkmoNai5AKMEHfIZok0fHTqSh1Mg2lPldMvyRl8A2C_etKZDnaSZJ5eTf0C-LSB7rkgL0g9czyP0/s1600/PROGRAMA%C3%87%C3%83O+ESTADUAL+DO+DIA+18+DE+MAIO(2)-3.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Apesar de compreendermos que trabalhos de <i>conscientização</i> tenham baixos índices de
eficácia, isso não significa que estas estratégias não possam proporcionar
resultados emergenciais favoráveis. Desta maneira, esta postagem buscará
apresentar uma destas experiências significativas!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Que o combate ao abuso e exploração sexuais de crianças e
adolescentes é uma bandeira de luta da Assistência Social e outras diversas
políticas públicas é claro, no entanto, isso não significa que haja momentos
emblemáticos, como <b>18 de Maio</b>, ou
contingências específicas as quais devamos nos sensibilizar e promover ações
mais pontuais e informativas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgopMiTQaysmxwc_Hqr9J68n-DwFZfzJIHNBO_OIZNtbPQmQJJ8MYlAWPpyPQvbPAYo8RGFwLOVeKu9DuPCt8YAkXBeAwHn1Hg7qrYNPAo2o_KP97UidiWRy2txSqOmwSTX_JAMgXOxSubz/s1600/ASASAX.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgopMiTQaysmxwc_Hqr9J68n-DwFZfzJIHNBO_OIZNtbPQmQJJ8MYlAWPpyPQvbPAYo8RGFwLOVeKu9DuPCt8YAkXBeAwHn1Hg7qrYNPAo2o_KP97UidiWRy2txSqOmwSTX_JAMgXOxSubz/s1600/ASASAX.jpg" height="265" style="cursor: move;" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A atividade que apresentaremos é um destes momentos
específicos em que as instituições de proteção social e demais instancias da
sociedade civil devem promover tecnologias de proteção social da criança e do
adolescente. A cidade de <b>Camocim </b>localiza-se
no litoral noroeste do estado do Ceará e é um dos principais destinos de
turistas <b>no período das festividades de
Carnaval</b>. Este fator turístico-econômico é percebido como fator de risco
para os jovens que ficam mais expostos a violência de diversos níveis,
inclusive a sexual.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Desta maneira, a Secretária de Desenvolvimento Social e
Cidadania – SEMDESC promove anualmente a <b>Campanha
de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Criança e Adolescente</b>, tendo sua
oitava edição em 2014. Através do <i>Centro
de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS</i> e instituições
parceiras, como <i>Centro de Referência de
Assistência Social – CRAS</i>, são promovidas palestras nas escolas e
panfletagem nos pontos de maior concentração humana da cidade com a função de
informar sobre a Campanha e sensibilizar a população (principalmente estudantes
e professores) dos riscos e meios de proteção das crianças e adolescentes, bem
como a ocorrência de denúncias.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.portalmariana.org/wp-content/uploads/2012/09/mariana-atendimentos-realizados-pelos-cras-aumenta-67.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.portalmariana.org/wp-content/uploads/2012/09/mariana-atendimentos-realizados-pelos-cras-aumenta-67.jpg" height="273" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Frente ao contexto acima, buscamos referências em <b>Análise do Comportamento</b> que validassem
esta estratégia como eficaz frente aos objetivos a que ela se propôs. Segue o
produto desta avaliação:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<ul>
<li style="text-align: justify;"><span style="text-indent: -18pt;">As
palestras dão </span><b style="text-indent: -18pt;">contexto</b><span style="text-indent: -18pt;"> para que ocorram denúncias, posto que em nossa cultura
o tema “sexualidade” é passível de punição e há poucos contextos que possam
gerar repertório “fazer denunciar”, assim muitas crianças não tinham a quem
recorrer ou profissional que compreendesse o que estava vivendo;</span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="text-indent: -18pt;">Certas
informações não eram acessadas pelas crianças e adolescentes, que a passam a
saber/compreender que algumas situações se enquadram como abuso sexual (eram
expostas </span><b style="text-indent: -18pt;">regras </b><span style="text-indent: -18pt;">de como agir, ou seja </span><b style="text-indent: -18pt;">modelação</b><span style="text-indent: -18pt;">), como que
comportamentos de adultos possam ser inadequados;</span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="text-indent: -18pt;">A
disponibilidade de um </span><b style="text-indent: -18pt;">ouvinte adulto</b><span style="text-indent: -18pt;"> que compreenda o que tem vivido
pode ser vista como ambiente que possa promover reforço para comportamentos de
confiança, cuidado e denúncia (palestrante como </span><b style="text-indent: -18pt;">audiência não-punitiva</b><span style="text-indent: -18pt;">);</span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="text-indent: -18pt;">É
apresentada a possibilidade de denúncia anônima (diminui o grau </span><b style="text-indent: -18pt;">aversivo</b><span style="text-indent: -18pt;">
que o comportamento de denunciar pode gerar e seus efeitos colaterais), como o </span><i style="text-indent: -18pt;">disque
100</i><span style="text-indent: -18pt;">¸ posto que alguns professores,
por exemplo, sentem medo de represaria por parte dos pais da criança abusada ou
demais pais na escola, ou mesmo dos pares profissionais;</span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="text-indent: -18pt;">Eram
dados modelos de que mudanças de comportamentos da criança poderiam estar
relacionadas a situações de abuso e que devemos nos atentar, como marcas
físicas e contextos-problema em que há vulnerabilidade (</span><b style="text-indent: -18pt;">treino
discriminativo</b><span style="text-indent: -18pt;">); e</span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="text-indent: -18pt;">Sensibilizar
os professores de que eles podem desempenhar </span><b style="text-indent: -18pt;">papel de proteção social</b><span style="text-indent: -18pt;">
por conta do contato próximo às crianças.</span></li>
</ul>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyEEuX-Q06wbFXgEWkNFGR4j3hXg8QjVLok_0QMlB1xAICPSaaCB6KFqR1jGDrJj8vY85Xn5HD_NePu_hgOUCoGy6ErcGR6cthTKqXDG7MjPtPz4vSdWJ7G69l7YadSUm7la7ncMnrM6w/s1600/eca.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyEEuX-Q06wbFXgEWkNFGR4j3hXg8QjVLok_0QMlB1xAICPSaaCB6KFqR1jGDrJj8vY85Xn5HD_NePu_hgOUCoGy6ErcGR6cthTKqXDG7MjPtPz4vSdWJ7G69l7YadSUm7la7ncMnrM6w/s1600/eca.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Desta maneira, sensibilizávamos os professores que estes
devem:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<ul>
<li style="text-align: justify;"><b style="text-indent: -18pt;">Validar a história da criança/adolescente,
por mais que sua fala fosse contraditória ou mal organizada.</b><span style="text-indent: -18pt;"> Essa atitude
pode promover ambiente de confiança e cuidado;</span></li>
<li style="text-align: justify;"><b style="text-indent: -18pt;">Tratar das informações em caráter de
confidencialidade</b><span style="text-indent: -18pt;">;</span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span></span><b style="text-indent: -18pt;">Não culpar a vítima</b><span style="text-indent: -18pt;">;</span></li>
<li style="text-align: justify;"><b>Respeitar o tempo de autorrevelação da
criança/adolescente.</b> Por mais que saibamos que ao relatarmos inúmeras vezes
uma experiência desagradável, aos poucos o grau aversivo dos respondentes
diminui, nem todo professor está apto a requerer um <b>depoimento sem dano</b>. Mesmo que o relato inicial da criança seja
desorganizado ou contraditório, é preciso evitar perguntar por muitos detalhes
do ocorrido, pois, REPETINDO, mesmo em menor grau ocorrem eliciação e emissão
de respondentes emocionais; e</li>
<li style="text-align: justify;"><b style="text-indent: -18pt;">Denunciar.</b><span style="text-indent: -18pt;"> Não basta apenas ouvir, é
preciso proteger!</span></li>
</ul>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Desta maneira, compreendemos que as palestras são uma
atividade estratégica frente ao contexto do Carnaval em cidades litorâneas como
Camocim – CE, pois promove informação e sinaliza contingencialmente ao contexto
de risco a probabilidade de sofre violência, além de que, tal estratégia, tem
promovido denuncias em tempo real após as palestras nas escolas, nos corredores
ou intervalos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.pipoefifi.org.br/images/download/capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.pipoefifi.org.br/images/download/capa.jpg" height="310" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Assim, avaliamos a Campanha como satisfatória aos objetivos
a que ela se propôs. Segue site da s referências utilizadas do <b><a href="http://www.laprev.ufscar.br/fotosslideshow" target="_blank">LAPREV</a></b> e material educativo <b><a href="http://www.pipoefifi.org.br/home.html" target="_blank">Pipo e Fifi</a></b>.</div>
Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5509340730184669541.post-76032605932173141302014-10-12T13:41:00.000-07:002015-12-17T15:03:31.476-08:00Campanha Outubro Rosa: uma estratégia de prevenção e controle<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi047PJNs1gNffunh08GspDtvCeok4s2CprfA3H198DjkCUsfdOPtEbaxAZWRLUzTnNfQ7k74qrPPkP0x4U4uRRCimZMGssPaiqdEmHHF6ufmAM7T_rdCIBigqpsBD0_3H8rzYjDaYG-Ew/s1600/Outubro-Rosa2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="190" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi047PJNs1gNffunh08GspDtvCeok4s2CprfA3H198DjkCUsfdOPtEbaxAZWRLUzTnNfQ7k74qrPPkP0x4U4uRRCimZMGssPaiqdEmHHF6ufmAM7T_rdCIBigqpsBD0_3H8rzYjDaYG-Ew/s1600/Outubro-Rosa2.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Estamos em outubro e neste mês, <strike>o outono</strike> os Centros de Saúde da Família - CSF se preparam e se enfeitam de rosa para a <b><span style="color: magenta;">Campanha Outubro Rosa</span>,<span style="color: magenta;"> </span></b>em prol da prevenção ao câncer de mama. Sendo assim, aproveitaremos a oportunidade para divulgar sobre a Campanha e fazer uma breve análise comportamental da mesma.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Campanha Outubro Rosa começou nos Estados Unidos e tem como objetivo a <b>prevenção do câncer de mama</b> por meio de auto-avaliação e diagnóstico precoce. Com o decorrer do tempo, a Campanha foi ganhando visibilidade internacional entre simpatizantes da causa e tendo adesão de empresas públicas e privadas para divulgação da campanha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Basicamente, assim como muitas Políticas Públicas, a <b><span style="color: magenta;">Campanha do Outubro Rosa</span></b> é fundamentada em uma noção <b>mentalista</b>, que pressupõe que <i>saber sobre</i> causa comportamento de <i>agir sobre,</i> <b>desconsiderando as</b> <b>contingências</b> que instalam e mantêm determinado comportamento. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.kwb.com.br/blog/wp-content/uploads/2013/10/BRASILIA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.kwb.com.br/blog/wp-content/uploads/2013/10/BRASILIA.jpg" height="270" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos a um exemplo claro sobre como <b>as propostas mentalistas são falíveis</b>: você deseja emagrecer para usar aquele biquíni no carnaval. No entanto, você vai a uma festinha de aniversário, tem bolo de chocolate e, mesmo sabendo da sua dieta e exercícios, você come! Sendo assim, mesmo sabendo das vantagens futuras, você preferiu um <b>reforçamento imediato</b> bolo de chocolate.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No entanto, a Campanha parece gerar efeitos positivos, mesmo se baseando em uma explicação mentalista. O motivo pelo qual isso ocorre são as seguintes:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<ul>
<li style="text-align: justify;">O <i>Ministério da Saúde</i> aderi anualmente a Campanha e solicita as Secretárias Estaduais e Municipais que promovam-na;</li>
<li style="text-align: justify;">Ou seja, gera um <b>controle </b>estatal frente as empresas municipais por meio da <b>agência de controle</b> Ministério baseado em um <b>seguimento de regra</b>;</li>
<li style="text-align: justify;">Por sua vez, um município aderindo a Campanha promoverá um número maior de prevenções junto a população feminina;</li>
<li style="text-align: justify;">Os <i>Centros de Saúde da Família</i> por meio das <i>agentes de saúde</i> do território farão <b>controle social</b> face a face com a população feminina, solicitando que visitem o CSF;</li>
<li style="text-align: justify;">Durante o mês de Outubro, muitas instituições, principalmente de Saúde, decoram seus ambientes de rosa. Essa decoração diferenciada pode servir de <b>Estímulo Discriminativo</b> para o comportamento de algumas pessoas perguntarem do que se trata tal decoração ou "este este <i>lacinho rosa</i> que você está usando é pra quê?";</li>
</ul>
<ul>
<li style="text-align: justify;">Deste modo, percebe-se porque, mesmo a <b><span style="color: magenta;">Campanha Outubro Rosa</span></b> se baseando em pressupostos mentalistas, apresenta-se como um modelo que gera sua manutenção e eficácia. Ou seja, a resposta não está nos seus pressupostos filosóficos, mas no <b>gerenciamento</b> <b>das consequências</b> que tal estratégia traz ou poderá trazer a população, profissionais de saúde ou gestores do SUS.Por sua vez, o profissional de saúde ou outra instituição que aderiu à Campanha que tenha conhecimento (<b>treinamento prévio</b>) sobre o tema terá maior probabilidade de divulgar o tema e espera-se que este <b>comportamento verbal</b> sobre Outubro Rosa promova adesão de mulheres a fazerem prevenção durante o período da Campanha;</li>
<li style="text-align: justify;"><b>A curto prazo</b>, o próprio número de mulheres aderindo a prevenção sinaliza aos profissionais de saúde que a estratégia deu certo e dá visibilidade aos gestores do SUS. <b>A longo prazo</b>, o decréscimo de incidências de câncer de mama e diminuição dos gastos com tratamento especializados manterá a estratégia dos gestores do SUS por meio de <b>reforçamento negativo</b> e, talvez, o aumento de auto-avaliações por parte da população diminua o fluxo de atendimentos nos CSF para prevenção sem, no entanto, diminuir os benefícios da Campanha;</li>
<li style="text-align: justify;">Finalizando, o Outubro Rosa pode ser considerada uma <b>prática cultural</b> já que é um comportamento ensinado e mantido socialmente e que traz benefícios (<b>valor de sobrevivência</b>) para a população que a pratica.</li>
</ul>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaeF014WdopLFuwENwwQ9Ov7jLDdYFtLhjtkx-KaoIq-jTrJLFkz_ikJvh55a_v9jwiyQNTRkZKTkIznW__EbqGhs8XVcQtpkuYYBjcEFfH2TrSz11KI_f8aE5gihTwFlQYt0G6pPtmCs/s1600/outubrorosa2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaeF014WdopLFuwENwwQ9Ov7jLDdYFtLhjtkx-KaoIq-jTrJLFkz_ikJvh55a_v9jwiyQNTRkZKTkIznW__EbqGhs8XVcQtpkuYYBjcEFfH2TrSz11KI_f8aE5gihTwFlQYt0G6pPtmCs/s1600/outubrorosa2.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há algumas vantagens em haver uma estratégia com <b>data marcada na agenda de ações das secretarias de saúde</b>, como ter a possibilidade de organizar de modo coerente as ações dos profissionais de saúde e criar estratégias eficientes de divulgação e sensibilização da população em aderir à prevenção. </div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Por exemplo</b>, enquanto campanha dispersa no decorrer de todo o ano poderiam não controlar de modo eficiente o comportamento dos profissionais em promover prevenção e adesão populacional, uma campanha com <b>data marcada</b> e <b>objetivos claros a curto prazo</b> (como ter o maior número de mulheres presentes no CSF e fazendo prevenção) podem servir de condição mais adequada na promoção e manutenção do comportamento dos profissionais. Do mesmo jeito, a população fica mais sensível às estimulações áudio-visuais entre cartazes e propagandas de rádio e TV que emitem <b>regras</b> verbais sobre os benefícios da prevenção.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Um dica</b>: quando for barganhar com alguém a possibilidade de promover alguma estratégia, sempre exemplifique as consequências a curto e longo prazo que sua atividade poderá desenvolver e de que maneira esta atividade se relaciona com outras políticas ou pode angariar fundos (como maior verba para o SUS de um município ou de que maneira diminuirá significativamente os gastos). Apesar de que as Políticas Públicas deixem bem claras que devemos promover esta ou esta atividade, nem sempre fica claro que determinadas ações que venhamos promover tem relação direta ou indireta com tal política ou de que maneira os gestores terão seus comportamentos de aderir a sua proposta reforçados!</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxC0D2aMVvXiZCpeDYbS0hXOOIGi3mbbaqSNkI_xj626bb-CV8jwKAQ4WnsgKisEzVme6REEyi4qOu6dGj3Hsr8eKCVpxbkSMuJZJH4zXSfid95RUcdNk6rE9AfMzslGGPv0usC4HDpLE/s1600/IMG-20141010-WA0006.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxC0D2aMVvXiZCpeDYbS0hXOOIGi3mbbaqSNkI_xj626bb-CV8jwKAQ4WnsgKisEzVme6REEyi4qOu6dGj3Hsr8eKCVpxbkSMuJZJH4zXSfid95RUcdNk6rE9AfMzslGGPv0usC4HDpLE/s1600/IMG-20141010-WA0006.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma estratégia interessante que um CSF da cidade em que trabalho desenvolveu foi presentear as mulheres que fizeram prevenção com uma rosa artesanal. Apesar de se tratar de uma atividade simples e de baixo controle do comportamento de outras mulheres aderirem a Campanha, a rosa poderá servir de SD para relembrar as mulheres da residência de se manterem atentar a condição de saúde mamária. Além de que, poderá promover um vínculo entre a instituição de saúde e população assistida, já que a maioria de nós teve os comportamentos de ser presenteado/presentear <b>reforçado por controle social</b> como uma relação de afeto e respeito entre pares que se importam uns com os outros.</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOgJtDM9vqcs5FQ-mhMZUDr_gZsnzlWbUnTJoKOWlr_qMXrJu8s3vvy8e4_gtsxSC2G_CtH6yJshFoguG57mAY4Y8GG7pnCCv99Kv3mI5Od5aW2TXS60tH7H8HwEloSt6ePwl3_Uz520g/s1600/IMG-20141010-WA00051.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOgJtDM9vqcs5FQ-mhMZUDr_gZsnzlWbUnTJoKOWlr_qMXrJu8s3vvy8e4_gtsxSC2G_CtH6yJshFoguG57mAY4Y8GG7pnCCv99Kv3mI5Od5aW2TXS60tH7H8HwEloSt6ePwl3_Uz520g/s1600/IMG-20141010-WA00051.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sendo assim, esperamos que esta postagem sirva <i>também</i> de meio de sensibilização de behavioristas a se prevenirem e promover cuidado!</div>
Paixãohttp://www.blogger.com/profile/00927836386242800931noreply@blogger.com0