É tentando responder esta pergunta de modo mais simples possível que esta postagem será escrita. Porém, para tornar as coisas mais divertidas, após a resposta dada ao dono da mercearia, haverá uma tradução para o behaviorês. Ou seja, responderei sobre o que faz um Psicologo Comportamental.
Então, a forma pela qual eu respondi foi a seguinte:
Vamos pegar como exemplo o trabalho clínico, que é mais conhecido popularmente. Nosso trabalho não é apenas "ter uma conversa", é mais que isso. Porém, não faz muito sentido explicarmos termo técnico a termo técnico durante as sessões, já que a proposta é ouvir como é o cotidiano do sujeito e que coisas acontecem no seu dia a dia que estão relacionadas com o problema.
Dito de modo simples, durante as conversas vamos analisando o cotidiano do cliente, mas não faz sentido que fiquemos pontuando direto o que achamos do que ele esteja falando, afinal, seria muito chato um terapeuta cortando direto nosso raciocínio ou levantando hipóteses que muitas vezes possa os desagradar. E sim, algumas hipóteses podem ir contra as crenças pessoas do atendido sobre o seu problema e acabaríamos perdendo o cliente, o que não seria bom nem para nós, financeiramente, nem para o assistido, que perderia tempo e dinheiro desistindo...
Devemos promover uma Audiência Não Punitiva que, dependendo do caso, é algo muito difícil para o cliente encontrar no seu ambiente cotidiano, logo se tornar algo extremamente Reforçador para os comportamento de falar sobre seu dia a dia. Lógico que, falar com mais liberdade sobre si, é algo interessante para o terapeuta. Deste modo, seria pouco produtivo e cansativo aos clientes ficar ouvindo explicações do porquê desta ou aquela pergunta feitas pelo terapeuta ou o uso excessivo de termos técnicos. Apesar de muitas pessoas dizerem gostar, ter interesse ou curiosidade sobre o trabalho do psicólogo, basta algum de nós tentar tornar a conversa de um modo um pouquinho mais profissional que nossos amigos e familiares em festa de fim de ano ou mesas de bar mudem de assunto... Ou tem que atender o celular, etc!
Fazemos então nossas Análises Funcionais durante as sessões, levantando hipóteses sobre quais são as contingências mantenedoras dos comportamentos-problema. Fazemos perguntas voltadas para que o cliente pense sobre o seu problema levando em consideração determinadas variáveis com a finalidade que ele tire suas próprias conclusões, sendo estas algo muito próximo de uma Análise Funcional (que o pessoal da FAP chama de CRB3).
Em alguns casos, a Análise Funcional feita pelo terapeuta vai contra o senso comum ou racionalizações feitas pelo cliente e não é produtivo simplesmente jogar as informações "na lata" do cliente. Por isso, algumas vezes para os leigos, o trabalho do psicólogo pareça uma simples conversa, mas não é. É um processo no qual fazemos com que os cliente discriminem as variáveis que controlam seus comportamento e, assim, decida quais atitudes tomar frente a estas condições, modificando seu mundo e seu modo de agir, promovendo mudanças satisfatórias.
Resumindo: a dificuldade em explicar como trabalha o psicólogo parte do princípio de que quando somos solicitados, somos solicitados a ajudar a resolver problemas que nenhum outro profissional conseguiu antes, nem conselhos de familiares e nem a própria pessoa conseguiu resolver. Ou seja, nosso trabalho é ajudar a resolver processos comportamentais que as próprias pessoas que se comportam tem dificuldade de explicar e perceber determinadas variáveis relacionadas ao problema.
A raiz dos problemas não está dentro da cabeças das pessoas, mas no mundo, na relação com o mundo. Entender isso é uma grande mudança de paradigma!
Mas estamos aqui pra isso: discriminar contingências, analisar funcionalmente e testar hipóteses! Deste modo, esperamos transformar relações do sujeito com seu mundo, modificando assim as condições que mantem um problema... Tendeu?
Em alguns casos, a Análise Funcional feita pelo terapeuta vai contra o senso comum ou racionalizações feitas pelo cliente e não é produtivo simplesmente jogar as informações "na lata" do cliente. Por isso, algumas vezes para os leigos, o trabalho do psicólogo pareça uma simples conversa, mas não é. É um processo no qual fazemos com que os cliente discriminem as variáveis que controlam seus comportamento e, assim, decida quais atitudes tomar frente a estas condições, modificando seu mundo e seu modo de agir, promovendo mudanças satisfatórias.
Resumindo: a dificuldade em explicar como trabalha o psicólogo parte do princípio de que quando somos solicitados, somos solicitados a ajudar a resolver problemas que nenhum outro profissional conseguiu antes, nem conselhos de familiares e nem a própria pessoa conseguiu resolver. Ou seja, nosso trabalho é ajudar a resolver processos comportamentais que as próprias pessoas que se comportam tem dificuldade de explicar e perceber determinadas variáveis relacionadas ao problema.
A raiz dos problemas não está dentro da cabeças das pessoas, mas no mundo, na relação com o mundo. Entender isso é uma grande mudança de paradigma!
Mas estamos aqui pra isso: discriminar contingências, analisar funcionalmente e testar hipóteses! Deste modo, esperamos transformar relações do sujeito com seu mundo, modificando assim as condições que mantem um problema... Tendeu?
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