A Análise do Comportamento é o termo genérico que engloba as subáreas Behaviorismo Radical, Análise Experimental do Comportamento e Análise Aplicada do Comportamento, como proposto por Marcus Bentes de Carvalho Neto em seu artigo (Link do Artigo).
Nosso objetivo com esta postagem é simplesmente resumir o artigo, dando um panorama geral sobre o que é a AC.
Análise Experimental do Comportamento (AEC): é a subárea responsável pela validação de dados e conhecimentos empíricos produzidos pelos analistas do comportamento. É a base que sustenta a AC como uma ciência independente, autônoma, que não precisa se referendar por outros campos de conhecimentos para validar suas afirmações, como ocorrer, por exemplo, entre a Biologia frente a Medicina.
O que se estuda nos experimentos são a regularidade dos comportamentos frente a determinadas condições ambientais, de que modo o mundo a nossa volta influencia a nos comportarmos de determinadas maneiras. Procura-se compreender o que determina os comportamentos. Porém, esse determinismo não é algo mecânico, mas probabilístico. Não é que sempre alguém chorará se espetar o dedo, mas que há alta probabilidade de isso ocorrer se o for doloroso o suficiente ou traga atenção dos pares sociais.
Análise Aplicada do Comportamento (AAC): é a subárea da AC que tem o compromisso social de melhorar a vida humana, de construir tecnologias que possibilitem a superação de dificuldades/problemas ou manutenção do bem-estar social. Uma das vantagens que o BR e a AEC possibilitam a aplicabilidade da AC é que você não precisa construir conceitos novos, simplesmente a AC pode ser aplicada em qualquer campo em que hajam seres humanos se comportamento!
Cada uma das subáreas da AC produzem questões que devem ser respondidas pelas demais. Por exemplo: o campo aplicado gera questionamentos da validade de determinados conceitos ou necessidade de formulação de novos. A filosofia behaviorista apresenta uma dificuldade em compreender determinado fenômeno social a partir da contingência comportamental de três termos, e assim por diante.
IMPORTANTE: muitas pessoas, após estudarem AEC, costumam dizer que a AC é uma abordagem simplista, que não dá conta da complexidade da existência humana, que é muito limitada. Isso é uma falácia, basta olharmos para as questões trabalhadas a partir do BR.
Porém, a questão é que a AC segue uma economia conceitual: delimita ao máximo os conceitos que usará, tornando-os menos confuso e busca explicar os fenômenos usando o mínimo de terminologias possíveis.
Se ainda parecer simplista por conta dos exemplos didáticos utilizados em sala de aula, pense assim: os exemplos simples são um recurso didático, já que a utilidade deste é ensinar, não criar desafios e dificuldades na compreensão da AC. Sendo assim, quando nos deparamos com as questões práticas, percebemos que os conceitos e exemplos simples nos dão suporte técnico para expandir nossa análise para determinações mais complexas.
Por exemplo: podemos estudar muito no começo do ano não apenas para não reprovarmos (reforço negativo), mas para termos mais tempo para nos divertirmos e reconhecimento social de nossos pais e professores (reforço positivo).
Por exemplo: podemos estudar muito no começo do ano não apenas para não reprovarmos (reforço negativo), mas para termos mais tempo para nos divertirmos e reconhecimento social de nossos pais e professores (reforço positivo).
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