Você salivou? :) |
Faremos uma pequeno resumo sobre o que é reflexo, condicionamento clássico e condicionamento operante junto a alguns outros conceitos behavioristas. Tudo isso para podermos avançar mais e mais em direção a temas mais cotidianos e quem sabe falar um pouco sobre o filme NINF( )MANÍACA, mas não, por enquanto.
Reflexo Inato
Nós, seres humanos, assim como outros animais temos um repertório comportamental inato de comportamentos reflexos (reflexos inatos) que nos ajudam a sobreviver. São comportamentos que são eliciados (provocados) após algumas modificações no ambiente. São comportamentos adquiridos na história evolutiva da espécie humana que aumentam as chances de sobrevivermos ao ambiente novo que somos inseridos ao nascermos, por exemplo, o ato de sugar o seio da mãe. Seria muito complicado às mães terem que ensinar os bebês a mamarem, ou sendo exagerado, seria muito complicado ensinar alguém a tremer diante do frio ou suar diante do calor. São repertórios comportamentais que vem junto a nosso aparato fisio-anatômico que nos ajudam a viver.
Outro exemplo: sentir dor é uma grande ferramenta de sobrevivência! Porque? Imaginem se ao sentirmos dor não afastássemos nosso corpo da fonte aversiva. Poderíamos ter ferimentos mais agravados e com maiores dificuldades de cura! O reflexo de afastar o dedo de um espinho que nos furou e doeu é comportamento, é aparato biológico para sobrevivência.
Condicionamento Clássico
O condicionamento clássico é um processo comportamental no qual ocorre o emparelhamento (e não associação) entre um estímulo neutro (Sn) junto com um estímulo inato (Si) (que elicia o comportamento reflexo). O emparelhamento dos estímulos pode ocorrer pela apresentação sucessiva do estímulo neutro (Sn) com o estímulo inato (Si), fazendo com que o estímulo neutro sozinho elicie uma resposta condicionada (R) e passando a ser chamado de estímulo condicionado (Sc). Pode ocorrer situações em que um único emparelhamento seja suficiente para que ocorra o condicionamento clássico.
Vídeo ilustrativo do Condicionamento Clássico:
Outro exemplo: você sai de madrugada inadvertidamente. De repente um cara de blusão e capuz aponta uma arma para você e leva seu dinheiro. Você foi assaltado. Na próxima vez que você vê uma pessoa com blusão e capuz você sente as mesmas emoções ruim que sentiu quando foi assaltado. Isto é um exemplo de condicionamento clássico. Então, o 'risco de vida' era o Si e o Sn era o tipo de vestimenta, por conta da experiência impactante, o Sn passo a ser Sc.
Outro exemplo: vocês já perceberam como determinada música ou determinado perfume nos fazem lembrar de nossos pares? Pois é, quando estamos andando na rua e alguém passa, sentimos um perfume e lembramos da pessoa amada, isso é um exemplo de que ocorreu um condicionamento clássico. Quando ouvimos uma música no rádio e nos pegamos pensando na pessoa amada, isso é condicionamento clássico em ação!!!
Outro exemplo: salivou com a imagem do bolo de chocolate? Pode crer, foi efeito de uma histórico de condicionamento :)
Outro exemplo: salivou com a imagem do bolo de chocolate? Pode crer, foi efeito de uma histórico de condicionamento :)
Condicionamento Operante
Então, você já deve estar se perguntando que somos seres passivos diante do ambiente em que vivemos, não é? Isso porque tendemos a compreender que a influência do ambiente em nossos comportamentos diminui nossa autonomia, nossa liberdade, etc. por conta da cultura a qual estamos inseridos. Mas não é bem assim (futuramente discutiremos sobre o conceito de liberdade), o comportamento operante nos mostra que somos agentes ativos da transformação de nossas vidas e os principais comportamentos ditos complexos dos seres humanos tem relação com aprendizagem operante.
Por comportamento operante compreende-se os comportamentos no qual o organismo age sobre o mundo para obter reforçadores ou evitar estímulos aversivos que não estavam previamente selecionados pelos reflexos inatos (esse processo, no entanto, não ocorre de modo planejado, consciente, teleológico). Como assim? Os reflexos inatos são repertórios comportamentais selecionados para determinadas mudanças específicas do ambiente, mas vivemos em um mundo extremamente dinâmico e este requer mais habilidades a serem desenvolvidas para que sobrevivamos. Deste modo, o comportamento operante é o aprendizado individual que cada um de nós passa para aprender a, por exemplo, falar, pensar, brincar, etc. Mas isso não quer dizer que todas as aprendizagens operantes requerem um aparato social, que para mediar as consequências dos comportamentos.
Aprender a jogar bem vídeo-game é um bom exemplo, pois pode ser que alguém possa nos ensinar os comandos básicos, mas aprender a jogar melhor não requer que outra pessoa (organismo) dê feedback de nossas ações serem exitosas ou não, apenas as próprias circunstâncias ambientais de "passamos de fase", por exemplo, servem como efeito reforçador.
Aprender a jogar bem vídeo-game é um bom exemplo, pois pode ser que alguém possa nos ensinar os comandos básicos, mas aprender a jogar melhor não requer que outra pessoa (organismo) dê feedback de nossas ações serem exitosas ou não, apenas as próprias circunstâncias ambientais de "passamos de fase", por exemplo, servem como efeito reforçador.
Por exemplo: normalmente, as paqueras começam no inicio da puberdade. Meninos e meninas vão treinando seus repertórios de "namorar", como abordar o sexo oposto, que palavras usar, que postura corporal é mais adequada, etc. Esses diversos treinos vão modelando nossas ações, até que encontramos uma padrão que normalmente nos é favorável: encontrar um parzinho pra chamar de seu. Quando um menino ou uma menina dizem que sabem como flertar significa que aprenderam de modo operante a como se comportar para obter alguns beijinhos "no escurinho do cinema".
Vídeo ilustrativo do Condicionamento Operante:
Se até o momento, você não entendeu o conceito de comportamento operante, "não, não me abandone, não se desespere, que eu não posso ficar sem você" (sic. Daniela Mercury), que na postagem sobre Reforço e Punição suas dúvidas serão sanadas!!!
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